domingo, 13 de abril de 2014

“Azas! Para o novo campo de aviação do Aero Club do Brasil”

Em, 1934, , há 80 anos atrás, com a grafia da época, essa foi a chamada do jornal falando do decreto do presidente Vargas, que destinava recursos para as obras de construção do aeroporto nos “terrenos da baixada de Manguinhos”, terreno que hoje faz parte do Complexo da Maré, das manchetes cariocas nos últimos dias, ocupado pelas forças de segurança.



O Aeródromo de Manguinhos, que ali funcionou, oficialmente Aeroclube do Brasil, formou as primeiras gerações de pilotos do país. Criado em 1911, o aeroclube teve como primeiro presidente de honra e sócio-fundador o aviador Alberto Santos Dumont. Na década de 1960, o aeroclube se transferiu para o Aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca.

Em dezembro de 1959, nas proximidades do aeroporto, um avião da Vasp se chocou com um a aeronave de treinamento da FAB e deixou mais de 40 mortos. Os destroços dos aviões caíram sobre seis casas no bairro de Ramos, matando também moradores. A tragédia, a maior da aviação brasileira na época, criou dúvidas sobre os riscos do tráfego aéreo em Manguinhos interferir em vôos dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont.
Assim, houve o fechamento do Aeroporto de Manguinhos no início dos anos 70 e seus hangares e torre de controle foram demolidos.

Em 1982, na área do antigo aeroporto, o governo federal construiu 1.500 casas para pessoas que moravam em palafitas da favela da Maré. O novo bairro, batizado de Vila do João — em homenagem ao então presidente da República, o general João Figueiredo (1979-1985) —, fica próximo à Ilha do Pinheiro, ligada ao continente através de aterros.

Mas como não basta só construir casa, sabe-se que é preciso dar-se estrutura, equipamentos sociais e culturais, a vila se transformou em  mais uma favela
Aeroclube. Avião decola no antigo Aeroporto de Manguinhos, próximo ao Instituto Oswaldo Cruz, ao lado da Avenida Brasil

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