sábado, 13 de janeiro de 2018

Uma capa da revista carioca Manchete...



Em 1959, quando a revista Manchete quis dar uma capa com João Gilberto, fotografado nas pedras do Arpoador, o editor Justino Martins achou por bem garantir as vendas... ... e aí achou por bem garantir as vendas colocando no quadro, muito maior, a musa do pedaço: Ira Etz, a essa altura, com 22 anos, tão emancipada e antenada (vivera em Nova York, no Greenwich Village dos beatniks) quanto linda.



Ira Etz, no alto, com seu livro nas pedras do Arpoador; acima, numa capa da antiga revista Manchete, com João Gilberto / Fotos: divulgação


Arpoador, 1959 - fotos da reportagem
Cenas das areias do Arpoador do início dos anos 60


Cenas das areias do Arpoador do início dos anos 60


Na reportagem, Ira Etz, filha de Miriam Etz, primeira mulher a usar um biquíni no Brasil, também conta do início da sua amizade com João Gilberto e das aulas de inglês que deu para o escritor Rubem Braga.

No Arpoador, os pais de muitas moças eram estrangeiros e seus costumes, liberais. Elas podiam usar biquínis menores (avistados por ali desde 1951, antes do resto do país), viajar com namorado e até pegar onda.

Filha de alemães, artistas e boêmios, que escolheram o Rio para morar (na Rua Joaquim Nabuco, em Ipanema), Ira Etz nasceu em 1937 e foi batizada com um nome bem brasileiro, Iracema. Mas a menina sardenta e loura logo viraria Ira, moleca de Ipanema, numa época em que todo mundo se conhecia e a vida era livre, leve e solta. Namorou todos os “pães” do pedaço, o mais conhecido, com quem trocou o primeiro beijo, foi Arduíno Colasanti, irmão de sua amiga Marina.

Conviveu com Tom, Vinicius, Millôr e a maioria dos intelectuais e artistas dos anos 50 e 60. E tornou-se  ícone das areias do Arpoador.





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