quinta-feira, 11 de março de 2021

Curiosidades Cariocas...Zé Carioca



ZÉ CARIOCA 80 ANOS!


Foi criado pelo próprio Walt Disney dentro do Hotel Copacabana Palace quando esteve no Brasil em 1941. Impressionado com a técnica de J. Carlos, cartunista que desenhava as versões brasileiras de personagens da empresa na revista O Tico Tico, Disney o convidou para trabalhar em Hollywood, mas o convite foi recusado por J. Carlos. 

Segundo alguns jornalistas, Walt Disney criou e enviou o personagem José Carioca para Carlos, dizendo esta ser uma homenagem ao cartunista. 

O design final do papagaio Zé Carioca foi criado para o filme Alô, amigos (Saludos Amigos), de 1942, lançado em 1943, nos EUA , pela Disney. 

Antes do lançamento americano, tiras de jornal foram publicadas com as aventuras do Zé Carioca.





Uma curiosidade

O personagem foi inspirado em uma figura folclórica do Rio de Janeiro, o Dr. Jacarandá. Ele andava sempre de terno, gravata borboleta, chapéu palheta e guarda chuva, exatamente como o Zé Carioca.




Figura folclórica no foro do Rio de Janeiro nos anos 30, foi o dr. Jacarandá, um preto alto, imponente, de voz poderosa, que exerceu a atividade de advogado.

"Sempre enfiado numa arcaica sobrecasaca, com uma velha pasta debaixo do braço e um monóculo encarapitado no olho esquerdo, ostentava no indicador da mão direita um grande rubi de pechisbeque e usava uma linguagem extraordinariamente pitoresca.


O doutor Jacarandá usava ainda umas barbas de cor indefinida, entre o branco, o preto e o castanho, que aparava em ponta e fazia defesas no Júri.

Apesar das tolices que dizia, a verdade é que ele conseguiu várias absolvição no Tribunal Popular.

Como conseguiu isso, o dr. Jacarandá?

Como obtinha clientes? Mistério."

Contudo, a sua banca era muito concorrida. Muito embora jamais tivesse passado dos bancos da escola primária, citava com mestria os artigos do Código Penal e até dizia umas frases em latim. Incrédulos, os bacharéis formados, quando se defrontavam com o dr. Jacarandá, tinham um sorriso de perplexidade e ironia. Já os juízes, encaravam com boa vontade as petições do doutor, especialmente os seus pedidos de habeas corpus.

No entanto, ele vivia feliz, distribuindo cumprimentos nas vias públicas, embora, amiúde, fosse vítima de peças que lhe pregavam os moleques da rua. Quando isso ocorria, logo se socorria do colega delegado do distrito mais próximo, que sempre lhe assegurava a necessária proteção.

Só uma vez ficou triste . Foi quando uma autoridade mais severa tentou processá-lo pelo uso indevido daquele título de doutor ou bacharel.

O velho Jacarandá explicou que "era um apelido que lhe haviam posto". Foi tão feliz com a explicação que os pedidos começaram a chover e muita gente importante mobilizou-se, conseguindo demover a tal autoridade do seu propósito.







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente! Seja bem-vindo!