quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Zico, 60 anos!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ainda em tempo de Oscar, no Rio de Janeiro...

... o jornal O GLOBO de 12 de janeiro de 1957, publicava o rebuliço que o filme AO BALANÇO DAS HORAS - ROCK AROUND THE CLOCK - já fazia antes de sua estréia.

" Polícia pronta para a chegada do tal rock

O rock'n'roll, famoso e discutido, invadirá a cidade na p´roxima segunda-feira, tomando conta de cinco cinemas da Zona Sul, do Centro e da Zona Norte do Rio. O esfuziante ritmo que tem levado a confusão a uns e o entusiasmo a outros, e que tem pontilhado de incidentes seu aparecimento em todo o mundo, é o motivo central do filme " Ao balanço das horas"( Rock around the clock", cujo lançamento em sâo Paulo, resultou em muita arruaça. Algumas cenas violentas e numerosos encontros movimentados ocorreram entre estudantes, playboys e policiais.

Depois de vários mal-entendidos entre o Chefe da Censura e um juiz paulista, e no qual intelectuais e até um ministro funcionaram como originais desempatadores, o filme foi distribuído e será lançado."







 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Em tempo de Oscar, no Rio de Janeiro

...vale recordar estréias de filmes premiados no Rio de Janeiro.

No dia 12 de setembro de 1940,às às 20h45m, começava a sessão de lançamento de E O VENTO LEVOU  no Cine Metro do Rio de Janeiro , da Rua do Passeio (à época, o único).



A avant-première de gala, aconteceu sob o patrocínio da Sra. Darcy Vargas, primeira-dama, em benefício da Cidade das Meninas. Com os 1.400 lugares inteiramente ocupados, no único intervalo da sessão, às 23 horas, o príncipe D. João de Orleans e Bragança, auxiliado pelas Srtas. Perla Lucena e Maria da Penha Affonseca e pelo Sr. Carlos de Laet, coordenou o leilão de exemplares da obra de Margareth Mitchell, autografados pelos astros principais e em rica encadernação oferecida pela Casa Vallele. 

Na platéia, conforme jornal da época, “a mais brilhante representação do nosso oficialíssimo Corpo Diplomtático e a elite patriota”, além do galã John Boles que, de passagem pela cidade, fez questão de participar da festa. 

 Diretamente de Hollywood, no mesmo dia na  Hora do Brasil, Clark Gable ,Vivien Leigh e o produtor David O. Selznick saudaram D. Darcy, mediados pelo locutor Luis Jatobá, e contaram alguns detalhes da filmagem.

Margaret Mitchell, de quem foram adquiridos,
 em meados de 1936, por 50.000 dólares,
 os direitos do seu romance Gone With the Wind.

Na sexta-feira, 13 - !!! -  o filme iniciou sua exibição normal no Metro, em sessões ao meio-dia, 16h e 20h a preços variados de acordo com o dia e a hora do ingresso no cinema, permanecendo oito semanas em cartaz. 


Vale recordar os filmes que estavam nos outros cinemas da cidade:   

  • Minha Esposa Favorita  
  • Carnaval de Veneza   
  • Rival Sublime  
  •  A Bela Lillian Russell 
  • Fogo nas Veias  
  • Último Encontro 
  • Charlie Chan e o Estrangulador 

Claro, que nenhum desses filmes conseguiu levar multidões aos cinemas como…E O Vento Levou. 


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

As unhas e a moda carioca

Depois de um tempo meio sem cor e sem graça, as unhas voltaram a ser ponto de cor da moda. Supercoloridas.

Mas lá atrás, só a partir dos anos 30, pelas bandas de cá é que se começou a pintar as unhas.
O inovador das unhas foi o Esmalte Peggy Sage, primeira marca especializada em cuidados com as unhas  e manicure,  lançado em 1925 nos Estados Unidos, e, que por aqui chegou pelo grupo britânico Unilever , que há tempos atrás conhecíamos como Gessy Lever .

Chegaram em tons vermelhões... e os anúncios diziam



O slogan diz
"pra ter mãos expressivas e lindas"


 " Esmalte Peggy Sage
resplandece luxuosamente em suas unhas,
adornando-as com um fulgor luminoso
que parece eterno"


 A marca Peggy Sage sumiu das prateleiras na década de 70.




domingo, 17 de fevereiro de 2013

40 Anos sem o mestre Pixinguinha

17 de fevereiro de 1973.

A Banda de Ipanema passava pela porta da Igreja N.S. da Paz e corria a notícia que Pixinguinha  falecera lá dentro, há pouco. Era Carnaval , fez-se silêncio e a banda tocou Carinhoso em sua homenagem.

Pra homenagear o mestre, Rosa, uma das suas mais belas composições





sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Mais Rádio Nacional



Almirante , o compositor e radialista brasileiro Henrique Foréis Domingues, que no próximo dia 19 completaria 105 anos,  era chamado de "a mais alta patente do Rádio".
Pioneiro da música popular no país estreou, em abril de 1938, um enorme sucesso na Rádio Nacional, o
CURIOSIDADES MUSICAIS.

Um destaque do programa é que dava  "ao ouvinte" , pela primeira vez, a oportunidade de conhecer o ídolo, antes apenas uma voz no rádio ou no disco.

No ar às segundas-feiras, às 21 horas, tinha uma abertura musical genial:
uma grande orquestra executava os primeiros compassos da "Rhapsody in blue", de Gershwin, seguidos da primeira parte do batuque "Na Pavuna", de Homero Dornelles e do próprio Almirante.

 

Outros programas da Radio Nacional


Nem todos os programas tinham patrocínio de produtos de beleza.
Aproveitemos, também, pra passear no tempo, por saborosos anúncios desses patrocinadores.

 

RITMOS DA PANAIR

O programa era transmitido diretamente do Copacabana Palace com a Orquestras de Zaccharias e projetou  crooners como Nuno Roland e Ivon Curi. Era transmitido das 23:30 à meia-noite e trinta, todas as noites. Inicialmente foi patrocinado por Cigarros Lincoln.








RÁDIO ALMANAQUE KOLYNOS
Programa inteligente pelos temas, que além de educativos eram divertidos.De José Mauro e Haroldo Barbosa, era apresentado todas as segundas-feiras, às 21:30 horas.
Em semanas alternadas cada um escrevia o  programa, que tinha narração de Paulo Gracindo.
  



DICIONÁRIO TODDY
Foi uma série produzida por Fernando Lobo.
Aos sábados no horário das 20:30 horas. Fernando Lobo escolhia uma palavra do dicionário e sobre ela montava um programa apresentando músicas relacionadas com a palavra ou o tema escolhido. Tomavam parte rádio-atores na apresentação de pequenos sketches. 




Os patrocínios dos programas da Rádio Nacional

O rádio brasileiro teve sua base no Rio de Janeiro, na carioca Rádio Nacional.
Criativa e inovadora era um fábrica de sucessos.Uma de suas características eram os programas patrocinados por produtos de beleza.

"POND'S O TRATAMENTO DE BELEZA DA MULHER MODERNA"


"MAIS ENCANTO PRA VOCÊ, COM
CASHMERE BOUQUET"


" SER BELA E NATURAL É DIREITO DE TODA MULHER. ELIZABETH ARDEN"

" EUCALOL, O SABONETE DO BRASIL"




Nos anos 40, surgiram alguns desses programas de grande sucesso.

RÁDIO MELODIAS POND'S
No ar às quintas-feiras, o programa musical era com a Orquestra All Stars sob a regência do maestro Francisco Sergi e como destaque a crooner da orquestra, a cantora norte-americana Joan Nichols, da boite Blue Angels de Nova York , e contratada pelo Copacabana Palace. 


MELODIAS CASHMERE BOUQUET  

Era um
programa patrocinado pela Água de Colônia Cashmere Bouquet e foi criado para a escalação do cast de cantores da emissora, não muito utilizado normalmente nos grandes musicais da rádio.

 Os locutores do programa eram Alberto Curi, Silvana, Lucia Helena e Jairo Argileu.  


MUSICAL ELIZABETH ARDEN 

Este outro programa musical era apresentado aos domingos às 11:30 horas da manhã e reunia um grupo de cantores, recém-contratados da Rádio Nacional, vindos de outras emissoras tais como Carlos Galhardo, Rosita Gonzales e Gilberto Alves, além de alguma prata da casa como Ruy Rey e Juanita Castilho. 

Ele antecedia ao famoso programa de Francisco Alves - Ao soar o carrilhão - apresentado aos domingos, ao meio-dia. 


 

Um Rio de Janeiro de outras paisagens

Outra crônica carioca de todos os tempos,  de J.G. de Araújo Jorge, em que podemos passear por um Rio de Janeiro de outros tempos.

José Guilherme de Araújo Jorge , mais conhecido como J. G. de Araújo Jorge, foi um poeta e político brasileiro.Nascido no Acre, no Rio de Janeiro realizou curso secundário nos colégios Anglo-Americano e Pedro II e colaborou, desde menin,o na imprensa estudantil. Inclusive foi fundador e presidente da Academia de Letras do Internato Pedro II, no velho casarão de São Cristovão. Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático.


 Um Rio de Janeiro da Bela Época
"A minha geração também poderia falar de uma belle époque. 

Nossa formação literária vinha de escritores que vivem ou participaram desse período. Julio Verne, Pierre Loti, Rostand, Zola, Heredia, Maupassant, Anatole France, Proust, cada um contriuiu com seu traço pessoal para aquela paisagem do espírito batizada com o nome vago de art nouveau. Ainda agora leio nos jornais que Carlos Maul vai publicar um novo livro: O Rio da Bela Época. Ele próprio esclarece o título da obra: “Era assim que na Europa, no princípio do século, se denominava o período entre 1898 e 1914, quando a humanidade parecia feliz e despreocupada, e não pressentia que a guerra a surpreenderia. 

O Brasil também pagou seu quinhão à calamidade, mas não tanto como os países devastados. Por isso, nossa “bela época” durou de 1900 a 1930.” Eu prolongaria essa data por mais alguns anos. 

Minha geração ainda vislumbrou as suas últimas claridades. Em que pese as agitações políticas que refletiram posteriormente as lutas dos extremismos na Europa, vivíamos aqui, literariamente, como se fossemos uma longínqua província onde não tinham chegado as perturbações da metrópole. Adolescentes, acordando para as letras, pertencemos ao tempo dos “cafés sentados”, os “cafés literários”, quando se tinha mais tempo para perder.

 Ainda se fará um dia a crônica dessa fugaz belle époque dos cafés do Rio de Janeiro. Primeiro, o velho Belas-Artes, na esquina da Avenida com a Rua Almirante Barroso. Lá nos reuníamos -a novíssima geração-, em longos “papos”, nos fins das tardes, a propósito de tudo. Joaquim Ribeiro, que ampliou, no tempo, a inteligência e a obra do pai, João Ribeiro, Joaquim, talvez a maior cultura de nossa geração; Guilherme Figueiredo, então ainda e apenas o poeta de “um violino na sombra”; Edmundo Moniz, também poeta, engolfado sempre em estudos políticos e sociólogos; Odilo Costa Filho, recém-chegado do Norte; Henrique Carstens, poeta desaparecido; Augusto Rodrigues, que apenas começava seus desenhos, seus primeiros bonecos; Jair, figura exótica, com seus estranhos bigodes, extraordinário desenhista, autodidata, o penúltimo boêmio autentico que conheci (o último foi Antônio Maria, o pastor das madrugadas); Garibaldi, então pintando interiores do Mosteiro de São Bento, em fase mística, e que se perderia durante anos por Paris. 

 Lembro-me de uma tarde, ao chegar ao grupo que rodeava a mesa, repleta de xícaras vazias, transformadas em cinzeiros, Joaquim Ribeiro, antes que me sentasse, me apresentou a um novo companheiro: – Araujo Jorge, este aqui é o Josué Montelo. Acaba de chegar do Maranhã Reverente, sacudindo ainda o pó das sandálias, Josué levantou-se, humilde e cordial: – Araujo Jorge? J.G.? Admiro-o muito. Seu nome é muito conhecido em minha terra, não só pelos seus livros como pela colaboração no Correio da Manhã. 

E enquanto me sentava a seu lado, foi logo retirando do bolso um trabalho: – Gostaria de ouvir sua opinião. Era um artigo sobre Celso Vieira. Um belo artigo, por sinal. Disse-lhe minha impressão e me referi à sua letra, miúda, muito certa, que me lembrava a de Coelho Neto, que eu conhecia de vários manuscritos. Alguns momentos depois, levantou-se e se despediu. 

Quando Josué saiu, Joaquim voltou-se para nós da mesa, e com aquele espírito e senso de humor que o caracterizava, sem nenhuma maldade: – O Josué trouxe quarenta artigos prontos, um sobre cada acadêmico. Vocês vão ver, enquanto nós vamos continuar aqui na “academia” do Belas-Artes, ele acaba na Academia. 

O Café Belas-Artes foi realmente nossa “academia” durante alguns anos. Na esquina seguinte, frente para a antiga Galeria Cruzeiro, era o Café Nice, ponto de reunião de cantores, músicos, compositores da velha-guarda. Eram dois mundos que não se misturavam. Quando instalaram a Caixa Econômica no local do Belas-Artes, levantamos vôo e fomos pousar na Cinelândia.

 Iniciava-se a fase do Café Amarelinho. 

O café existe até hoje, mas perdeu definitivamente aquelas características de QG literário. O mesmo grupo do Belas-Artes estava agora acrescido de outros elementos, alguns mais velhos, de outras gerações. Era comum, nas cadeiras de palhinha, na calçada, encontrarmos Murilo Araújo, Álvaro Moreira, Mário de Andrade, (quando de passagem pelo Rio), Raquel de Queirós, José Lins do Rego, Portinari, Graciliano Ramos, Jorge de Lima. 

Uma tarde fui apresentado a Julio Salusse, o poeta de Os Cisnes. Jorge de Lima tinha consultório no mesmo edifício do café e era o médico dos escritores e artistas do Amarelinho. Hoje, depois de tantos anos, só lastimo não ter me aproximado do Jorge, participado mais de sua convivência. O grande poeta me pareceu sempre esquivo, silencioso, distante. No mesmo edifício ficava também a redação de Dom Casmurro, o jornal literário de Brício de Abreu. Quem desejar escrever a história dessa época terá que consultar as coleções de Dom Casmurro. 

Lembro-me que, na ocasião, um nome novo se projetava ? Joel Silveira, que acabara também de chegar do Norte, e que à maneira de Sergio Porto, depois lírico e satírico, tirava do dia-a-dia da vida da cidade a substância de suas crônicas. No Amarelinho, reuniam-se ao nosso grupo jovens músicos cheios de idealismo e de planos. Eleazar de Carvalho e José Siqueira são velhos amigos, com quem troquei muitas vezes idéias. Eu estivera na Alemanha, freqüentara a Filarmônica de Berlim, então sob a regência de Furtwaengler, fora a Bayreuth, assistira a Wagner em seu teatro, e muitas vezes lhes sugeri a criação de nossa Orquestra Sinfônica Brasileira, da qual Álvaro Ladeira, cronista de arte, outro amigo, foi secretário por muitos anos. 

Falar do Amarelinho é recordar nomes e amigos, poetas, romancistas, jornalistas, pintores, compositores, caricaturistas, cuja convivência, nessa época, enriqueceu de lembranças minha memória: Armando Pacheco, eram dois, o pintor e o jornalista; os Condes, Mendes, Alvarus, Wilson W. Rodrigues, D’Almeida Victor, Cursino Rapôso, Paulo Mac-Dowell, Nélio Reis, Nélson Ferreira, alguns desaparecidos, como Osório Borba, Augusto de Almeida Filho, Amadeu Amaral Júnior, Martins Castelo. Era a minha geração. Não ficou marcada cronologicamente: de 35 ou de 40 -Mas teve seu tempo, foi bem um prolongamento do que se poderia chamar a belle époque. 

 Como poetas, apenas dois nos fixamos: eu e Vinicius de Morais. Os outros perderam-se na vida, e, distraídos da poesia, enveredaram por múltiplos atalhos. Que sejam felizes! "

 Fonte: J G de Araujo Jorge. “No Mundo da Poesia ” Edição do Autor -1969



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ACABOU-SE...



Quarta-feira de cinzas e o anúncio intitulado “Acabou-se!”, da Bayer,
publicado no final do carnaval de 1925.


 

O pierrô se rendeu ao cansaço.

O texto nos diz

"Passou o Carnaval!  Já não resta mais em nosso espírito senão a doce lembrança da alegria passada. Assim é a Ventura! Passa depressa e custa caro...

E o pior é que nos sentimo cançados, tristes  com o corpo mole e a cabeça a doer...

Mas fossem assim todos os males do mundo. Essa ao menos tem remedio prompto e imediato..."



 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Outras Curiosidades do Carnaval Carioca

Hoje, o sucesso do carnaval carioca são os blocos, as escolas de samba.

Mas houve um tempo em que a folia passeava em cima das quatro rodas. 

Era o tempo dos corsos e o desfile dos automóveis com suas respectivas capotas de lona abaixadas,  repletos de foliões fantasiados, pela Avenida Central e Av. Beira Mar e mais tarde pela Avenida Atântica.
Aliás, esse corso pela avenida litorânea foi uma iniciativa do Touring Clube do Brasil .



Corso em 1923, há 90 anos

 Corso em 1932, grupo em frente ao Museu de Belas Artes, na Rio Branco
foto: Augusto Malta


Também, para transformar o carnaval carioca em produto turístico,
o Touring Clube do Brasil criou em 1932
os banhos de mar a fantasia,
os concursos de marchas carnavalescas e o ... 
Baile do Municipal  ,
que administrou até 1934 e depois passou para a Prefeitura da cidade.

Baile do Municipal em 1932
foto- reprodução



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os CLÓVIS no Carnaval Carioca

 
Com certeza o Clóvis é a fantasia mais tradicional do Carnaval Carioca.

Nascida nos subúrbios cariocas, a fantasia de clóvis sempre se assemelhou muito à de um palhaço - daí que se acredite que o nome seja a corruptela de clown -  porém incluindo máscaras, por vezes, aterrorizantes. 
Uma de suas características mais marcantes,  o bater no chão de bolas amarradas a uma vara - daí também o nome de bate-bola - além do barulho já exalou odor bem fedorento, vindo das bolas que eram bexigas de boi, ,e sempre despertaram o terror da criançada.  Hoje as bolas deixaram de ser bexigas e agora são de borracha ou plástico mas a atitude amedrontadora dos bate-bolas se mantém.

Clóvis na Avenida Rio Branco, anos 60
foto/ reprodução internet
Com o tempo, a indumentária foi se sofisticando e os macacões de chita e a boca com chupeta ou um apito, foram incorporando novas características como bordados, fazendas mais nobres, capas, sombrinha, máscaras com pinturas exclusivas, máscaras de rede com cabelos coloridos que dificultam a identificação do rosto. Mas a finalidade se mantém: mostrar um rosto assustador. 

Atualmente, os grupos de clóvis podem ser classificadas em diversos tipos, tais como "bola e bandeira", "leque e sombrinha", "sombrinha e boneco".
O interessante é que a maioria das turmas tem nomes ligados a sentimentos. Humildade, Emoção, Explosão, Alegria, etc. As turmas de bola e bandeira tem nomes como  Barulho, Agonia, Abusados, ...

 Também existe a preocupação para que ninguém veja a fantasia des es grupos de clóvis, antes do carnaval. Vão criando expectativa nas ruas do bairro,na comunidade do entorno. Por vezes a saída dos integrantes de turmas grandes- em torno de 100 integrantes - se dá ao som de fogos ininterruptos e batendo suas bexigas no chão causam barulho ensurdecedor. 

Os grupo também têm crianças e aí fica parecendo que são anões o que deixa a aparência do clóvis ainda mais assustadora. Outra característica importante é que os “Clóvis” nunca se falam, eles se comunicam sempre por mímica ou pelo som do apito.

No Carnaval de 2003, há 10 anos atrás,
sugeri, como designer,  homenagear essa figura tão tradicional
da folia carioca à Prefeitura do Rio.

Foi muito bom criar e desenvolver o design da marca daquele carnaval.