quarta-feira, 30 de março de 2016

Hino ao Castelinho, Arpoador, em 1966

Aconteceu em 1966, há 50 anos, na praia do Castelinho, em Ipanema.

A praia do Castelinho, na zona sul do Rio, era famosa  não só por sua beleza, como pelo aspecto belo de seus frequentadores. Gente queimada de sol, que de dia ficava nas areias da praia e, de noite, no Castelinho  - o bar propriamente dito -  batendo papo e bebendo o chopp geladíssimo lá servido.

Nesse cenário aconteceu um encontro. No Castelinho ainda deserto, à 8 da manhã, dois de seus “habitués”:
o cantor Altemar Dutra e o compositor da então corte do Rei do Castelinho, Euclides de Souza Lima.

Não teriam ido para casa? Não devia ser isso, porque, dizem, tinham o aspecto repousado dos que dormem bem, sem farras. 

A história é que estavam ali tranquilos, à espera de fotógrafos. Para serem fotografados juntos para a capa de um disco, pois Altemar  ia interpretar uma canção de Souza Lima: o hino oficial do Castelinho.

A gravação nunca saiu. A foto para a capa do disco dos dois nunca apareceu.
Fica pra testemunhar a história,  a letra, que diz

Castelinho
Castelinho do Arpoador
Onde as ondas em festa
Inspiram um poeta
A fazer versos de amor
Suas barracas coloridas
Constrastando com a areia
Seu mar cheio de vida
Beijando suas sereias
Seu sol tem mais  calor
Mas queima com carinho
Enfim tudo é amor

Em Você, meu Castelinho...


 Uma curiosidade:

Foi  durante a cerimônia de batismo de Rodrigo Otávio, filho de  Euclides de Souza Lima, realizada na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, em pleno sábado de carnaval, que morreu Pixinguinha, que seria padrinho do menino.








segunda-feira, 28 de março de 2016

Pitada carioca na sátira política

1. O carioca Neguinho da Beija-Flor cantando o samba “Não é nada meu”, do compositor paulista Boca Nervosa, junto com ele.





a  versão do clipe original






                              2. O carioca Juca Chaves canta outra sátira, de sua autoria,
                                   ao momento político nacional





domingo, 27 de março de 2016

Ovo de Páscoa pela primeira vez, no Rio


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Ovo de Páscoa não é invenção brasileira, mas aqui no Rio, pela primeira vez, foi  oferecido aos clientes, pela Confeitaria Colombo, a centenária confeitaria da Rua Gonçalves Dias, do Centro da cidade, iniciando a tradição desse presente, na data, no início do século XX.

Os ovos de Páscoa da Confeitaria Colombo tinham um agrado especial: o cliente escolhia o recheio.

Geralmente eram jóias, como anéis, braceletes, colares, levados pelos clientes. Por vezes, também, misturados às guloseimas exclusivas da casa. Até os anos 1920 esse mimo era muito comum. Depois foram lançados, na Confeitaria Colombo os ovos de porcelana branca recheados de chocolate.




quarta-feira, 23 de março de 2016

Crônica carioca de todos os tempos...





Há 60 anos, em 1956, o Flamengo acabava de ganhar o segundo tri-campeonato e  
Henrique Pongetti escrevia uma crônica inteligente, 
uma metáfora política para aqueles dias e que cabe para os dias atuais.


“ Que é flamenguismo? 
Que pergunta boba!  
Flamenguismo é todos unidos para driblar as dificuldades e fazer o Brasil ganhar todos os dias dois pontos. 
É a bola sendo passada para cada um até chegar à meta, quando agora vem sendo presa nas mãos de alguns( “basketballers”... ) que só fazem as cestas que lhes convêm, de acordo com suas apostas secretas.”

Vale ler!





BRAVO!!!

recorte/jornal O Globo, em 7/4/1956





sábado, 19 de março de 2016

As primeiras-damas de outros tempos, no Rio


Após o baixo nível e linguagem chula na fala telefônica recente, da última primeira-dama do nosso país - aliás um lugar comum familiar - vale lembrar de outras primeiras-damas brasileiras, de outra postura.



Nos bastidores do poder, algumas primeiras-damas brasileiras alçaram vôo , no Rio, durante o tempo como capital federal. Notabilizaram-se como intelectuais ou por seus trabalhos assistencialistas, saindo de trás da faixa presidencial dos maridos.

A goiana Mariana da Fonseca, a Dona Marianinha, casada com o primeiro presidente da República Federativa do Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca (1989-91), foi a primeira a ocupar a figura feminina de imperatrizes e rainhas no alto posto da nação.


 Ainda na República Velha, a primeira cartunista do país, Nair de Teffé, também foi a única a se tornar primeira-dama durante o exercício do mandato de um presidente. Nair se casou com o Marechal Hermes da Fonseca (governou de 1910 a 1914), em dezembro de 1913, um ano após o militar ficar viúvo de sua primeira esposa, Orsina.

Nair de Teffé , caricaturista, tinha um comportamento avançado para a época, com seus saraus de música popular no Catete, causando escândalo na sociedade e assinava suas obras com o pseudônimo Rian - Nair ao contrário - reconhecida como  " senhora tão notável pela sua inteligencia como pela sua cultura".
Foi somente aos 73 anos que Nair voltou a fazer caricaturas. Escreveu seu livro de memórias aos 88 anos. Morreu em 1981, aos 95 anos. 



No Palácio do Catete, ocupado por Getúlio Vargas desde sua chegada ao poder com a Revolução de 30, Darcy  Vargas idealizou o primeiro projeto social implantado por uma primeira-dama. Em 1940, criou a Casa do Pequeno Jornaleiro com o objetivo de acolher e amparar os meninos que vendiam jornais nas ruas do Rio de Janeiro e não possuíam moradia. No início, a Casa era um internato onde os garotos moravam e estudavam. A instituição se adaptou e se transformou em um projeto educacional de complementação dos estudos de jovens.


Dois anos depois, dona Darcy criou a Legião Brasileira de Assistência (LBA), órgão público para ajudar as famílias dos soldados brasileiros que lutavam na Segunda Guerra Mundial.A instituição, que era presidida pelas primeiras-damas, com o fim da guerra, passou a ser uma entidade de apoio social a famílias com necessidades. 



Sarah Kubitschek, esposa de Juscelino Kubitschek,  “magra, tipo mignon, corpo bem feito, uma mulher decidida” -  como a descreveu um jornal da época -  dedicou - se a projetos assistenciais e criou a sociedade civil Pioneiras Sociais. Mas dizia -se “não sou uma supermulher”. Mas tinha uma personalidade forte, tanto que JK chegou a declarar que “às vezes tinha a impressão de que se casara com um tigre”. 

Inaugurou um novo tempo. Foi a  primeira a ocupar o Palácio do Planalto, a partir da inauguração de Brasília, em 1960.



Após a era JK e a renúncia de Jânio Quadros, chegava à presidência João Goulart, o seu vice, e com ele,  a considerada uma das dez mulheres mais bonitas do mundo, segundo a revista americana “People”:Maria Thereza Goulart. 


Comparada a Jacqueline Kennedy, Maria Thereza, foi primeira dama aos 21 anos - "Eu me dei conta que era a primeira-dama quando o avião da Varig pousou em Brasília. Fiquei apavorada." . 

Responsável pela fundação da sede da Legião Brasileira de Assistência (LBA) em Brasília, reformando o prédio e montando uma equipe. A LBA recebeu grandes doações, que serviram para organizar leilões em benefício da entidade.Apoiou, também, a então nascente alta costura brasileira, protagonizada pelo estilista Dener , que se tornou responsável pelo seu guarda-roupas.

Mas já era o tempo da nova capital Brasília, embora os grandes acontecimentos ainda fossem protagonizados no Rio de Janeiro.


Ser primeira-dama exige

"...uma capacidade de compreensão larga...
... A mulher de um presidente vive num aquário, exposta a tudo. É preciso que ela tenha uma contenção de palavras e gestos. Se for um pouquinho negligente pode criar problemas... uma vez primeira-dama, tudo muda...uma pessoa que passa por este posto, não tem sua própria vida"...

... disse Dona Sarah certa vez.

Ela morreu aos 87 anos, em 1996, na cidade do Rio, onde viveu, com sua postura,  discrição, educação e elegância.



Fontes: acervos O Globo e JB

quinta-feira, 17 de março de 2016

No Rio, O INEXPLICÁVEL


 O prefeito do Rio, Eduardo Paes , convocou a imprensa para uma entrevista daqui a pouco para explicar a sua conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada quarta-feira à noite. 
VAI EXPLICAR O INEXPLICÁVEL.
No telefonema, o prefeito chama o município de Maricá de "uma merda" de lugar. Paes diz ainda que Lula tem uma alma de pobre. Eles falam sobre as investigações envolvendo a Operação Lava Jato. 

Fazem média com pobre, fingem agradar os pobres, mas no fundo pobre é adjetivo pejorativo, de pessoas e coisas que eles detestam.

Vale ver que a cidade olímpica há quase 8 anos nas mãos desse prefeito tem o acesso a redes de água e esgoto, ou ainda o tratamento de dejetos - mais importante que estádios, pistas e ginásios - bem longe do pódio. 


Esse prefeito Eduardo Paes, pífio,
 não está à altura do nosso Rio de Janeiro.
Mostra-se como ele é nessa conversa chula,
demonstra sua pequenez de caráter,
sentimentos e preferências.

E, claro, muito aquém
de nomes ilustres 

que já comandaram esta cidade.



 Em tempo:

O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), disse “A declaração foi muito ruim, todos nós de Maricá ficamos realmente muito chateados. A desculpa do prefeito Eduardo Paes está aceita, obviamente, porque nós somos educados. Mas, realmente, foi uma observação de muito mau gosto”

Mesmo assim...







quarta-feira, 16 de março de 2016

Paisagem carioca ... ONTEM E HOJE



Rua Paissandu...ONTEM, 1946


Arquivo JB


Rua Paissandu...HOJE, 2016

 GoogleMaps



70 anos separam as fotos.

Quanta diferença!




terça-feira, 15 de março de 2016

Ressaca no Rio





Bela imagem! Arquivo JB.


domingo, 13 de março de 2016

O Rio, em Copacabana,diz presente...FORA DILMA!!!


Vesti uma camisa amarela e saí por aí...












quarta-feira, 9 de março de 2016

A modernidade há 50 anos, no Rio



Nos anos 60, essa TV era sonho de consumo:
portátil, antena embutida, seletor de imagens, padrão Standard Electrica

e...  da WILLMANN XAVIER!
UAU!





domingo, 6 de março de 2016

O Rio em 1936, há 80 anos



Documentário, remasterizado, sobre o Rio de Janeiro
"City of Splendour"  de James A. Fitzpatrick's , 

da série "Traveltalk", realizado em 1936






quinta-feira, 3 de março de 2016

Bronzeado carioca




Anos 60...E a moda no Rio era se torrar ao sol...
Pobre pele nossa que sofreu com essas misturas, publicadas nos jornais.






terça-feira, 1 de março de 2016

Aniversário do Rio!



Eu poderia falar hoje por aqui ...

...do Rio de várias maneiras.
Mas resolvi falar através de versos que dele falam...


do Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara,
de Copacabana, princesinha do mar... pelas manhãs tu és a vida a cantar;
do samba centenário natural daqui do rio de janeiro e que todo prosa diz
sou eu quem levo a alegria para milhões de corações brasileiros.

Poderia falar , como Chico, o Buarque,  de coisas nossas
Gostosa, quentinha, tapioca, o pregão abre o dia, hote tem baile funk...; 
lembrar  das belezas da orla carioca,
do Leme até o Pontal, que não há nada igual nas palavras do síndico Tim Maia.


Saudar com ... Aquele abraço!,
bordão do comediante Lilico
, em voga no final dos anos 60
e tão bem recriado nos versos da canção do Gil.


Poderia falar do meu Rio da mulher beleza  e lembrar da
carioca ...olha o jeitinho dela andar ou  da m
oça do corpo dourado, do sol de Ipanema; 
falar como Os cariocas, que no Iate Clube é que começa a vida
e por isso , nós e o mar,  nessa onda que cresceu, morreu aos seus pés...
e a vontade que não tenha fim, este sol desse Rio 40 graus,
da  cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos, 

Poderia falar de um bom lugar para encontrar...
prá passear à beira-mar: Copacabana

E dali, de um chopp gelado em Copacabana...Andar pela praia até o Leblon;
que  domingo, eu vou pro Maracanã e torcer pro time que sou fã. (MENGO!)

É sempre bom falar desse Rio que é mar, eterno se fazer amar...

Ei, quero-quero, Oi, tico-tico, Anum, pardal, chapim... dos seus jardins

Ah... veleiros que passeiam pelo mar, as pipas que vão bailando pelo ar...
e no cenário de tão lindo matiz, o carioca segue...
pela
Praça Onze tão querida ...
deste meu Rio boa praça ,
s
imbolizando nesta Praça , t
antas praças que ele tem.

Oh! Vento do seu mar no meu rosto...
E o sol a brilhar, brilhar...
Calçada cheia de gente...

Poderia falar Vamos, carioca, sai do teu sono devagar ,
 lembrar  
que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade...
a que ponto a cidade turvaria, neste Rio de amor que se perdeu.


Rio de janeiro, como gosto de você!

Hoje, 1°. de março, 

mais um aniversário do Rio.


És o altar dos nossos corações ...
que Deus te cubra de felicidade





Ouça quatro das canções, cujos lindos versos são acima citados:











 NOTA ADENDO:
Deixou-nos,hoje, o maestro Severino Filho, o maestro maior de Os Cariocas,
cujos versos da canção Domingo Azul, também estão na crônica acima.