sexta-feira, 29 de março de 2019

REMEXENDO NO BAÚ... é importante relembrar a história

Em tempos que se quer desconstruir a história e apresentá-la do seu jeito, é importante mostrar fatos e detalhes de quem viu e viveu. E não os achismos.

Daí é importante relembrar! 



A revista O CRUZEIRO publicou uma edição especial 
sobre o dia 31 de março de 1964,
há 55 anos,
na cidade do Rio de Janeiro.

Uma das reportagens descreveu o episódio acontecido no Palácio Guanabara. Eu, criança, à época, morava próximo e lembro de toda essa movimentação. Do tanque passando pela minha rua, rumo ao Palácio, do rádio ligado ouvindo as notícias, da apreensão, da manifestação às janelas.


"A batalha do Guanabara




 










Foto de Antônio Rudge








Durante um dia e uma noite, o Palácio da Guanabara e o Governador Carlos Lacerda foram nomes que representaram a resistência democrática na chamada “capital e política” do País. Ninguém pregou ôlho. As horas transcorreram em regime de sentinela bem acordada, até que a vitória se desenhasse no céu do Rio.

Os tanques do Exército estavam no Largo do Machado. No Palácio da Guanabara, o Governador Carlos Lacerda se mantinha em calma e em expectativa. Todo o secretariado presente. Eram 18,30 h do dia 31 de março.

O feriado escolar, depois de estudado, teve sua decretação feita às 23 horas. Cêrca de 300 oficiais das diversas armas se dirigiram para o Guanabara, a fim de solidarizar-se com o Governador.

Meia-noite: sabe-se do movimento de tropas de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro. Junto à Igreja, um foguete (antitanque) é montado em longarinas de asa de avião.

Aos 5 minutos chega o Senador Artur Bernardes Filho. O Governador se mantém em vigília e fala com o Jornalista Jules Dubois, de Miami, Estados Unidos, e dá a notícia da adesão do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Lacerda sai aos 35 minutos, acompanhado apenas pelo general Mandim, responsável pela segurança de Palácio, e inspeciona, até aos 55 minutos, os arredores.

A uma hora da manhã, começaram a cortar os telefones da linha 25, que serve ao Guanabara, mas continuaram a funcionar três da linha 45,que passaram a ser utilizados pelo Governador. Às 2,45 h, corre em Palácio a notícia de que os fuzileiros navais iriam atacar. A expectativa prossegue até às 5 horas, quando entram mais 30 generais do Exército. Às 6,30h, nova notícia promoveu atitude semelhante, logo relaxada por saber-se que se tratava de um rebate falso.

O dia 1° de abril estava claro. Às 7,55h, o Governador Carlos Lacerda recebe o Manifesto dos Generais, que iria ser lido após o hasteamento da Bandeira Nacional, às 8 horas, através da Rádio Inconfidência, de Minas Gerais.

Às 8,30 h, Juracy Magalhães entra em Palácio e conferencia com Carlos Lacerda.

Às 10,45h, o presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Vicente Faria Coelho, chega e conferencia com o Chefe do Executivo. Às 13,15h, entra em Palácio o Sr. Armando Falcão. As notícias se aceleram. Às 16 horas, há o momento de maior emoção para o Governador Carlos Lacerda: tanques do Exército, que se encontravam no Palácio das Laranjeiras, estão agora guarnecendo o Palácio da Guanabara. O Chefe do Executivo carioca, ao ouvir a notícia, chora e exclama:

- Graças a Deus! Deus está conosco!

O carnaval da vitória

Foi uma reação em cadeia. Anunciada a viagem do Presidente a Brasília e a vitória das fôrças revolucionárias, milhares de pessoas saíam às ruas, gritando, pulando, discursando tamém, num verdadeiro carnaval.

Grupos mais exaltados e tomados de fúria incendiaram o prédio da UNE, na Praia do Flamengo, quando os dirigentes comunistas da entidade já haviam desaparecido e abandonado a sua trincheira. Os mesmos grupos depredaram e incendiaram a “Ultima Hora”, na Praça da Bandeira. Isso foi um pouco de vingança e excesso condenável, pois a massa, o povo carioca, queria apenas viver aquelas horas de vitória e não vingar-se daqueles que tinham sido vencidos."





domingo, 24 de março de 2019

Remexendo no baú... saudades do Carequinha!



Dia 27 de março é o Dia do Circo.


Vamos recordar ... Carequinha!

Imagem relacionada

Ele povoou a infância 
de tantos cariocas que o curtiam, 
no seu circo pioneiro, na telinha.


Clique AQUI  leia ou releia 
e passeie por sua trajetória!



quarta-feira, 20 de março de 2019

Chegando o outono!

REMEXENDO NO BAÚ...


vale recordar algumas postagens 
que nos falam dessa adorável estação
por aqui em terras cariocas!

Resultado de imagem para OUTONO NO RIO DE JANEIRO

Clique e saboreie!





domingo, 17 de março de 2019

Ontem como hoje...curiosidades jurídicas acontecidas no Rio de Janeiro.



Em março de 1952,  os advogados Heráclito Sobral Pinto e Adaucto Lucio Cardoso impetravam Habeas Corpus (HC 32.331) junto ao Supremo Tribunal Federal em favor de Carlos Lacerda, jornalista e diretor do vespertino “Tribuna da Imprensa”.

Esse é um dentre outros documentos de valor histórico que a Coordenadoria de Arquivo do STF mantém.

Lacerda estava preso no Quartel do Batalhão da Polícia Militar da Rua Evaristo da Veiga, no Rio de Janeiro, por ordem do juiz da 24 ª Vara Criminal da Justiça do Distrito Federal (até então, a capital brasileira era o Rio de Janeiro).

Sua prisão ocorreu depois que seu jornal divulgou fatos sobre o envolvimento de funcionários do Departamento Federal de Segurança Pública com esquemas de corrupção.

Foram apontados os nomes das autoridades acusadas de improbidade administrativa e de abuso no exercício de suas funções.As revelações provocaram verdadeiro escândalo na opinião pública.

“Em vez de se defenderem, pelos meios legais, das acusações formais de que estavam sendo alvo, as autoridades policiais entraram a percorrer o caminho das violências, das ameaças e da arrogância, rasgando, nas bancas de jornais e nas paredes próximas onde estavam afixados, exemplares do vespertino Tribuna da Imprensa, sem que os seus superiores, avisados do abuso e da ilegalidade, se dignassem a tomar a mais leve providência”, sustentaram os advogados.

O jornal mais uma vez publicou os fatos, mostrando ao público as ameaças de que era vítima.

Como os policiais não foram punidos, o delegado Abelardo Luz e seus auxiliares invadiram o escritório do advogado Hilário Ruy Rolim, dele extorquindo, sob ameaça de morte, uma carta desmoralizante. Depois o agrediram e depredaram seu escritório.

A OAB interveio solicitando a abertura de Inquérito contra o delegado e seus subordinados. Estes, em represália, ofereceram Queixa-Crime contra o advogado, acusando-o de calúnia e injúria, pois consideravam que ele era o informante do jornal.

Carlos Lacerda recusou-se a comparecer todas as vezes que foi chamado a depor na delegacia como testemunha. Sempre dava declarações por escrito e as publicava na “Tribuna da Imprensa”, dizendo só saber dos acontecimentos que lhe eram repassados por uma fonte. “Só vou depor se for preso”, disse Lacerda.

O juiz da 24ª Vara Criminal da Justiça do Distrito Federal Pinto Falcão mandou prendê-lo sob a acusação de crime contra a segurança nacional.

“A transformação, assim, por que passou o paciente Carlos Lacerda da posição de testemunha para a de acusado num inquérito instaurado por força de queixa-crime dada contra terceiro, é um destes casos de teratologia processual que se apresenta como inédito nos anais da crônica forense no Brasil de todos os tempos, desde a Colônia até os dias do presente”, ironizou a defesa.

O Plenário concedeu a ordem, relaxando a prisão preventiva de Lacerda, por unanimidade, por não verificarem o motivo da prisão.



segunda-feira, 11 de março de 2019

II Festival Internacional do Filme, no Rio, há 50 anos


atualizado em 30/3/2019


Com uma sessão de gala, no cinema Roxy
iniciou-se no dia 17 de março de 1969,
II Festival Internacional do Filme.  

A "Oliver" de Carol Reed, 
inscrito como hors concours, coube a honra da abertura.

Resultado de imagem para "Oliver" de Carol Reed





recortes de jornal, 17/3/1969


Uma polêmica: o boicote ao festival


Nem tudo foi maravilhoso. O Festival Internacional do Filme de 1969, na realidade, foi caótico. Uma desorganização geral chegou a marcar a sessão de um filme, que teve celebridades barradas e empurra-empurra na entrada.  "Nunca vi uma coisa dessas no mundo inteiro", chegou a dizer Roman Polanski, vítima da confusão, à época.

A cineasta Agnès Varda que morreu aos 90 anos  - 29 de março - esteve por aqui nesse festival. A cineasta franco-belga esteve acompanhada de seu marido, o também diretor de cinema Jacques Demy (1931-1990).
Agnes Varda chegava por aqui aos seus 40, mas já tinha em seu currículo a consagração de "Cléo das 5 às 7", até hoje o seu filme mais famoso.
Varda ficou hospedada no Copacabana Palace. Com Demy, a cineasta foi à praia e tomou mate logo em seu primeiro dia na cidade.Também se dedicou a fazer fotos — vivia grudada em sua câmera.

Agnàs Varda e o seu marido Jacques Demy tomam mate na praia Foto: Arquivo o Globo / Agência O Globo  Varda não se separou de sua câmera Foto: Arquivo o Globo / Agência O Globo  Varda ficou hospedada no Copacabana Palace com outros nomes de peso que participaram do II Festivanl Internacional do Filme, como Joseph Von Sternberg e Roman Polanski Foto: Arquivo o Globo / Agência O Globo

Curiosidade:





Imagens do Arquivo Nacional mostra celebridades do cinema nacional e internacional prestigiaram a estreia do filme "A compadecida", que contou com a participação especial de Ariano Suassuna. Em seguida, personalidades compareceram à recepção oferecida pelo ministro da Educação e Cultura Tarso Dutra. Destacamos, entre outros ilustres convidados, Henry Stone, Anselmo Duarte, Paschoal Carlos Magno, Burle Marx e Alberto Cavalcanti.
                       


domingo, 10 de março de 2019

Remexendo no baú... dando um alô!



Hoje é seu dia:
10 de março.


Hoje ele é diferente.
Hoje suas funções são múltiplas,
mas mais do que nunca 
continua amigo inseparável.
QUEM? 
O nosso velho conhecido...
 o TELEFONE!




 Vale ler ou reler. Clique  AQUI e saboreie


sexta-feira, 8 de março de 2019

Remexendo no baú... sobre mulheres cariocas

Nesse dia 8 de março,
que mais que comemorar é refletir, 
vale o repeteco de 
histórias de mulheres cariocas.

Clique abaixo!





sábado, 2 de março de 2019

Sucessos de sempre no carnaval !


Foi a partir de 1899, que o povo teve músicas populares para cantar no carnavais  e que se tornaram sucessos até os dias de hoje.


Comemoramos algumas delas!


Ô Abre-Alas120 anos
  1899 - Chiquinha Gonzaga 




. O teu cabelo não nega - 90 anos
  1929 - Lamartine Babo




. A Jardineira - 80 anos
 1939 - Benedito Lacerda e Humberto Porto
  intérprete: Orlando Silva




. Chiquita Bacana - 70 anos
  1949 - Braguinha
   intérprete: Emilinha Borba



Me dá um dinheiro aí - 60 anos
1959 - Homero Ferreira/Glauco Ferreira/Ivan Ferreira
 intérprete: Moacir Franco




. Cabeleira do Zezé - 55 anos
1964 - João Roberto Kelly
 intérprete: Jorge Goulart