sexta-feira, 26 de junho de 2020

Casa Granado,150 anos







“ Cheguei ao Rio , 
como chega um portuguez disposto ao trabalho 
- com pequena mochila e animo forte! ...” 

Entrevista de José Coxito para o jornal A Noite, de 12 de novembro de 1932.


A Casa Granado foi fundada por José de Barros Franco e pelo português José Antônio Coxito Granado com o nome “Botica de Barros Franco” e ficava na então denominada rua Direita, uma das mais movimentadas do centro do Rio de Janeiro, atual rua Primeiro de Março, onde permanece até hoje. Em 1876, Barros Franco retirou-se da sociedade e Pedro Gonçalves Bastos tornou-se sócio até 1878 (A Reforma, 16 de setembro de 1876, primeira coluna; Gazeta de Notícias, 19 de maio de 1878, penúltima coluna). A loja tornou-se ponto de encontro de personalidades ilustres como o prefeito Pereira Passos (1836 – 1913) e Rui Barbosa (1849 – 1923). Em 1903, João Bernardo Granado, irmão de Coxito, criou um dos produtos mais populares da botica: o polvilho antisséptico, cuja fórmula teve registro aprovado pelo cientista Oswaldo Cruz. Em 1915, lançamento de outro produto pioneiro: o sabonete de glicerina.






Quando adquiriu a botica de Barros Franco, em 1870, José Coxito Granado buscou incrementar o comércio farmacêutico nacional trazendo representações de várias empresas da Europa e cercando-se dos melhores profissionais da área.



Em 1899, a farmácia da rua Primeiro de Março já era um dos estabelecimentos mais respeitados do Rio de Janeiro, e José Coxito viu a necessidade de montar um laboratório para atender à demanda de pedidos. Com 15 anos de funcionamento, tornou-se novamente insuficiente. 

Em 1912, então, foi adquirido um “grande” prédio na rua do Senado, nº 48, para que ali fosse montado um laboratório modelo. O “Laboratorio Chimico-Pharmaceutico de Granado” foi equipado com a tecnologia mais avançada de sua época, sendo considerado um dos maiores e melhores da América do Sul.

“Era gerente. A botica do Barros Franco tinha duas portas e pequenas prateleiras. Progrediu, sob minha direcção. Um dia, sentindo-se cansado o patrão, ofereci-Ihe sete contos pela casa. Ele aceitou a oferta”.

A Casa Granado tinha vários endereços como

Primeiro de Março nº 14 (a matriz, na então Rua Direita),
Visconde de Rio Branco nº 31, 
Conde de Bonfim nº 300 e
Rua do Senado nº 46.

Tinha laboratórios e oficinas lito-tipográficas instalados na

Rua do Senado nº 46 e
Rua do Lavradio nº 29, 30 e 32

Durante os anos de 1887 a 1940, ele editou o almanaque anual “Pharol da Medicina”. Nele, médicos, farmacêuticos e seu fiel público eram informados sobre os novos produtos da sua farmácia).

Por volta de 1880 a Granado ostentava o título de Imperial Drogaria e Pharmacia de Granado &Cia. e trazia o brasão do Império inscrito nos frascos de seus remédios.

Uma homenagem da Casa Granado ao casal imperial sob as lentes de ...
A Brasiliana Fotográfica destaca um registro da fachada da Farmácia Granado produzido por Marc Ferrez (1843 – 1921).

No topo da imagem há um quadro a óleo retratando dom Pedro II (1825 – 1891) e a imperatriz Teresa Cristina (1822 – 1889), com o neto primogênito, Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança (1866 – 1934). Foi encomendado pela farmácia ao artista alemão Frederico Steckel (c. 1834 -1921), em homenagem ao “feliz regresso” do casal ao Brasil, em 22 de agosto de 1888 (Gazeta de Notícias, 23 de agosto de 1888, primeira coluna). Em 1880, dom Pedro II havia concedido à drogaria o título de Farmácia Oficial da Família Imperial Brasileira.




Casa Granado, no Centro





Granado, da Tijuca




Ilha da Saúde, a chácara Granado em Teresópolis

José Coxito tinha uma propriedade na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, onde cerca de 300 espécies de plantas medicinais eram cultivadas sob olhar atento de seu dono e usadas na manipulação dos produtos da farmácia.

Em entrevista ao jornalista João Luso, publicada no Jornal do Commercio e reproduzida no Pharol da Medicina, de 1929, José Coxito expressa sua paixão por esse recanto:


“ As bênçãos de Deus cahem nestas alturas como em nenhum outro logar. Eu passo, lá embaixo, semanas inteiras a labutar, a magicar negocios... Quando sinto o cansaço chegar deveras, agarro no sobretudo e tomo o trem. Enterrei aqui uma fortuna para transformar um pantano... naquillo que você está vendo. Mas bem empregado dinheiro, senhor! Durmo aqui uma noite, duas noites, sinto-me outro.”​

Ponto de encontro social

Granado, do Centro da Cidade do Rio



Tradicionalmente, as boticas eram locais de encontro das mais importantes personalidades da cidade. Eram nelas que, no fim da tarde, reuniam-se a elite intelectual para um bate-papo descompromissado ou fervorosas discussões políticas e sociais.

Durante o Império, José Coxito foi amigo pessoal de D. Pedro II, do jurista Ruy Barbosa e do abolicionista José do Patrocínio. Já na República, a farmácia recebeu os presidentes Epitácio Pessoa e Juscelino Kubitschek, o aviador Gago Coutinho, o prefeito Pereira Passos entre outras personalidades.

“E um dia procurei o governador (sic) da cidade. Nosso encontro foi curioso. Ele apertou a mão e disse-me: — "Você é que é o Granado?" E eu fiz-lhe idêntica pergunta: — "E você é que é o Passos?" Porque só nos conhecíamos de vista. Ficamos íntimos, no mesmo instante”.


Premiações nacionais e internacionais



Ao longo das primeiras décadas do século XX, a Granado era uma das mais conceituadas indústrias farmacêuticas e de perfumaria no Brasil, motivo de orgulho nacional.

Essa notoriedade lhe valeu inúmeras premiações em exposições e, principalmente, o reconhecimento da classe médica que não só prescrevia, mas



Instalações do fabrico e estoque da Casa Granado.

A Pharmácia Oficial da Família Imperial Brasileira



Em agosto de 1888, quando D. Pedro II voltava de uma viagem à Europa e toda a cidade havia lhe preparado muitas homenagens, a Granado encomendou um quadro – inspirado em fotografia enviada pelo Imperador para o seu boticário e amigo – assim descrito por Mary del Priori em seu livro O Príncipe Maldito:

“A farmácia dos senhores Granado [...] encomendou ao artista Frederico Antônio Steckel uma decoração especial. A pintura a óleo [...] exibia em tamanho natural os avós e o neto: “o favorito”. No alto da grossa moldura, as armas imperiais. Em seda carmesim, tremulavam sobre o quadro os dizeres em letras douradas: Feliz Regresso de Suas Majestades Imperiais”.

A Granado era um das companhias fornecedoras oficiais do Palácio, e no ano de 1884 foi condecorada pelo Imperador com o título o de Pharmácia Oficial da Família Imperial Brasileira.


Estava escrito


José Coxito faleceu em 1935, deixando a direção da empresa ao seu irmão João Bernardo Coxito Granado.

Após a morte de João Bernardo, em 1943, a direção passou para as mãos do Comendador Armando Ribeiro Vieira de Castro – esposo de Manuela Granado, uma das filhas de José Coxito.

Na década seguinte, com o falecimento de Vieira de Castro, a Granado ficou sob a direção de Otto Serpa Granado, filho de José Coxito. Após a morte de Otto, na década de 1970, Carlos Granado Vieira de Castro, neto de José Coxito e filho de Armando e Manuela, assume a presidência.

José Coxito, em seu testamento deixou registrado o desejo de eternizar a botica e levá-la para
além do Brasil pelas mãos de um estrangeiro. Em 1994, Carlos Granado contratou o economista inglês Christopher Freeman para vender a empresa do avô.

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Christopher Freeman se encantou pela trajetória e empreendedorismo de José Coxito; comprou ele mesmo a antiga botica e deu início à modernização da empresa. Quando viu a necessidade de reposicionar a marca, junto com sua filha Sissi Freeman, percebeu que a riqueza da Granado era a sua história.




segunda-feira, 22 de junho de 2020

Propagandas de outros tempos cariocas



Muitos não conheceram esses produtos


Dos tempos em que as televisões tinham tubo de imagem e se queimavam. 
E tinha a opção da troca do tubo.


A elegância das canetas tinteiro precisavam de tinhas para enchê-las, que manchavam. Aí apareceu a revolução: tinta lavável!



O fixador dos "topetes" masculinos.


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Crônicas Cariocas de Todos os Tempos... Nelson Rodrigues


Em junho de 1980, há 30 anos, 
Nelson Rodrigues publicava 
essa saborosa crônica 
em que ressaltava...

"... nós vivemos uma época cínica. Ninguém se espanta"

Nelson Rodrigues – Wikipédia, a enciclopédia livre


Ainda hoje vivemos. Leia!








sábado, 13 de junho de 2020

Nair de Teffé, a caricaturista Rian


O Feminino e o Sagrado - MULHERES MARCANTES: Nair de Tefé (1886/1981)
Bela, pioneira e do bar, Nair de Teffé, nascida na Petrópolis em 10 de junho de 1886, transgrediu tudo o que podia com toda a naturalidade do mundo. Filha da aristocracia brasileira, mais precisamente do Barão de Teffé, Nair foi educada na Europa durante a infância e parte da adolescência e sua aptidão para o desenho desponta logo aos nove anos de idade. Em sua biografia, a artista relata que fez uma caricatura de uma das freiras professoras do convento de Saint Ursuline, onde estudava; para Nair, a mulher tinha um nariz comprido bom para ser desenhado. A travessura foi descoberta pela madre superiora e a pequena ficou de castigo em um quarto escuro por oito horas sem pão e chocolate.

O comportamento de Nair era pauta dos jornais

A dose se repetiu em casa, ao receber a visita de Madame Carrier, amiga da família. Nair foi obrigada pelas boas maneiras a ouvir a senhora falar por quase duas horas sobre cozinha, tema que a artista detestava e que gerou uma de suas frases marcantes: “a única coisa que gosto da cozinha é a comida”. Após a visita indesejada, Nair correu para o quarto e fez uma caricatura daquela que a importunava. Dessa vez, mostrou aos pais e o resultado da arte foi ficar sem sobremesa no jantar como forma de repúdio à indisciplina.

Percebendo as habilidades da filha, o Barão de Teffé a incentivou. De volta ao Brasil, com 19 anos, Nair de Teffé pintava, desenhava, tocava piano e falava seis idiomas, como era esperado das jovens da elite brasileira – afinal, era preciso se mostrar prendada para o futuro marido, porém ela não se importava com as convenções sociais.

Nair foi a primeira mulher no Brasil a usar calças compridas, peça tida exclusivamente como do vestuário masculino; também montava a cavalo com as pernas abertas, o que era inconcebível para uma dama, que deveria posicionar as duas apenas de um lado da montaria; tocava violão, instrumento sinônimo de boemia e cujo porte nas ruas poderia render voz de prisão por vadiagem; criou a “Troupe Rian” para encenar peças teatrais com o objetivo de angariar fundos para a construção da Catedral de Petrópolis e beneficiar obras sociais; e, por último, seu feito mais conhecido foi ser a primeira caricaturista mulher do Brasil (e talvez do mundo).

Durante sua mocidade no Brasil, Nair animava bailes e saraus da alta sociedade petropolitana com suas caricaturas. No início, eram desenhos de suas amigas e pessoas próximas à família, para evitar problemas e possíveis constrangimentos. A partir de 1906, os burburinhos a respeito das ilustrações de Nair começam a correr na Pensão Central, um dos pontos de elegância da cidade de Petrópolis, e a artista passa a receber encomendas de caricaturas, chegando a desenhar até 20 retratos em um único dia. Com o aval do pai, a jovem caricaturista pôde expor seus trabalhos na Chapelaria Watson e na Casa Davi, ambas no Rio de Janeiro.

A brincadeira de salão ultrapassou as paredes dos saraus e foi parar na imprensa. Nair de Teffé tornou-se conhecida ao retratar a artista francesa Réjane para a revista “Fon-Fon!“ em 1909. Com toda essa atenção voltada para uma figura feminina em um meio predominantemente masculino, Nair teve que se ocultar no pseudônimo de “Rian”, uma saída ardilosa, já que refletia seu nome ao contrário e lembrava sonoramente a palavra “rien”, “nada” em francês.


Exposição das caricaturas de Rian em 1912, 

documentada pela revista “Fon-Fon!”


Nair de Teffé

Nair de Teffé

Nair teve suas caricaturas publicadas nas revistas “Fon-Fon!”, “O Malho”, “Revista da Semana” e “Vida Doméstica”, além dos periódicos “O Binóculo”, “Gazeta de Notícias”, “Gazeta de Petrópolis” e “A Careta”. Seus desenhos também chegaram em Paris pelas publicações “Le Rire”, “Fantasio” e “Excelsior”, tendo sido convidada pelo diretor da última, Pierre Láfitte, para tornar-se colaboradora fixa e residir em Paris. Entretanto, o pai de Nair a impediu alegando estar velho e doente. Apesar de ser incentivada no ofício da caricatura pelo Barão de Teffé, a jovem ilustradora não podia receber pelos trabalhos. Afinal, fazer dessa atividade fonte de renda significaria maior liberdade financeira para a mulher e redução do controle parental sobre a vida da filha, criada para se educar visando um excelente casamento.

Com a fama de caricaturista, Nair de Teffé conta, em entrevista ao Estadão, em 1979, que passou a ser recebida nos salões “com muita desconfiança pelos homens e com medo pelas mulheres, que por muitas vezes se escondiam atrás dos finos leques”. Os pais também a aconselharam que deixasse a caricatura de lado com medo de que a filha fosse odiada, mas isso nunca a intimidou. Nos traços de Rian, a artista desafia a ordem estabelecida.

Em suas portrait-charges, caricaturas individuais que se concentram na figura humana sem preocupação com o fundo da cena, a artista mostrava mais que as personalidades da elite: Nair fazia críticas sutis àquela sociedade que escondia as mulheres debaixo de chapéus luxuosos e extravagantes, à maneira de viver e agir do período, além de incomodar alguns políticos não só com seus retratos caricatos, mas com suas atitudes. Os amigos de Teffé transformavam a expressão latina “ridendo castigat mores” (“rindo castigam-se os costumes”, tradução livre) em “Riant castigat mores”, uma brincadeira com o pseudônimo da artista, que por meio da caricatura castigava os costumes daquela sociedade


Portrait-charges de Rian para grandes veículosPortrait-charges de Rian para grandes veículos, como a revista “Fon-Fon!” (Imagem: reprodução)

Primeira-dama moderninha

Para sua coleção de primeiras vezes, Nair soma a de primeira-dama que tocou música popular no Palácio do Catete. Aos 27 anos, Nair de Teffé se casou com o marechal Hermes da Fonseca — presidente, 30 anos mais velho e recentemente viúvo, tríade de elementos que funcionou como prato cheio para a imprensa. Somado a isso, os filhos do marechal não compareceram à cerimônia.


A fama das caricaturas e do comportamento de Nair a precediam, o que lhe rendeu a alcunha de “primeira-dama moderninha”. A artista frequentava o Bar do Jeremias, reduto de boêmios, músicos, intelectuais e local proibido para mulheres, ainda mais para uma primeira-dama. O gosto de Nair pela música popular nunca foi segredo e em um dos recitais no Palácio do Catete, residência presidencial, ela tocou no violão ao lado de Catulo da Paixão Cearense (1863-1946), o maxixe “Corta Jaca” composto por Chiquinha Gonzaga (1847-1935). O episódio foi um prato cheio para Rui Barbosa, opositor de Hermes e ferrenho crítico de Nair, que já fazia caricaturas do político:

Nair de Teffé: A primeira cartunista do planeta - xapuriinfo.dream ...Nair de Teffé

“Mas o Corta Jaca de que eu ouvira falar há muito tempo, o que vem a ser ele, sr. Presidente? A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as danças selvagens, a irmã gêmea do batuque, do cateretê e do samba. Mas nas recepções presidenciais o Corta Jaca é executado com todas as honras da música de Wagner, e não se quer que a consciência deste país se revolte, que as nossas faces se enrubesçam e que a mocidade se ria.”

(Discurso proferido por Rui Barbosa em novembro de 1914)


Em entrevista ao Estadão, a caricaturista compartilha que Rui Barbosa já foi à tribuna dizer que se sentia ofendido pela “meninota Nair” e que deveria existir uma lei de proteção às figuras importantes como ele. Após o discurso, Nair preparou uma série de caricaturas do político que foram disputadas pelos jornais e revistas da época.

Nair de TefféRui Barbosa, crítico ferrenho de Rian, caricaturado pela artista (Imagem: reprodução)


Infelizmente, a produção de Nair não continuou durante o restante do mandato de seu marido, apesar da promessa do mesmo quando o pedido de casamento foi feito: “Quando Hermes me pediu em casamento eu aceitei com a condição de continuar meu trabalho. Ele não só concordou com a minha proposta, como também se prontificou a carregar a minha maleta de trabalho se eu precisasse”, relata Nair ao Estadão.

Assim que o mandato de Hermes da Fonseca terminou, Nair retornou à Europa para tratar um problema no quadril resultante de uma queda. Retornou ao Brasil em 1921, chegando a tempo de participar da Semana de Arte Moderna de 1922. Após o falecimento de Hermes, em 1923, Nair volta a morar em Petrópolis em 1928 e é eleita presidenta da Academia de Ciências e Letras, mais tarde transformada em Academia Petropolitana de Letras. Entrou para a Academia Fluminense de Letras em 1929 e também foi presidenta da instituição.

Com a morte dos pais em 1930, Nair trocou Petrópolis pelo Rio de Janeiro. Sempre cercada por figuras masculinas, ora o pai, ora o marido, que impediram sua independência financeira, a artista agora se via sozinha como gestora da herança familiar. Ela perdeu boa parte do dinheiro no Jogo do Bicho, mas mesmo assim conseguiu um empréstimo na Caixa Econômica Federal para erguer em Copacabana o Cine Rian, cinema que resistiu até 1983, sendo demolido posteriormente.

SAIBA MAIS SOBRE O CINE RIAN no post...  AQUI  

No auge de seus 70 anos, Nair de Teffé volta a fazer caricaturas de figuras políticas como Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek e Fidel Castro. Quando completou 95 anos, Nair faleceu no dia de seu aniversário, tornando-se referência não só como primeira mulher caricaturista, mas como uma mulher que não se submeteu às imposições socioculturais da época, nem quando ocupou o posto de primeira-dama.



Caricaturas de JK, Jânio Quadros e Fidel Castro por Rian (Imagens: reprodução)



quarta-feira, 10 de junho de 2020

Dia dos Namorados




A data do romance é celebrada ,por aqui, em 12 de junho desde 1948.

E o motivo é exclusivamente comercial: o objetivo da loja A Exposição de melhorar o resultado das vendas em junho, que sempre eram muito fracas, mês de desaquecimento das vendas. O dia 12 foi escolhido por ser véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro.

As primeiras propagandas que instituiriam a data no país.

Mães e namorados dão gás ao varejo há 70 anos – 2 – Varejo em dia




Mães e namorados dão gás ao varejo há 70 anos – 2 – Varejo em dia




Dia dos Namorados: “Amor com amor se paga” - NPLAN Comunicação



Outras propagandas, de outras lojas
DIA DOS NAMORADOS ; o que João Doria tem a ver com a data ...





Em junho de 1949, a Galeria Silvestre, na Rua Sete de Setembro, Centro do Rio, já estampava nas páginas do GLOBO o anúncio

“Neste dia...Pense em quem ama..Mas não esqueça um PRESENTE!”. 


Dona do slogan “O palácio das donas de casa”, a loja anunciava com orgulho itens como lustres, “abat-jours”, artigos para “cosinha”, enceradeiras, aparelhos domesticos, ventiladores e rádios. 

Em 1952, a Coty apresentava sua linha de cosméticos com um cupido carregando a faixa 

“Dia dos Namorados. Dia de Coty”

Colônias, extratos, sabonetes, sais para banho e estojos (de maquiagem) eram os presentes que tinham o público feminino como alvo. 

A hoje extinta Magazine Mesbla, por sua vez, valorizava as blusas femininas para o inverno e as bolsas de lona mesclada.

Ainda nos anos 50, as lojas Ducal anunciavam, “somente até Sábado”, a corrente para chaves Souvenir, “o presente ideal para ele”. Já a Barbosa Freitas, em Copacabana, na Zona Sul, sugeria como presente masculino o barbeador elétrico Remington, garantindo que “Êle ficará maravilhado”. As canetas Sheaffer’s, em 1959, se apresentavam como “a forma mais expressiva de presentear” homens e mulheres."

Em 1979 um anúncio de uma empresas financeira chamava a atenção mirando os casais com planos para o futuro. O slogan? “Caderneta de Poupança Residência quer dizer: eu quero casar com você”. 

Nas comemorações em 2010, refletindo décadas de mudanças nos costumes, os motéis também anunciaram presentes para os casais. Um deles, por exemplo, dizia que “melhor que antecipar sua comemoração, é repetir a dose no Dia dos Namorados”, enquanto outro oferecia 25% de desconto para o casal.


Atualmente, o Dia dos Namorados já é a terceira melhor data para o comércio no país - atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.

domingo, 7 de junho de 2020

Crônicas Cariocas de Todos so Tempos...Otto Lara Resende



Em junho de 1980, há 40 anos,  
o jornalista Otto Lara Resende publicou
 esse belo texto, onde destaca

"...quem duvida experimente a sua modernidade ".

Crônica] Vista cansada – Otto Lara Resende | Revista Macondo ...



Ainda hoje experimente! Leia e saboreie!


sábado, 6 de junho de 2020

Em junho de 1960, há 60 anos, a primeira Miss Guanabara











































Gina cujo nome verdadeiro é Jean - filha de pai escocês e mãe norte-americana, - recebeu a faixa do governador Sette Camara, tinha 19 anos de idade, 1m72 de altura, 93 cm de busto e de quadris.





 Casou com um militar, Ademar Garcia e vive hoje em uma casa em São Francisco, NIterói, conservando seu jardim e procurando ocupar o tempo com as coisas simples da vida. Teve três filhos, que lhe deram netos e bisneto.


Gina. Dos tempos de concurso, ela preserva a rotina saudável e o andar de miss
Foto:
/
Márcio Alves