domingo, 31 de maio de 2009

Recordações de Domingo


 
Quem viveu nos anos 60 há de se lembrar da propaganda e do slogan "Avon Chama", em que a vendedora de produtos de beleza tocava a campainha de uma casa. E era assim, também, na nossa casa. Sem os perigos de hoje em dia, ela subia pelos edifícios e batia à porta.
Sucesso desses tempos e campeão de vendas, o perfume feminino Toque de Amor e o aroma de talco.
Quem se lembra?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Há 90 anos...

Celebra-se hoje os 90 anos da prova que tornou Einstein conhecido mundialmente e um dos maiores ícones de nossa era : a deflexão da luz pela gravidade, a Relatividade Geral. As fotografias obtidas em Sobral, no Ceará, foram fundamentais para isso, mas o fato é ignorado por grande parte da comunidade científica.

Einstein, em passagem pelo Rio de Janeiro, teria reconhecido:
“O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil”.

O sucesso da missão inglesa que comprovou a teoria de Einstein se deveu, em parte, ao apoio logístico e levantamentos climáticos feitos por Henrique Morize, então diretor do Observatório Nacional do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Isadora Duncan no Rio

Nesse 27 de maio, Isadora Duncan faria aniversário. 



A californiana de 1877, responsável pela introdução do balé moderno , mostrou sua arte e talento aqui por terras cariocas. Além de dançar no Theatro Muncipal do Rio de Janeiro, em 1916, a história registra um suposto flerte de Isadora Duncan e João do Rio. 

Solteiro, sem namorada ou amante conhecidas faziam de João do Rio, motivo de suspeita - e, posteriormente, de troça - entre seus contemporâneos. Seu modo de vestir e comportamento, como um "dândi de salão", e sua figura "volumosa, beiçuda, muito moreno, lisa de pêlo" - como registrou Gilberto Amado - despertaram o espanto da estreita relação dele com Isadora. 

Duncan e João do Rio já haviam se conhecido anteriormente, em Portugal, mas foi somente durante a temporada no Rio que se tornaram íntimos. O grau dessa intimidade é um mistério. Especula-se de tudo entre os dois. Fontes até falam em um diálogo em que a bailarina o teria questionado sobre sua homossexualidade, ao que ele teria respondido: 

Je suis trés corrompu ("Sou completamente corrupto")



Com Isadora Duncan, João do Rio foi aos alegres e famosos salões de Laurinda Santos Lobo, em Santa Tereza, também até Cascatinha, na Floresta da Tijuca. A dançarina, que sentia muito calor, tirou a roupa e banhou-se nua, num tempo em que essa atitude era muito rara, deixando embasbacados aqueles que passavam por ali. Em Minha Vida, a autobiografia de Isadora Duncan, é possível resgatar as impressões de sua passagem pelo Rio:
 
"A esta cidade chegamos sem dinheiro e sem bagagem, mas no diretor do Teatro Municipal encontramos um homem assaz gentil, que tudo nos facilitou. Aí também defrontei um daqueles públicos inteligentes, vivos e vibrantes, que permitem aos artistas oferecer-lhes tudo que de melhor trazem em si. Aí conheci também o poeta João do Rio, muito querido da mocidade do Rio, onde, aliás, todos parecem ser poetas. Quando passeávamos juntos, éramos seguidos pela rapaziada, que gritava: “Viva Isadora! Viva João do Rio!”.


Em seu livro "Pequenas Histórias Verdadeiras do Rio Antigo" (Edições de Ouro, 1965), Carlos Maul ratifica o romance e escreve: 

"João do Rio mereceu as simpatias afetivas de Isadora. 
Num hotel da Rua D. Luísa — hoje Cândido Mendes —, perto da estação dos bondes de Santa Teresa no Curvelo, estava ela hospedada, e ali se encontravam os dois. 
Não faziam segredo de seus colóquios, e às vezes visitavam os sítios pitorescos da metrópole. Corria a versão de que Isadora dançara, quase nua, próximo das furnas da Tijuca, para encanto do escritor que traduzira a «Salomé», de Oscar Wilde. 
Não con firmo nem nego a versão. Admito-a possível. Tanto um como outra seriam capazes de promover um quadro desse gênero dentro da natureza. Aliás, a própria Isadora deixa entrever nas suas «Memórias» que João do Rio foi para ela algo mais do que um admirador entusiasta de sua arte..."

terça-feira, 26 de maio de 2009

SIMONAL SEMPRE! VIVAS A ELE!



O filme Ninguém Sabe O Duro que Dei, que entrou no circuito semana passada traz à cena Wilson Simonal, esse carismático carioca do subúrbio de Água Santa - que teria completado 70 anos esse ano - encantou os da minha geração, com seu jeito personalíssimo, e , infelizmente, por motivos obscuros foi destruído pela midia que o fez.
Quem não viu o filme deve ver! Importante e bem feito registro cinematográfico.

Igualmente importante e bem escrita, a crônica que reproduzo abaixo.

É importante falar e dar nomes aos bois.

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Ninguém sabe o duro que dei

Por Reinaldo Azevedo

"Imperdível, caros leitores, por uma coleção de motivos, o filme Ninguém Sabe O Duro que Dei, dirigido por Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, que relata a ascensão e queda — e que queda! —do cantor Wilson Simonal. Há muito mais ali do que o simples relato da trajetória de um ídolo brasileiro, de raro talento, que caiu em desgraça.

O que se vê na tela é a exposição detalhada de como uma máquina de difamação ideológica pode destruir uma carreira, apagar uma história, eliminar um pedaço da memória cultural do país. E não posso deixar de pôr isto aqui, já no primeiro parágrafo: a fita traz depoimentos dos cartunistas Ziraldo e Jaguar, que eram do jornal O Pasquim, que ajudou a destruir Simonal.
Levem suas crianças (acima de 10 anos), como fiz, para ver também esses dois
senhores.

É um bom pretexto para que digam: “O papai (ou mamãe) promete jamais falartanta asneira mesmo que visitado por aquele velhinho alemão...” Se algumas pessoas são para nós um norte moral, essa dupla é o sul.
Já chego lá. Negro, filho de uma empregada doméstica, saído literalmente da pobreza, Simonal se tornou um dos mais populares cantores brasileiros.Até aí, vá lá, a estupidez também pode render aplauso.

Acontece que ele era bom. Muito bom. Um dueto com Sarah Vaughan ou sua habilidade em reger um coro de 30 mil vozes no Maracanãzinho dão algumas pistas do seu talento. Fragmentos de entrevistas e shows, habilmente costurados no documentário, revelam um homem inteligente, chegado aocinismo e à auto-ironia.

E, vê-se ao longo do filme, não era do tipo chegado ao coitadismo, ao vitimismo, ao pobrismo, a mascarar deficiências técnicas com sua origem humilde, essa coisa tão asquerosa e corriqueira hoje em dia. Ao contrário: tinha plena consciência deseu gigantesco talento e ganhou a fama de arrogante — de “preto arrogante”. E vocês sabem o quanto isso podia e ainda pode ser indesculpável.

Cantor excepcional, criativo, capaz de transitar na fronteira devários estilos, Simonal era uma das possibilidades do pop brasileiro,abortado por um conjunto de infaustos acontecimentos: da ditadura dos militares à ditadura dos “profundos”, que tomou conta da música. Outro, de estilo diferente, mas não menos marginalizado, era Tim Maia— leiam Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, que, diga-se, ilumina aquele período, neste documentário, com a lucidez habitual. Simonal não tinha grandes “mensagens” a passar, sabem? E sua música dispensava manual de instrução e guia para entendimento de metáforas.

Mas Simonal fez, sim, uma grande besteira. Em 1971, desconfiado de que seu contador, Raphael Viviani, que fala no filme, andava metendo a mão na sua grana, contratou dois seguranças, um deles ligado ao famigerado Dops, para "resolver" a questão. O homem foi raptado, torturado e obrigado a assinar uma confissão. A mulher de Viviani chamou a polícia. Simonal se complicou. Para tentar se safar, afirmou que tinha “contatos com os homens” — sim, os homens do regime...Era o seu fim.

Passou a ser tratado como dedo-duro e delator doscolegas — embora, como lembra Chico Anysio, não haja uma só pessoa que possa dizer ter sido prejudicada por Simonal — além de Viviani, éclaro. A imprensa o tratava como agente dos órgãos de segurança,assim, como um aposto comum, desses que servem para identificar pessoas: “Simonal, ligado ao Dops...”

Ele passou a ser a pessoa mais demonizada no Pasquim, de Ziraldo e Jaguar (o sul moral do Brasil; jávolto ao caso). Num dos quadrinhos, aparece, acreditem, dando um tirona cabeça!!! Não, Simonal nunca foi agente do DOPS. Acontece que as esquerdas já se incomodavam com os seus hits muito pouco engajados. Foi ele quem transformou num sucesso estupendo País Tropical, de Jorge Benjor. Aquele trecho da música cantado só com as primeiras sílabas daspalavras foi uma “bossa” sua: “Mó, num pa tro pi/ abençoá por De/ queboni por naturê/ mas que belê...” “Patropi” virou substantivo, àsvezes adjetivo. Aquela parte da crítica que acreditava que boa músicatinha de falar das nossas mazelas e, eventualmente, acenar com a “revôsociali dos oprimi” já estava na sua cola.

Era considerado ufanista e instrumento da ditadura. Em 1970, havia acompanhado a Seleção Brasileira na Copa do México. Simonal, em suma, era o alienado do“patropi”. O episódio truculento de 1971 — pelo qual ele tinha, de fato, deprestar contas, e ninguém está a dizer o contrário — era a fagulha quefaltava num barril de vários preconceitos combinados: o “pretoarrogante”, que chegou a se declarar “de direita” e que era tido como o cantor “do regime”, passou a ser considerado, também um dedo-duro.

Os shows desapareceram. Artistas que antes faziam questão de dividir opalco com ele passaram a rejeitá-lo.

O Pasquim o esmagava impiedosamente, difamando-o entre artistas e intelectuais. A grande imprensa não ficava atrás. Foi banido das televisões. Estabeleceu-se uma espécie de stalinismo midiático: Simonal foi apagado da história brasileira. O homem que fizera o dueto com Sarah Vaughan — é visível o encantamento da diva — era um proscrito.

Depois de demonizado,decretou-se o silêncio.
Seu nome foi apagado. Em 2000, morreu em razãodo agravamento de uma cirrose
hepática.Ninguém Sabe o Duro que Dei, título do filme, é verso de um dos seus
sucessos. Justamente uma música que ironizava o fato de que muitoscriticavam ou
invejavam a sua boa vida e a sua riqueza. E ele, então,respondia: “Ninguém sabe
o duro que dei”. Pois é... O que é espantoso,mas muito próprio da indústria da
difamação, é que não havia prova,evidência ou indício da ligação de Simonal com
a “repressão”. Inútil!

O filme é equilibrado. Não há qualquer esforço para desculpar Simonal pela bobagem. O depoimento do contador é bastante longo, e não há amenor intenção de desacreditá-lo. Faço essa observação para deixarclaro que Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal não maquiam avida do artista, corrigindo com a simpatia o que há nela de condenável. Mas não há como não se deixar capturar pelo óbvio talento de Simonal. Talvez pudéssemos sair do cinema um tanto divididos: “Pô,também quem mandou fazer aquela tolice?”
Mas Zirado e Jaguar nos tiram dessa sinuca.


VELHOS NA ALMA

Ziraldo comandava O Pasquim. E isso quer dizer que comandava, também,a difamação contra Simonal.

Os diretores estão de parabéns por terem deixado o homem falar à vontade. Quando ele fala, o mundo se ilumina porque nos damos conta de quem ele é. O cara reconhece que parte do ódio que havia contra o artista decorria do fato de ele ser, vamos dizer, um preto bem-sucedido. Mais: admite que aqueles eram tempos em que um lado era o bem, e o outro, o mal.

E Simonal estava do lado errado...

Ziraldo sabe, hoje em dia, que o cantor jamais fez parte dos órgãos derepressão. Se, à época, ainda podia alegar alguma ignorância, hoje nãopode mais. Tem clareza de que o cantor caiu vítima da máquina dedifamação ideológica não por aquilo que fez, mas por aquilo que nãofez. Pensam que há nele alguma sombra de arrependimento ou, vá lá, dereconhecimento ao menos das injustiças cometidas? NADA!!!

O cartunista recorre a uma imagem canalha, asquerosa, nojenta mesmo,para se referir ao caso. Segundo diz, os confrontos ideológicos eramcomo lutas de capoeira, com pernadas para todos os lados. E alguns tinham a má sorte de estar na frente.

Entenderam? Ziraldo e as esquerdas davam as pernadas, e o pobre Simonal tomou a sua. Para este senhor, isso é parte do jogo.

Jaguar, que continua a investir na personagem do bêbado profissional,vejam lá por quê, não fica atrás em grandeza moral. Faz um relato debochado da tragédia de sua vítima e diz: “Ele morreu de cirrose; poderia ter sido eu”. E cai na gargalhada. Ah, sim: ao falar sobrenegros de sucesso, cita o nome de Pelé e diz: “Se bem que Pelé é branco...” Entenderam?

Para Jaguar, um negro só é negro se exibir sinais explícitos de sofrimento e for engajado. A propósito: o depoimento de Pelé é um dos grandes momentos do filme.

A dupla do Pasquim, mesmo sabendo que Simonal era inocente, não o anistia, não. Nem a anistia moral eles lhe concedem.

É que os dois não sabem o que é isso. Só conhecem o perdão traduzido em reais A Comissão de Anistia mandou pagar R$ 1.000.253,24 ao milionário Ziraldo e R$ 1.027.383,29 ao nem tão rico Jaguar(confessadamente, ele “bebeu” todo o dinheiro que o jornal lhe rendeu).

Mais: ganharam também o direito a uma pensão mensal permanente de R$ 4.375,88. Por quê? Ora, porque eles foram considerados “perseguidos pelo regime militar” por conta de sua atuação no Pasquim, aquele que desenhou Simonal dando um tiro na cabeça...

Sensatas e até comoventes são as palavras dos cantores e compositores Simoninha e Max de Castro, filhos de Simonal. Tentam entender a personagem na lógica dos confrontos de um período e dizem ser necessário resgatar sua obra, sem qualquer viés de confronto.

O ódio de que Simonal foi vítima (ainda presente nas falas irresponsáveis deZiraldo e Jaguar) não turvou o pensamento dos filhos, a cujos shows o pai chegou a ir. Mas os via escondido, sem mostrar a cara. Não queria,como conta sua segunda mulher, “prejudicar os meninos”.

Não deixem de ver o filme. Vale como divertimento e também como advertência: a máquina de difamação, que dá pernada a três por quatro(e dane-se quem está na frente), continua ativa. E agora está no poder.

PS: O filme merece uma atenção bem maior do que a que vem recebendo. De certo modo, a maldição continua. Como NÃO diria Chico Buarque, as esquerdas inventaram o pecado, mas se esqueceram de inventar o perdão."


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VIVAS A WILSON SIMONAL!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dia da Lingua Nacional



Nada melhor para comemorar a data que a poesia de Olavo Bilac.


Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!



Uma curiosidade interessante: o carioca Olavo Bilac além do poeta parnasiano, de primeira linha, assinou com os mais variados pseudônimos - entre os quais os de Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc - excelentes matérias humorísticas e satíricas na imprensa do tempo do Império e dos primeiros anos da República.


Qualquer dia desses publicaremos uma delas.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Como era antes...

A Cinelândia antes dos cinemas.

Foto recebida, sem crédito - reprodução

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Em tempo de enchentes...

Ruas cheias pela chuva, no Centro da cidade
Foto: Augusto Malta - reprodução
Vê-se pela foto acima que a história é antiga.

Augusto César Malta de Campos se tornou o grande cronista da cidade por 33 anos, através de suas fotografias, graças ao cargo que lhe foi confiado pelo prefeito Pereira Passos pelo decreto de número 445, de junho de 1903.
Hoje seu acervo pode ser encontrado em várias instituições de arquivamento cariocas como o Instituto Moreira Salles, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, o Museu de Arte Moderna, a Biblioteca Nacional, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro e o Museu Histórico Nacional.
E esta semana, também, para os apreciadores, muitas de suas fotos em livro de George Ermakoff, " Augusto Malta e o Rio de Janeiro - 1903-1936".

domingo, 17 de maio de 2009

Recordações de Domingo


Viajei no tempo ao ver nesse anúncio a embalagem do pó de arroz.
Nossa! Lembro dela na penteadeira - outra coisa antiga! - de minha mãe . A tampa que abria por cima, toda cartonada ...e dentro aquela esponja fofinha, com uma fitinha de seda que era o puxador.
E era pó, mesmo - não o chamado compacto de hoje, que é praticamente sólido - e pra todo o lado. Que alergia só de pensar!
Quanto perfume! Quanta delicadeza!
Recordações de domingo...

sábado, 16 de maio de 2009

Dia do gari no Rio de Janeiro

Hoje é dia do Gari!
Esses amigos da cidade, de uniforme laranja.





Eles teimam em deixar limpa a cidade - que tantos a todo momento insistem em sujar - com simpatia, bom humor e talento.E pra quem não acha que precisa talento, pense quantas vezes você varre sua sala, seu quarto, sua casa, e como, o que é principal.

Infelizmente, em contrapartida, muitos descartam o papel de bala , o cigarro , a nota fiscal amassada da loja , a latinha de refrigerante ou cerveja, o chiclete, o folheto do ambulante e tanto mais, sem pestanejar, na primeira esquina, no jardim da praça, pela janela do carro ou ônibus. Muito triste.

O nome GARI ?
Vem do empresário francês Aleixo Gari, que assinou contrato em 11 de outubro de 1876, com o Ministério Imperial, para o serviço de limpeza pública da cidade do Rio de Janeiro. De lá pra cá são 133 anos em que a história da limpeza na cidade evoluiu em técnicas e equipamentos.


A eles, nossos parabéns!





Um grupo de garis, no Carnaval, tendo à frente o o gari Renato Sorriso.
Foto - Prefeitura - reprodução

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coisas de Ipanema

Um amigo do RIO QUE MORA NO MAR, Mauricio Leon,
nos desvenda um segredo:

onde nasceu a mudança no significado
da palavra paquerar.


Interior e fachada do antigo Zeppelin,
na Rua Visconde de Pirajá
Fotos: reprodução/internet
" Na minha juventude, nossa turma se reunia no antigo Zepelim, do velho Oscar, e tínhamos um hobby comum, gostávamos de caçar. E um de nossos termos era a palavra paquerar, que era o ato do cachorro fixar a atenção na caça levantando uma pata dianteira e o rabo.
Como estávamos em Ipanema e o Zepelim era muito bem frequentado, toda vez que um amigo fixava um olhar em uma mulher, dizíamos que " ele estava paquerando".
Isto eu estou falando de 1958, quando o termo usado pelas outras pessoas era flertar.
O Zepelim desta época era frequentado, na mesa próxima à janela, por Vinicius de Moraes, Homero Homem, Jose Carlos de Oliveira, Tom Jobim, Millor Fernandes,Fernando Sabino e a nossa mesa era a última do bar e nos reuníamos após as 22:00 horas quando tínhamos que deixar a namorada em casa. Roberto Eberth, Silo Meireles, Riba (Ribamar) Acioly, Abelardo, Armando Henrique, eu e outros.
Ipanema era o centro das atrações...
e a mudança da terminologia paquerar nasceu ali ... ".


Pois é... a gíria paquerar, quem diria, surgiu em Ipanema!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

UM MONUMENTO A TOM JOBIM

A TOCA DO VINICIUS, a excelente livraria de música de Ipanema, capitaneada pelo grande empreendedor carioca Carlos Alberto Afonso, lançou em seu blog uma idéia que dizemos, SIM!

Abaixo o texto da proposta. Vale a pena ler e repassar!

UM MONUMENTO A TOM JOBIM

No começo de 1995, a TOCA liderou uma árdua batalha.
Logo após a morte de TOM JOBIM (dezembro de 1994), a Prefeitura do Rio tentou homenageá-lo, dando seu nome à Av.Vieira Souto, na orla de Ipanema.
Houve resistência de moradores. E apesar de não termos economizado esforços, av.Tom Jobim não vingou. Em nova tentativa da Prefeitura, o nome do Maestro foi para a rua Visconde de Pirajá, ainda em Ipanema.
Outra dura batalha, outra resistência, outra frustração.

Alguns jobinistas apaixonados pensaram em tentar conseguir abrigo para o nome de TOM na placa da rua VINICIUS de MORAES, que, logo após a morte do poeta tomara o lugar da velha MONTENEGRO, a mais charmosa rua de Ipanema. Não foram necessárias muitas reflexões para concluir-se que, além das dificuldades naturais para se criar a rua VINICIUS e TOM, homenagear uma parceria - mesmo maiúscula - com nome de uma rua seria um pouco de exagero, além de excludente, pois a carreira de nenhum dos homenageados prescindiria das valiosas contribuições das outras parcerias.

Deixamos a idéia de lado por estes decisivos argumentos. O nome de TOM JOBIM foi para o aeroporto internacional da Cidade do Rio de Janeiro, o velho aeroporto do Galeão.

UMA FÓRMULA

TIPO - Estátua de TOM, referenciando o homem como reduto
de humanidade.
TRAÇO - Hiper realista, retratando a conhecida beleza física de TOM
EXPRESSÃO - Atitude de completa abstração do artista poético-musical, envolvido pela plasticidade e musicalidade da exuberante natureza, de céu, mar, aves migratórias, sol, chuva...
COMPANHIA ? - TOM deve estar inteiramente só. E, estando só, contemplando, igualmente, suas porções Nilton Mendonça, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Aloísio de Oliveira e outras parcerias, composicionais, ou não, que, no seu conjunto, tenham contribuído na construção de sua Obra.
LUGAR - Calçadão da Praia de Ipanema sob cujas areias pediu que enterrassem seu coração. Em frente a MONTENEGRO, hoje Vinicius de Moraes (olha o encontro aí, de maneira natural, não setorizadora e não excludente das outras notáveis parcerias de ambos) rua que serviu de pista de decolagem para a mais consagradora de todas as suas muitas viagens. Consagradora e fundamental.
ACESSÓRIOS - Chapéu panamá na cabeça ou, em gesto de aceno, em uma das mãos. Nada contra um charuto na outra mão discretamente largada, pois, pode parecer cínico, mas... TOM fumava charutos e gostava de brincar imitando seu ídolo HEITOR VILLA-LOBOS. Nada contra uma plaquinha advertindo para os prejuízos do fumo. O charuto não estaria inconvenientemente próximo de um aeroporto ou santuário botânico. O charuto poderia estar, inclusive, apagado. E, mesmo se aceso, ali, na praia, a fumaça mais rapidamente do que qualquer aspiração, se diluiria e se perderia no ar.

O RIO QUE MORA NO MAR assina embaixo!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

À Princesa

Para os que não sabem, a história do RIO QUE MORA NO MAR começou com e-mails temáticos distribuídos a amigos, para trocarmos saudades cariocas. Aí esse grupo de amigos foi aumentando e surgiu o blog.
Em um desses e-mails, sobre histórias cariocas, uma delas era a que resolvi reproduzir abaixo, na data de hoje, lembrando a grande princesa que essa terra teve, a Princesa Isabel, a quem a memória carioca ainda não deu o valor e lugar devidos.


Muito já se falou das camélias abolicionistas do Leblon, mas é sempre bom lembrá-las.Cultivadas pelo português José de Seixas Magalhães, homem de idéias avançadas, fabricante de malas e sacos de viagem, essas belas flores, com o auxílio de escravos fugidos e com a cumplicidade dos principais abolicionistas da capital do Império, eram uma espécie de código de identificação entre os abolicionistas, principalmente quando empenhados em ações mais perigosas, ou
ilegais, como auxiliando fugas ou conseguindo esconderijo para os fugitivos.

Vale ressaltar a história de proteção do Imperador Pedro II e de sua filha, a Princesa Isabel, ao quilombo do Leblon. Ele nunca chegou a ser seriamente investigado e a Princesa ousou, muitas vezes, aparecer em público com camélias - que recebia do quilombo - a adornar-lhe a roupa, fato sempre notado pelos jornais.E quando da assinatura da Lei Áurea, ela recebeu, como sempre, o subversivo ramalhete de camélias enviado por Seixas.

Alguns pés de camélias, remanescentes desse tempo simbólico, ainda hoje podem ser encontrados nos jardins da Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, atuante membro do movimento abolicionista.

Estes pés de camélia, em algumas épocas do ano, floridos, são documentos vivos da história do Brasil.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Li, gostei e reproduzo

Escrevo de São Paulo, onde visitei a Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Temos alguns títulos do catálogo da Nitpress sendo oferecidos lá e eu mesmo tive o prazer de entrevistar Pedro Herz, dono da rede Cultura, para a revista O Prelo, da Imprensa Oficial do Estado do Rio, dentro de uma matéria sobre rodas literárias. Porém, ainda não havia tido a oportunidade de ver como ficou a loja depois da reforma que a transformou na maior livraria do país, em 2007, com uma área de 4.300 metros quadrados, distribuídos em três pisos.
Confesso que, ao entrar, fiquei um tanto atordoado. Eu, que sempre vivi com o umbigo encostado na Baía da Guanabara, experimentei talvez a sensação de alguém que chega do interior e se vê pela primeira vez diante do mar. Não sabia onde pousar o olhar naquele oceano literário, cuja amplitude se denuncia logo na entrada da loja, com uma exposição de livros publicados em diversos países. O pequeno príncipe, por exemplo, era apresentado numa banca em edições brasileiras, americanas, italiana e francesa.
O impacto é bem diferente do causado, mesmo na primeira visita, pela Biblioteca Nacional ou o Real Gabinete Português de Leitura, no Rio, ambientes onde predomina o respeito reverencial por verdadeiros templos da cultura e da civilização humanas. Aqui, no entanto, é como se estivéssemos em uma Alexandria dos tempos modernos, multicolorida, totalmente hi-tech,
aconchegante e, sobretudo, abarrotada de livros, muitos livros, todos disponíveis ao tato e a todos os demais sentidos - a visão, o olfato, a audição (existem até livros que falam!) e o paladar (como não, se eles existem para serem devorados?).
Se há uma coisa que admiro nessa livraria, mais do que o seu gigantismo, é o respeito que ela tem pela bibliodiversidade (talvez uma coisa não fosse possível sem a outra, pois livros necessitam de espaço). Posso falar pela minha experiência de editor, dono de uma pequena editora independente, focada em um nicho tão importante quanto desprezado pelos grandes
conglomerados editoriais - a literatura fluminense. Nenhuma outra rede se mostra
tão aberta a receber obras das mais diversas origens e tendências como a Cultura, oferecendo ao público o maior cardápio livreiro do país, sem abrir mão, é claro, dos bestsellers que fazem as caixas registradoras trabalhar sem parar.
Depois de alguns instantes de indecisão, dirigi-me instintivamente para o setor de literatura brasileira. Pensei: aqui é um bom lugar para medir a temperatura editorial do centenário de morte de Euclides da Cunha, a transcorrer este ano. Depois de procurar por algum tempo, achei duas edições espartanas de Os sertões, o único livro encontrado do escritor fluminense no meio de 2.742.821 títulos presentes neste gigante livreiro (número fornecido em seu site). A constatação me deixou assombrado, embora perplexo nem tanto, pois já sabia, de antemão, da pouca importância dada pelo setor editorial a esta marcante efeméride.
Corri os olhos por algumas prateleiras próximas, onde se achavam os livros de Machado de Assis, cujo centenário de morte também foi lembrado, com todas as honras devidas, no ano passado. A comparação era inevitável. Lá estavam todas as obras do “Bruxo do Cosme Velho”, inclusive as menos afamadas, como Papéis avulsos. De Dom Casmurro e Memórias póstumas de Braz Cubas havia várias edições, saídas por diversas editoras. Tive a curiosidade de contar, com a ajuda de uma prestimosa atendente da loja, e somei, apenas entre as disponíveis na rede, excluindo as esgotadas, 25 edições de Dom Casmurro, contra apenas duas de Os sertões. E onde estariam os outros títulos do autor desta que é considerada a maior obra da literatura brasileira (Os sertões), como À margem da história, Contrastes e confrontos e Peru versus Bolívia?
Não, a culpa não era da livraria. Mesmo que o comprador da loja fosse um euclidiano
convicto, ele teria dificuldades de encontrar novidades sobre o autor no catálogo das editoras. Ao contrário do que ocorreu no centenário de morte de Machado de Assis, repleto de lançamentos (só a Record publicou cinco títulos), os 100 anos sem Euclides da Cunha vem passando, até agora, em brancas nuvens no meio editorial. Existem duas grandes exposições programadas (uma na ABL e outra na Biblioteca Nacional), um importante seminário em Cantagalo, em setembro, além de vários outros eventos, incluindo a tradicional Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo, mas muito pouco em termos de livros. Só tenho conhecimento, até o momento, da publicação das Obras Completas de Euclides da Cunha, que sairá pela Nova Aguilar no final de julho, sob a responsabilidade de Paulo Roberto Pereira,
e de mais uma antologia da coleção “Introdução aos Clássicos Fluminenses”, da
Nitpress, com organização de Edmo Rodrigues Lutterbach, também prevista para o
início do segundo semestre.
O projeto confiado a Paulo Roberto Pereira, por exemplo, é em si uma grande e louvável empreitada, que está sendo levada a cabo com grande esmero pelo organizador, mas o que impressiona é a deficiência numérica de títulos programados pelas editoras e não a qualidade das poucas edições projetadas. Será que as casas editoriais foram contaminadas pelo virus
“politicamente correto” que baniu Euclides da Cunha dos concursos vestibulares (veja, a respeito, a postagem entitulada
“Euclides vive”), sob o argumento simplório de que algumas das teorias científicas defendidas por ele em Os sertões estariam ultrapassadas, sem levar em consideração a gigantesca contribuição da obra do escritor fluminense, considerado, entre outras tantas qualidades particularíssimas, o precursor da sociologia, da ecologia e do modernismo no Brasil?
Não há como negar que a produção literária de Machado é muito maior, quantitativamente, do que a deixada por Euclides. Afinal, teve uma vida longa se comparada com a deste último,ceifada tragicamente com pouco mais de 40 anos, quando se debruçava sobre grandes projetos futuros, como, por exemplo, um novo épico nacional, semelhante em grandiloquência a Os sertões, que seria intitulado “Um paraíso perdido”, ambientado na região amazônica. Não se deve tirar qualquer um dos títulos de Machado das prateleiras das livrarias, mas Euclides, que não lhe foi menor, precisa estar presente por inteiro, em toda extensão de sua obra, ao alcance do público. Nas escolas, nas bibliotecas, nos vestibulares e nas livrarias. E para que não recaia sobre este blogueiro mortal o peso do julgamento comparativo da obra dos dois maiores imortais da literatura brasileira, recorro a Alceu Amoroso Lima:
“Morreram quase juntos, o primeiro em 1909 e o outro em 1908. Entraram, pois, quase juntos para a imortalidade de nossas letras, representando cada qual uma face do espírito brasileiro. Euclides, a voz do povo, Machado, a voz da elite. Um derramado, revolto, impetuoso de sentimento e de estilo. O outro sóbrio, contido, tímido.
Um desdenhando o bom gosto, que o outro cultivava com esmero. Predominava num a terra e no outro o homem. Naquele o espírito e neste o espírito literário. Euclides era a afirmação e o entusiasmo. Machado a hesitação e o sorriso. Num se espelhava a agitação do nosso caldeamento étnico, os ímpetos bravios de nossa barbaria latente. O outro vinha estender sobre esse tumulto nativo o manto ilusoriamente pacificador do pensamento requintado e sutil.” (”Euclides e Machado”, em Três ensaios sobre Machado de Assis, pág. 41)"

Publicado pelo jornalista Luiz Erthal, em 30 de abril de 2009 - blog Toda Palavra.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Vale a pena!

ROTEIROS DO RIO - a pé - em maio
GRÁTIS
Com tempo chuvoso, os roteiros serão cancelados.


1.CAMINHANDO POR NEGRAS GEOGRAFIAS NO CENTRO DO RIO
13 DE MAIO DE 2009, quarta-feira - 121 ANOS DE ABOLIÇÃO

Encontro: Estação do metrô Praça Onze, às 14 horas

Inscrições:
roteirosgeorio@uol.com.br ou celular 8871 7238.

Itinerário terá a seguinte composição: Praça Onze dos bambas e da Pequena África do Rio de Janeiro - Sambódromo (visita) - Terreirão do Samba/palco João da Baiana (visita) - Escola Tia Ciata - Igreja de Santana, mãe de Maria, avó de Jesus, a Nanã de negra devoção (visita) - Campo de Santana - Rua Buenos Aires - Rua Uruguaiana - Igreja das irmandades negras de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (visita à ex Catedral da cidade) - Ouvidor dos acordes iniciais do carnaval de rua - Rua do Carmo - Praça XV do júbilo da Abolição - Paço Imperial e de Isabel de Bourbon e Bragança
Encerramento: por volta das 18 horas.

2.ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO
DIA 14 DE MAIO DE 2009 - QUINTA-FEIRA - 20 HORAS E 30 MINUTOS
e
DIA 28 DE MAIO DE 2009 - QUINTA-FEIRA - 20 HORAS E 30 MINUTOS

Inscrições:
roteirosgeorio@uol.com.br ou celular 8871 7238

Encontro: NO ADRO DA CATEDRAL PRESBITERIANA
(NA CONFLUÊNCIA DA PRAÇA TIRADENTES COM A RUA DA CARIOCA)

Itinerário terá a seguinte composição: ILUMINADOS PRÉDIOS DA CATEDRAL EVANGÉLICA DO RIO DE JANEIRO E REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA - CENTRO CULTURAL CARIOCA - IGREJA NOSSA SENHORA DA LAMPADOSA (E DA ÚLTIMA MISSA DE TIRADENTES) - AV. PASSOS - TERRITÓRIO DA "DASPU" - PRAÇA TIRADENTES DOS TEATROS SECULARES E DOS MODERNOS HOTÉIS - RUA DA CONSTITUIÇÃO - GOMES FREIRE DOS HOTÉIS DE ALTA ROTATIVIDADE - LAVRADIO DOS ANTIQUÁRIOS E CASAS DE SHOWS DE ILUMINAÇÃO MUTANTE – QUARTEIRÃO CULTURAL E DO RIO SCENARIUM - ESPLANADA DE SANTO ANTONIO - LARGO BRAGUINHA (E DE RETUMBANTES MARCHINHAS) - MEM DE SÁ DOS SOBRADOS EXUBERANTES, SAMBA DE RAIZ, MARCHINHAS, MAMBO, FUNK, ROCK, TRAVESTIS E MITOLÓGICA MALANDRAGEM - SECULARES E SIMBÓLICOS ARCOS DA LAPA - RUA JOAQUIM SILVA - ESCADARIA SELARON - LARGO NELSON GONÇALVES - IGREJA NOSSA SENHORA DO CARMO DA LAPA - SALA CECÍLIA MEIRELES

Encerramento: por volta de vinte e três horas e 30 minutos em tempo de se embarcar no metrô ou de saborear uma pizza na Lapa

3. DESCORTINANDO AS GEOGRAFIAS DOS BAIRROS CATETE, FLAMENGO E GLÓRIA
DIA 30 DE MAIO DE 2009 - sábado - 9 e 30 da manhã

Inscrições:
roteirosgeorio@uol.com.br ou celular 8871 7238
Encontro: PORTARIA DO MUSEU DA REPÚBLICA

Itinerário terá a seguinte composição: Os sobrados centenários da Rua do Catete – Museu da República (visita aos jardins do ex Palácio do Governo Federal) – o comércio, o corredor gastronômico e os estabelecimentos de serviços do bairro e o comércio informal no espaço público - Rua Artur Bernardes – Rua Bento Lisboa (com seus novos hotéis e gigantesco condomínio residencial) – Largo do Machado – Galeria dos Cinemas São Luis (passagem) – Rua Machado de Assis – Travessa Pinheiro (vilas, torres e o Instituto de Arquitetura) – Rua Dois de Dezembro – “Castelinho” (visita) – Parque do Flamengo – de volta ao passado à carioca (casa de branco junto à foz do rio), à Henriville do Projeto França Antártica e a conquista do homem sobre a baía de Guanabara – O ajardinamento do Parque Brigadeiro Eduardo Gomes – os edifícios suntuosos do bairro nobre do Flamengo – Praça do Russel – Memorial Getúlio Vargas – as emissoras do Sistema Globo – Monumento ao padroeiro da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro – Plano Inclinado da Igreja de Nossa Senhora da Glória (visita ao templo) – estação do metrô Glória

Encerramento: meio dia.

Os roteiros têm
Coordenação: Prof. Dr. João Baptista Ferreira de MelloProjeto de Extensão ROTEIROS GEOGRÁFICOS DO RIO do NEPEC – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Espaço e Cultura
Departamento de Geografia Humana – INSTITUTO DE GEOGRAFIA - CTC
UERJ – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

domingo, 10 de maio de 2009

Às mães

Minha mãe adorava poesia. E assim, ainda pequena, comecei a estudar declamação. Poucas pessoas sabem o que é isso nos dias de hoje.

Nem sei se ainda existem cursos. Nos anos 50, 60, reinava o método Maria Sabina. Autora de livros de poesias, de contos e biografias, fundou o Curso Olavo Bilac, para ensinar a arte de dizer. Declamadora famosa e professora conceituada, lecionou por sete décadas, período em que diplomou centenas de outros declamadores.

Assim, nessa onda, fiz quatro anos desse curso e aprendi a declamar. Minha professora era a tijucana Maria Vilma e declamei em vários recitais, inclusive com a presença ilustre, mais de uma vez, do grande Bastos Tigre, na plateia.

Bons tempos! Nunca mais vi Maria Vilma.

E é com poesia que registro o dia de hoje.

Às mães, inclusive a minha, que continua viva, para sempre, no meu coração!


Ser Mãe
Coelho Neto

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração!
Ser mãe é ter no alheio lábio que suga,
o pedestal do seio, onde a vida,
onde o amor, cantando, vibra.

Ser mãe é ser um anjo
que se libra sobre um berço dormindo!
É ser anseio, é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!


O escritor Coelho Neto é o autor da expressão CIDADE MARAVILHOSA.

sábado, 9 de maio de 2009

Ontem e Hoje

A Rua Barata Ribeiro em dois tempos: em 1919 - há 90 anos, bucólica, silenciosa, clara e apenas casas - e nos dias atuais, com seus grande edifícios, trânsito e outdoors de anúncios.
Características de uma cidade que cresceu.
Barata Ribeiro em 1919 - reprodução

Barata Ribeiro - dias atuais - reprodução

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Rio em Flagrante...

Era uma seção da revista Fon-Fon, que mostrava instantâneos.

A foto abaixo, de uma edição de 1910, mostra as alunas do Colégio Sacre-Coeur esperando com suas famílias, os bondes especiais, na Rua da Assembléia, para voltarem aos estudos, após a saída mensal.

Que interessante!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Torre Eiffel

Há 120 anos, em 6 de Maio de 1889 , a TORRE EIFFEL era oficialmente aberta ao público durante a Exposição Universal , em Paris.

Por aqui, em terras cariocas, já tivemos uma TORRE EIFFEL , antiga loja da rua do Ouvidor - do mesmo dono que o magazine Colombo , na Avenida Central - cheia de glamour, precursora das lojas de departamentos de hoje, onde vestia-se à francesa . Muitas toilettes dali faziam suas estréias pelas confeitarias da cidade, nos tempos da Belle Époque Carioca.


Anúncio - Revista Fon-Fon - reprodução

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sim!

Há dias atrás o RIO QUE MORA NO MAR disse um enorme NÃO!
Hoje diz um sonoro SIM!

Ah!... cidade do Rio de Janeiro merece ser declarada Patrimônio da Humanidade !

Ah!... cidade do Rio de Janeiro da Floresta da Tijuca, do Jardim Botânico, do Aterro do Flamengo, das praias...
Ah!... cidade do Rio de Janeiro do samba, da bossa nova , do choro, do Carnaval, e de tantas manifestações culturais...
Ah!... cidade do Rio de Janeiro do futebol arte, suas alegres e criativas torcidas...
Ah!... cidade do Rio de Janeiro das praças, dos parques, lagoas...
Ah!... cidade do Rio de Janeiro dos museus, bibliotecas e esquinas que guardam histórias que construiram uma terra...
Ah!...cidade única com seu patrimônio misto, natural e cultural, que melhor significa Paisagem Cultural.

Com certeza a Cidade Maravilhosa merece ser a primeira cidade grande do mundo contemplada com o título de patrimônio da humanidade.

SIM à iniciativa! SIM à campanha! SIM, principalmente, porque o município e o País deverão se comprometer a preservá-la!

O Rio de Janeiro merece!
Por isso, um sonoro

SIM!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Aniversariante do dia

Mais uma aniversariante do mês: o carioca Lulu Santos.

Cantor e compositor dos rocks românticos, das deliciosas canções com cara de luau, fica a homenagem nessa segunda, dia 4 de maio, através da sua deliciosa parceria com Nelson Motta, em um momento histórico da cidade: durante o Rock in Rio, em 1985.


Pra recordar e se deliciar! Clique e ouça COMO UMA ONDA.

domingo, 3 de maio de 2009

Meeeennngoooo!

Charge de Henfil - reprodução


Acima o lindo postal de Henfil - cartunista e grande rubro-negro - onde o Cristo pula com o gol do Mengo!

Aliás, foi no seu traço genial a origem do personagem-símbolo da galera: o urubu.

Certa tarde de Maracanã lotado, em um fim de semana dos anos 60, em que o jogo corria normal e torcedores do Botafogo - sempre eles !- soltaram um urubu carregando uma bandeira do Flamengo. Mais que uma provocação, uma crítica pesada: para os alvinegros, os flamenguistas não passavam de favelados que reviravam o lixo em busca de comida. Eram os urubus.

A resposta à brincadeira preconceituosa e sem graça, veio em alto nível, na edição do Jornal dos Sports - do dia seguinte - onde trabalhava : o desenho de um adorável urubu vestindo a camisa do Flamengo. Ele preferiu, e com razão, o bom humor e adotou o bicho como mascote .

Iniciava ali um apaixonado canal de comunicação com a nação Rubro-Negra e sua torcida, que adotou, também, o urubu.

Hoje, nesse momento de vitória e grande conquista da NAÇÃO, relembramos Henfil, um grande cronista da história do FLAMENGO.


PARABÉNS FLAMENGO!
PENTA TRI CAMPEÃO CARIOCA!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Esquadrilha da Fumaça




Acabei de ver pela minha janela a belíssima exibição da brava Esquadrilha da Fumaça.

Além do lindo dia de sol que por aqui faz, o céu azul - de brigadeiro - foi pano de fundo perfeito para as manobras daquela gente abusada e admirável.

Foi num mês de maio, no Rio de Janeiro, 
que nasceu, carioca, 
a Esquadrilha da Fumaça. 
14 de Maio de 1952. 

Após um intenso treinamento, nos intervalos de almoço e nas folgas da instrução de vôo, um seleto grupo de instrutores, fazia seu primeiro vôo. Os tenentes Domenech, Fraga, Collomer e Martins, com o objetivo de incentivar os cadetes e de mostrar-lhes que poderiam confiar em seus instrutores e aviões, decolavam e executavam um sem número de manobras de precisão. Loopings, Tounneaux, treinos em segredo em direção a Jacarepaguá ou Nova Iguaçú.

Depois, com o tempo vieram o tanque de óleo, exclusivo para a produção da fumaça, no compartimento de bagagem , que escreveu FAB em letras enormes sobre a praia de Copacabana, pela primeira vez em 1953. Mais tarde, aviões de uso exclusivo, com distintivo e pintura próprios.

A Esquadrilha da Fumaça foi aumentando o número de manobras e se popularizando cada vez mais no Brasil e no exterior e hoje é um orgulho para todos nós.