sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Radamés Gnatalli, 110 anos


No último dia 27 de janeiro, 110 anos de nascimento do mestre Radamés.

 Em tempos de tanta porcaria agredindo nossa audição, vale dar um bônus aos nossos ouvidos.


Talento exemplar. Maestro Radamés Gnatalli influenciou Tom Jobim, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, entre outros
"Para mim, só existe música de duas espécies:
a boa e a ruim"
disse certa vez Radamés Gnatalli.


Então, ouçamos a boa música!


SALVE
RADAMÉS GNATALLI!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Rio de Janeiro em 1565




segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O point carioca da vez é...

... a Praça Mauá.

depois de quatro anos em obras, surge revitalizada.



E coloca em destaque prédios históricos ou os novos, como os MAR - Museu de Arte do Rio -  e o Museu do Amanhã.



lado a lado o tradicional e antigo prédio de A Noite e o imponente Avenida Rio Branco 1


Museu do Amanhã


MAR



sábado, 23 de janeiro de 2016

Hoje tem banda de Ipanema

Mais uma crônica carioca de todos os tempos...
"...As ruas da zona sul eram um silêncio, justamente quando o calendário, permissivo pela própria história, autorizava e chamava a alegria. A ditadura militar estava em seu primeiro ano e muitas tristezas se anunciavam. A cultura popular sofria os reflexos do difícil momento, do imprevisível, da censura incipiente. O esforço exigido para sua recuperação deveria ser multiplicado. A perspectiva da reconquista do espaço cultural, espaço de expressão, justificaria aquele esforço. No carnaval de rua não era diferente, para a sua recuperação seria necessário tentar. Juntar as pessoas e tentar.
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Amigos – entre eles alguns fundadores da Banda de Ipanema – haviam visitado Ubá, em Minas Gerais, e conhecido uma de suas tradições locais: o desfile da Phylarmônica Em Boca Dura de Ubá, uma agremiação carnavalesca que desfilava pelas ruas da cidade, com seus integrantes cada um tocando, se assim se poderia dizer, um instrumento musical. O som resultante, nulo em harmonia, era todavia forte o suficiente para, com sua irresistível desarrumação melódica e extremo descompasso, despreocupadamente caótico, tornar-se hilariante, um desfile contagiante para todos. A cidade festejava sem parar. Essa experiência iria dar frutos.
Naquele início de fevereiro de 1965 perdurava o silêncio das ruas. O mesmo grupo de amigos, com outros mais, igualmente pioneiros, reuniu-se para preparar o que seria o anteprojeto da banda que iria estrear, duas semanas antes do carnaval, precisamente no sábado dia 13 de fevereiro. Naquele dia, cerca de 30 amigos estavam desfilando pelas ruas de Ipanema, a partir da Praça General Osório. Também eles tentavam, impunemente, à imagem de seus colegas inspiradores de Ubá, reproduzir algum som audível e compreensível em seus instrumentos. Inútil registrar o som, mas afirmava-se a alegria, e foi assim que ela desfilou em seus primeiros anos, enquanto possível conciliar os mestres amadores do som com os profissionais do ramo que lhes davam um mínimo indispensável de sustentação. Sim, porque em breve tempo a multidão era de tal ordem que não havia mais espaço para os músicos amadores. O carnaval de rua renascia na zona sul da cidade. Nascia e crescia a Banda de Ipanema, com a irreverência e o espírito democrático, únicos, que até hoje a caracterizam.
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A Banda de Ipanema não inventou a alegria carioca. Desvelou-a apenas, desvendou-a para toda a cidade. Multiplicou-se, aberta ao povo, obra do povo. Uma banda em cada bairro, pregava uma de suas faixas, YOLHESMAN CRISBELES à frente. Ainda é assim.
Por que a Banda toca o Carinhoso em todos os seus desfiles, na esquina de Joana Angélica com Visconde de Pirajá?
No meio da tarde do dia 17 de fevereiro de 1973, sábado, ao início do 1º desfile da Banda de Ipanema – 2  (duas) semanas antes do carnaval, como é de nossa tradição – com a Banda já pela metade na Rua Prudente de Morais, formávamos um pequeno grupo, ainda na Praça General Osório, quando fomos surpreendidos por um menino que chegou correndo, esbaforido da Igreja N. Sra. da Paz e nos disse, assustado, da morte de Pixinguinha, pouco antes, durante um batizado do qual era padrinho, como viemos a saber logo após.
Fomos testemunhas da cronologia dos fatos: Pixinguinha morreu antes da passagem da Banda pela Igreja N. Sra. da Paz, antes mesmo do início de nosso desfile.
Ao sabermos da sua morte nossa primeira reação foi a de questionar se deveríamos cancelar imediatamente o desfile, já iniciado, mas ainda ao largo da Praça General Osório.
Entendemos que não havia mais como fazê-lo: era muita gente, o espaço já era longo para uma explicação dramática, decidimos, surpreendidos e tristes, seguir em frente, avisar a multidão quando possível, não subtrair de ninguém o pouco que àquela altura sabíamos e que já era muito. Bastava saber que não tínhamos mais nosso grande Pixinguinha.
A notícia espalhou-se com rapidez. Em breve tempo, no próximo quarteirão, debaixo de um grande e inesquecível temporal, praticamente todos já sabiam do fato.
Foi assim, sabedora, que a Banda, retornando à Visconde de Pirajá pela Rua Maria Quitéria, como fazíamos àquela época, iniciou seu percurso ao longo da Praça N. Sra. da Paz até aproximar-se da Igreja.
Naquele momento, no entanto, é que soubemos do corpo de Pixinguinha ainda presente em seu interior. A Banda parou defronte à Igreja – alguns amigos foram ver o Pixinguinha – e, em seguida, veio a ideia coletiva de homenagem à grande figura falecida.
Foi aí, então, que, pela primeira vez, a Banda tocou e o povo cantou, emocionado, o Carinhoso, em homenagem ao seu autor, gênio da Música Popular Brasileira, corpo presente ao lado.
Daí para a frente todos sabem: a Banda para, em todos os seus desfiles, na esquina da Rua Joana Angélica com Visconde de Pirajá, em retorno ao seu ponto de partida, na Praça General Osório. Nessa parada, tocamos e cantamos, todos, o Carinhoso, em ansiado ato de reverência a Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, uma tradição da Banda de Ipanema que vai prosseguir, definitiva.
Salve Pixinguinha!
YOLHESMAN CRISBELES! "

                                                 Claudio Pinheiro
                                                 um dos fundadores da Banda de Ipanema




quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Crônicas cariocas de todos os tempos


Um curió

Sergio Bittencourt
janeiro de 1971

" Um passarinheiro me informa: numa praça da Tijuca( que eu não consegui entender direito o nome) reunen-se criadores de curió, nas manhãs de domingo. O homem me fala com a segurança de quem não vê mais nenhum encanto nisso. É um criador de pássaros em dificuldades financeiras terrívieis e, para tratar de ma doença da filha, precisa vender, urgente, um curió e um trinca-ferro.
O trinca-ferro ninguém aguenta. Tem um canto de assobio sistemático demais para se poder guardá-lo dentro do apartamento, num edifício do Leblon, onde as pessoas não se dão muito bem com passasrinhos.
O curió é de primeira. Bonito e brigão. A gente aproxima um espelho da gaiola e ele se invoca. Abre as asas, incha-se todo, arreganha-se com um ódiio terrível, como se estivesse apto a demolir o mundo. Curió de milhão, que a muito custo e argumentadndo com todo o meu desespero, chegou a 800,00.
E vai-se chamar Ziriguidum. Habitará o Leblon, para desespero do meu vizinho de baixo. Vejam vocês, como são as coisas da vida: um vizinho me odiera porque eu amo os pássaros. A medida doódio dele é a exata medida do meu amor. êle talvez não saiba toda a beleza de um curió. Assim como o meu curió não sabe toda a aridez dele.
Um dia, inclusive, um amigo passarinheiro me chamou a atenção para um possível erro na História Sagrada. O meu amigo tinha certeza, e ainda tem, que aquelas pombinhas que carregaram Jesus Cristo pelos céus do Mundo anticristão não podiam ser pombinhas. Pela coragem do vôo e do ato, só podiam ser curiós."

Sergio Bittencourt, jornalista ( 1941-1979 ), foi jurado dos programas de sucesso na TV , de Flávio Cavalcanti  - A Grande Chance e Programa Flávio Cavalcanti. Compôs belas canções como Modinha, Canção do Medo, Naquela Mesa, dentre outras.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Salve São Sebastião e o Rio de Janeiro


São Sebastião, nosso padroeiro, olhe  e proteja nossa cidade!

ENSEADA DE BOTAFOGO


"...Cidade que tantos bens 
Deste a todos, e tão pouco, 
Em gratidão e carinho, 
Agora te dão em trôco; 
Mal vestida, mal comida, 
Descalça, “dependurada”,
 E conservando no rosto, 
Como cristais de orvalhada, 
Não seu que beleza infante
 Gôsto de viver, e graça:
 Pouco importa que te levem 
O que, no fundo, é fumaça.
 Rio antigo, Rio eterno, 
Rio-oceano, Rio amigo, 
O governo vai-se? Vá-se! 
Tu ficarás e eu contigo..."

Carlos Drummond de Andrade
(grafia original)


(texto de 1965, mais de 50 anos atrás, mas atualíssimo)



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Moda carioca nos anos 60

Eu calçaria uma sapatilha dessas, agora!
LINDAS!
E esse anúncio é de janeiro de...1966

Ufa! 50 anos atrás! Atemporal e  elegante!


Clique na foto para ampliar.


CLARK Calçados... quanto bom gosto.

 No Rio, eram 4 lojas. No Centro, na Av Rio Branco, 128, Rua do Ouvidor 106, Rua Camerino 174 e em Madureira, na Ministro Edgard Romero 41.






sábado, 16 de janeiro de 2016

Show carioca de sucesso

Em  janeiro de 1965 estreava no Rio, no bairro do Leme,
 um dos melhores shows da Bossa Nova. Em janeiro de 1966, esse mesmo show continuava sua trajetória de sucesso.

JANEIROS DE BOA MÚSICA.


Em 28 janeiro de 1966 - 50 anos! -   o show carioca Gemini V fazia sua reestreia no Teatro Princesa Isabel, uma ano depois da temporada inicial na boate Porão 73, em 1965.


O show com a assinatura Mieli e Boscoli, agora prosseguia seu sucesso e voltado para outra plateia, a de teatro, em outro horário, mais cedo.

Aloísio de Oliveira, em crítica , assim descrevia sua expectativa 




Clique no texto acima para ampliar


Uma curiosidade:
 a mudança de local - do Porão 73 para o Teatro Princesa Isabel - talvez tenha origem no 
desentendimento que foi contado pelo jornalista Sergio Bittencourt, na sua coluna Rio à Noite



Barracos, à parte, vale sempre ouvir a maravilha da música daquele show de Leni, Peri, Luis Carlos, Otávio, Rony.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A febre dos Beatles, no Rio, há 50 anos

O ano era 1966 e a loucura era enfrentar filas enormes nos cinemas da cadeia Bruni pra ver...HELP.

Nessa época não tinha essa de agora de cadeira numerada, sessão escolhida.Você entrava na sessão das duas e ficava, ficava. Repetia sessão, sessão, sessão, quantas quisesse.

E era assim que os beatlemaníacos faziam. Viam HELP muitas e muitas vezes.

Eu fui ver no Bruni Flamengo e peguei uma fila na Praia do Flamengo. Cheguei duas horas antes da sessão das quatro. Um sufoco! Mas, claro, que valeu a pena.

E, óbvio,  a midia da época se rendeu ao fenômeno. 

Um anúncio de oportunidade feito pela DUCAL aproveitou bem o frisson para assistir ao filme. 
Publicado há exatos 50 anos, em 13 de janeiro de 1966.



Help! I need somebody
Help! Not just anybody
Help! You know I need someone


Help!...

domingo, 10 de janeiro de 2016

Clovis Bornay...100 anos


Sinônimo dos desfiles de fantasias no carnaval carioca, Clóvis Bornay nasceu no dia 10 de janeiro de 1916 em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro. 


Já aos 12 anos, venceu um concurso de fantasias no Fluminense Futebol Clube, cujos bailes carnavalescos frequentava com assiduidade, vestido de cossaco.

Já em 1937, ajudou a organizar o primeiro baile à fantasia do Theatro Municipal. O concurso, inspirado nos bailes de máscaras de Veneza, foi vencido por ele, que vestiu uma criação própria inspirada nos trajes dos príncipes hindus.

Entre as décadas de 50 e 70, os bailes e concursos de fantasias eram a grande atração do calendário carnavalesco. Em 11 de fevereiro de 1959, O GLOBO publicou a reportagem “Vibrante animação no baile do Copa”, que trazia uma foto de Bornay vestido com a criação “Demônio dos Olhos Verdes”, não classificada no concurso do Copacabana Palace, mas que obtivera o segundo lugar no baile do Municipal. 


Foi Bornay quem institui o concurso no Clube Monte Líbano e o Baile da Vitória no Sírio e Libanês. Ganhou tantos títulos que passou a desfilar hors-concours a partir da década de 70. Seu grande rival nas passarelas era o costureiro baiano Evandro de Castro Lima.

Museólogo de profissão, trabalhou durante 42 anos no Museu Histórico Nacional, onde chegou a chefe da Divisão Artística e Literária. A partir dos anos de 60, começou também a apresentar suas fantasias nos desfiles das escolas de samba. 

Também foi carnavalesco do Salgueiro (1966), Unidos de Lucas (1967, 1968, 1969), Mocidade Independente (1972 e 1973), Unidos da Tijuca (1973) e da Portela (1969 e 1970), tendo trabalhado em alguns anos para mais de uma escola. E foi com o enredo “Lendas e mistérios da Amazônia” que a Portela sagrou-se campeã em 1970.


Com Elisete Cardosos em desfile memorável na Unidos de Lucas

O abre-alas de “Lendas e mistérios da Amazônia”

Clóvis Bornay foi ainda jurado dos programas de Chacrinha e Silvio Santos, e também chegou a atuar como ator nos filmes ‘Terra em transe” (1967), de Glauber Rocha, e ‘Independência ou morte’ (1972), de Carlos Coimbra. Em 1996, recebeu da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a Medalha Tiradentes por sua contribuição cultural ao estado. Suas criações foram expostas em várias partes do mundo. Aos 72 anos, foi homenageado com uma exposição na Estação Carioca do metrô, que reunia fantasias, fotos e documentos de toda a sua carreira de folião.

Em 9 de outubro de 2005, o carnavalesco deu entrada no Hospital Souza Aguiar desidratado e com forte infecção intestinal. Logo depois, deve uma parada cardiorrespiratória. Seu cortejo fúnebre foi ao som da marcha “Ó abre-alas”, de Chiquinha Gonzaga, entoada pela Confraria do Garoto. 

Manchete no dia 11 de outubro: 

“Carnaval diz adeus a Clóvis Bornay
com lantejoulas, confete e purpurina.
Velha Guarda da Portela canta no enterro
o samba-enredo de 1970”.

No desfile das escolas de samba de 2015, o carnavalesco foi homenageado pela Unidos da Tijuca com o enredo “Um conto marcado no tempo – o olhar suíço de Clóvis Bornay”

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Rio abaixo de 0° C

Mesmo com 40° à sombra,
Rio oferece programas para você fugir do calor


RIO ICE BAR -  Avenida das Américas 13.850. Barra da Tijuca. A partir de terça-feira (12). Seg a dom, das 14h às 22h, e feriados, das 14h às 20h. 

A exemplo dos ice bars existentes no exterior, absolutamente tudo será feito de gelo: paredes, balcão, garrafas, sofás, mesa, geladeira, estátua interativa e até os copos. A temperatura poderá chegar a -10ºC.
Para entrar, será preciso vestir um casaco térmico e luvas, disponibilizados no local. Depois disso, os visitantes seguirão para a antecâmara, onde a temperatura média será de 17ºC. É importante acontecer esta ambientação de 3 a 5 minutos para estabilizar a temperatura corporal antes da entrada no bar de gelo. A permanência máxima no espaço, com capacidade para 20 pessoas, será de 20 minutos.
O bar é no estilo pop-up (temporário) e será mantido só até 13 de março.



ESTAÇÃO ON ICE (www.estacaoonice.com.br) está presente em shoppings cariocas como o NorteShopping (Avenida Dom Hélder Camara 5.332/Subsolo, Estacionamento Pedras Altas, Cachambi) e Barra Garden (Avenida das Américas 3.255, Barra da Tijuca). NorteShopping: de seg a qui, das 15h às 21h; sex, das 14h às 22h; sáb, das 13h às 22h; dom e feriados, das 13h às 21h. R$ 40 (uma hora de patinação). Barra Garden: de seg a sáb, das 14h às 22h. Dom e feriados, das 14h às 22h. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Leite Fresco logo ali da Lagoa...quem vai?

Anúncio


Cartão-postal da cidade e que, nos Jogos de 2016, será um palco iluminado para as provas de remo e canoagem, a Lagoa Rodrigo de Freitas começou a ser ocupada pelo homem europeu somente dez anos depois da chegada de Estácio de Sá (1520-1567), ou seja, em 1575, com a fundação de um engenho de açúcar, propriedade do Rei de Portugal.  

É o marco do desbravamento das terras da Zona Sul da cidade do Rio.

Como dava prejuízo aos cofres da Coroa, o engenho foi vendido para uma família e assim ficou até 1808, quando tudo foi desapropriado por D. João, que fundou uma fábrica de pólvora e, próximo a ela, o Jardim Botânico. Isso acabou incentivando a expansão de pequenos aglomerados urbanos no entorno da Lagoa, além do bairro de Botafogo, que já existia — e foram surgindo, aos poucos, os bairros Jardim Botânico, Horto, Gávea e, mais para o fim do século XIX, Ipanema e Leblon.
Essa pequena explosão demográfica e o progresso da região, sobretudo no fim do século XIX e princípio do XX, foram ocupando as bordas da Lagoa. E, aos poucos, ela foi sofrendo sucessivos aterramentos.
  • Três curiosidades sobre a Lagoa:

A origem do nome
Em 1598, a Coroa vendeu o engenho para Diogo de Amorim Soares, que o chamou de Engenho do Amorim. Em 1609, virou Engenho do Fagundes, seu genro. Rodrigo de Freitas, um oficial de cavalaria, casou-se com a bisneta de Fagundes (ela com 35 anos, ele com 18) e, em 1712, o engenho passou a levar o nome dele.
Perdeu água
Devido aos aterramentos, a Lagoa perdeu quase a metade da sua área. Em 1809, seu espelho-d’água tinha 4,48 milhões de m². No século XX, com a construção do Jockey Club e o avanço da cidade para as bandas da Zona Sul, caiu para 2,3 milhões de m².
Chácara da Bica
Havia muitas chácaras, mas só uma ficava do lado esquerdo da Rua Jardim Botânico, e as terras dela avançavam sobre a Lagoa. Veja na foto acima. Lá, como se vê no anúncio, produzia-se o leite que abastecia as demais chácaras e, sobretudo, a população do bairro vizinho, Botafogo.


domingo, 3 de janeiro de 2016

Histórias Cariocas


"Deixem-me cuidar do meu flamboyant"


Com este título uma nota de primeira página de jornal, em janeiro de 1956, chamou atenção.
Há 60 anos!





sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O Carioca vai aos Barbadinhos nesse 1° de Janeiro



É velha e boa tradição carioca, a romaria na primeira sexta-feira do ano, a ida à Igreja de São Sebastião , na Rua Haddock Lobo, Tijuca, para receber bênção e perdão dos frades Capuchinhos.


 A igreja é aberta pela manhã bem cedo, com missas sendo celebradas de hora em hora, seguindo uma extensa  programação.
De acordo com a história, tudo teve início em 1886. Naquela época, Frei Fidélis de Ávola, um fervoroso devoto de Nossa Senhora de Lourdes, de cuja água foi curado de uma grave enfermidade, mandou construir uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, ao lado da Igreja de São Sebastião, localizada no Morro do Castelo, no centro do Rio. Naquela época, a bênção era concedida todas as sextas.
A partir de então tornou-se uma tradição na nossa paróquia dar a bênção especial na primeira sexta-feira do ano. Com o passar dos anos, o número de fiéis foi crescendo juntamente com o misticismo de se começar bem um novo ano abençoado por Deus.

Ainda segundo a história, a partir da transferência da Igreja do Morro do Castelo para a Rua Haddock Lobo, na Tijuca , em 1931, a bênção passou a ser dada lá, na paróquia nova.

Antiga igreja, demolida, no Morro do Castelo
Igreja, da Rua Haddock Lobo,
ainda em obras, antes da inauguração, em 1931.