quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

12 anos!

Num dia de fevereiro veio a idéia e... voilá... o blog está aí até hoje, percorrendo assuntos, curiosidades desse Rio de Janeiro, ao longo dos tempos.

Parece que foi ontem!

Obrigada a todos que me seguem ao longo desse tempo ou parte dele. Comemoro com vocês, seguindo adiante a garimpar as saborosas histórias da gente carioca.







quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Quarta-feira de cinzas, há 95 anos... vale o bis

ACABOU-SE...



Quarta-feira de cinzas e o anúncio intitulado “Acabou-se!”, da Bayer,
publicado no final do carnaval de 1925.


 

O pierrô se rendeu ao cansaço.


Com a grafia original, o texto nos diz


"Passou o Carnaval! Já não resta mais em nosso espírito senão a doce lembrança da alegria passada. Assim é a Ventura! Passa depressa e custa caro...


E o pior é que nos sentimos cançados, tristes com o corpo mole e a cabeça a doer...



Mas fossem assim todos os males do mundo. Essa ao menos tem remedio prompto e imediato..."



sábado, 22 de fevereiro de 2020

O destaque do carnaval há 25 anos...



Em 1995, no ano do seu centenário, o Clube de Regatas do Flamengo foi enredo da Escola de Samba Estácio de Sá.

Aguardada com ansiedade pelo enredo popular sobre o Flamengo, a Estácio de Sá passou bem pela Sapucaí.

A comissão de frente formada por jogadores de futebol uniformizados agradou bastante e carregava uma grande bandeira rubro-negra, numa coreografia com ótimo efeito. O abre-alas, em dourado, vermelho e preto, estava bem resolvido, assim como o segundo carro, que contava a origem do clube de regatas, em 1895.

No carro do Japão, que simbolizava o título mundial de 1981 vieram Zico e Júnior.

Zico e Junior no desfile do Estácio de 1995


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   Assista o desfile completo





A torcida também cantou o samba nas arquibancadas...





Melhor jogador do mundo na época e recém-contratado pelo Rubro-Negro, Romário foi convidado para desfilar no último carro, o do bolo de aniversário do centenário, mas preferiu ficar nos camarotes. 

A Estácio encerrou o desfile sob aplausos e, de fato, foi uma apresentação vibrante e simpática.






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

O carnaval de 1970... há 50 anos



Em 1970, 
Janis Joplin brincou Carnaval 
no Rio de Janeiro.


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O Carnaval carioca de 1970 teve uma participação histórica: a lendária Janis Joplin. A cantora, ícone do rock e da contracultura, veio ao Brasil com a intenção de se reabilitar da dependência da heroína.

No entanto, o cenário carnavalesco do Rio de Janeiro não ajudou Janis a se manter distante da boemia. Ela assistiu a desfiles de escolas de samba, fez topless na Praia da Macumba, foi expulsa do Copacabana Palace por nadar nua na piscina, visitou boates, e marcou o Carnaval daquele ano.

Lembrou o fotógrafo Ricky Ferreira, que hospedou a estrela no quarto e sala onde morava, no Leblon
"Janis chegou numa sexta-feira pré-folia, na companhia de Linda Gravenites, que assinava os exuberantes figurinos usados pela cantora nos palcos. No curto período em que passou na cidade, ela assistiu aos desfiles das escolas de samba na Candelária, fez topless na Praia da Macumba, foi barrada num camarote do Theatro Municipal e deu canja em inferninhos da Zona Sul, além de beber vodca, Fogo Paulista e licor de ovo como se não houvesse amanhã."

Ricky, que era fotógrafo da versão brasileira da revista “Rolling Stone”, encontrou Janis com a amiga perambulando sem rumo pelas areias da Praia de Copacabana. A musa do movimento hippie apareceu no Copacabana Palace sem marcar reserva e, segundo ele, foi expulsa do hotel depois de ter nadado nua na piscina.

Janis também soltou a voz na boate Porão 73, que ficava no Leme, a convite de Serguei. O roqueiro sempre contava que esbarrou de madrugada com a estrela no calçadão de Copacabana, agarrada ao americano David Niehaus, que ela conheceu no Brasil. Os três chegaram à porta da casa de shows às três da madrugada. Vestida com uma blusa, uma saia estampada no estilo cigana e uma faixa amarrada na cabeça, Janis por pouco não foi barrada pelo gerente da casa noturna — um português que, de acordo com Serguei, confundiu-a com uma mendiga. Lá dentro, ela levou a plateia ao delírio quando cantou um dos seus maiores clássicos, “Ball and chain”, com um copo de vodca na mão.

A boate inteira se levantou e a aplaudiu de pé.

No Copa, Janis e Ricky Ferreira foram convidados para o baile de carnaval do Theatro Municipal, pelo empresário Eronildes Alves de Oliveira — dono da rede de lojas Erontex. O estilo hippie e descolado da cantora causou alvoroço entre os foliões na Cinelândia.
 O pessoal olhava e pensava que ela era um travesti, por causa do chumaço debaixo do braço. 

Janis ficou fascinada com as fantasias de gala e os brilhos dos figurinos. No fim das contas, foram  barrados no camarote, e ela ficou uma fera. Nem quis dar entrevista para o Jerry Adriani, que estava na porta do teatro conversando com os convidados. 

No dia 8 de fevereiro, Janis pulou carnaval no Centro com o DJ e radialista Big Boy.

Do palanque — versão antiga e mais tosca dos atuais camarotes — da revista “Manchete”, ela assistiu aos desfiles das escolas de samba, que eram realizados na altura da Candelária. Janis chegou ao puxadinho sem entourage ou qualquer intenção de causar alarde. Rapidamente, instalou-se no canto esquerdo da estrutura para conferir atentamente o desfile do Salgueiro, que em 1970 defendeu o enredo “Praça Onze, carioca da gema”. Fã de Bessie Smith e fortemente influenciada pela música negra americana, Janis Joplin demonstrou ter aprovado a ginga do samba carioca.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Di Cavalcanti e o carnaval


O carioca DI CAVALCANTI, disse

"No carnaval eu sempre senti em mim a presença de um demônio incubo que se desvendava como um monstro, feliz por suas travessuras inenarráveis. É uma das formas de meu carioquismo irremediável e eu me sinto demasiadamente povo nesses dias de desafogo dos sentimentos mais terrivelmente terrenos de meu ser..."

  
Sua pintura CARNAVAL, de 1965, expõe suas emoções sobre a folia


sábado, 15 de fevereiro de 2020

O que foi o Carnaval de 1920...


... há 100 anos


terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

O Futebol de areia




O futebol de areia nasceu no Rio de Janeiro, 
cresceu, se profissionalizou 
e acabou exportando uma espécie 
de "jeito carioca de viver".




A trajetória deste esporte que se confunde com a própria história do Rio. O casamento começou no início do século 20, quando Copacabana ainda era um imenso e pouco habitado areal, e o banho de mar, um método terapêutico. A popularização do esporte coincidiu com a descoberta, pelos cariocas, da praia como espaço de lazer.

Grupos de amigos começaram a se organizar em times, dividindo-se de acordo com a geografia do bairro. Equipes como o Lá Vai Bola, Juventus, Radar, Copaleme e Ouro Preto foram algumas das primeiras a ganhar fama e títulos. A elas foram se somando outras, como Colorado, Areia e Copacabana. As partidas eram realizadas sempre aos sábados, sem direito a exceções, nem mesmo para casamentos. Os times exibiam seus craques que contavam com muita disposição e também com alguns truques. Os jogadores do Dínamo (incluindo o humorista Tião Macalé), por exemplo, tinham como regra, reza a lenda,  nunca lavarem seus uniformes. Assim, sob o efeito do odor acumulado por inúmeras partidas, os adversários não conseguiam jogar direito.

A época de ouro, que durou até o final dos anos 60, com, inclusive,  a TV RIO que transmitia, ao vivo, aos sábados, com o Luiz Mendes irradiando. A direção do futebol de praia era do Major Torres Homem.

O futebol de praia gerou muitos craques para o futebol profissional. O lateral Júnior, por exemplo, que jogava no Juventus.

Houve o Torneio Interpraias no final dos anos 50. Patrocinado pelo Jornal dos Sports e pela Coca-Cola foi um grande sucesso. Na primeira edição, o Lagoa foi campeão, seguido do Cobras, Grêmio, Radar e Ouro Preto. No II Torneio Interpraias, o campeão foi o Pracinha. No III Interpraias ,o campeão foi o Radar ( O Esporte Clube Radar foi criado nas areias de Copacabana em 1932).

O “clássico” Pracinha x Radar era um acontecimento nos anos 60.

E ser juiz desses jogos na praia? Muitas vezes os árbitros saíam correndo e até fugiam a nado, dizem, para evitar apanhar. Desse tempo , Jorge José Emiliano dos Santos, o famoso Margarida, o carioca que ganhou tal apelido pelo comportamento irreverente ao apitar as partidas – tanto ao marcar faltas e distribuir cartões, geralmente com gestos exagerados, quanto por um andar espalhafatoso pelo campo.

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Nos anos 70, no entanto, o futebol de areia caiu em declínio. Muitos times desapareceram, junto com suas torcidas e os campeonatos. 

Além disso, gerou filhotes como o "beach soccer" que reduziu o número de jogadores em campo, ganhou novas regras e foi abraçado pela Fifa, que já organizou Copas do Mundo.

Mas o velho futebol de areia, onze contra onze? Ainda permanece vivo nas praias de Copacabana.




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