sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Belas casas do Rio em 1916...

... Somente uma delas sobreviveu até os dias atuais.


Matéria da Revista da Semana -  número 2, em fevereiro de 1916 - com duas páginas, onde são mostradas fotos das mais belas casas do Rio de Janeiro no início do século XX. 

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Primeira página: a residência do Coronel Alberto Rodrigues na rua Senador Vergueiro, no Flamengo. Essa casa era denominada Villa Marinna, projetada pelo arquiteto italiano Antônio Virzi, que projetou várias casas na cidade. Foi construída em 1912 e demolida em 1960. Nessa página dentro dos círculos, temos dois exemplares de casas da Avenida Atlântica, em Copacabana. Na parte inferior, as residências do Sr. Gomes da Cruz e do Dr. Bueno do Prado na Praia do Flamengo.

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Segunda página:  a residência do Sr. J. Ferrer, e abaixo palacetes na entrada da rua Paissandu, na Praia do Flamengo. No destaque oval, a residência do Sr. Eduardo Otto Theiler, conhecida como “castelinho francês”, na então Avenida de Ligação (atual Av. Oswaldo Cruz) número 4, esquina com a Praia do Flamengo. Esta é a única a única existente das casas mostradas pela reportagem, 102 anos depois.
Embora esteja tombada pelo patrimônio Municipal desde 1985, encontra-se em mal estado de conservação, deteriorada pela passagem do tempo e pela ausência de manutenção, além da fachada estar pichada.  
Originalmente, a casa era uma residência única, mas atualmente encontra-se subdivida em quatro pequenos apartamentos! 

O castelinho francês foi projetado pelo notável Heitor de Mello em 1912 e construído entre 1912-13 para ser a residência da família do advogado Eduardo Otto Theiler, falecido em 1967. A casa ganhou esse nome de castelinho francês por apresentar um estilo Renascentista francês, uma das vertentes do Ecletismo, que trabalha com linguagens estilísticas de diferentes origens. O projeto aplicou uma decoração neogótica em uma fachada neo renascentista. A fachada do castelinho foi toda ornada com criaturas que nos remetem diretamente aos castelos medievais góticos - gárgulas, dragões e homens-morcego - esculturas que foram criadas por Woldemar Bogdanoff. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Copacabana no início do século XX






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sábado, 24 de novembro de 2018

Tragédia carioca exposta em jornais



Tragédia que marcou a família de Nelson Rodrigues:

Exposta à vergonha pública pelo jornal “Crítica”, do pai do dramaturgo Nelson Rodrigues, a escritora Sylvia Serafim Thibau foi pessoalmente à redação e deu cabo do ilustrador Roberto Rodrigues – irmão de Nelson. O dono do jornal morreu meses depois, de desgosto, mas a desgraça não acabou por aí…

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A ira de Sylvia foi incitada por uma matéria que o “Crítica” publicou naquele dia, expondo o caso extraconjugal que a escritora mantinha com o médico Manuel Dias de Abreu – tornado famoso não só pela repercussão do crime, mas também por ter descoberto um tipo de radiografia que possibilitou o diagnóstico da tuberculose, a abreugrafia, batizada assim em sua homenagem. Sylvia era casada com outro médico, João Thibau Jr., tinha dois filhos e frequentava o “ambiente literário”.

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Na época, Manuel Abreu achou que poderia usar os raios X para dar um jeito nos pelos das pernas da amante, e acabou causando queimaduras que a deixaram furiosa. Ela quis processá-lo, exigindo uma indenização de 30 mil réis, mas o marido pediu que não o fizesse, para evitar falatório. A essa altura, a pulga atrás da orelha de João Thibau Jr. já havia dado sinais suficientes de que a mulher o estava traindo.

Os dois chegaram à conclusão de que deveriam se desquitar, e tudo se deu amigavelmente. Como ambos frequentavam a sociedade carioca, chamaram Sylvia na redação do “Crítica” para dar uma entrevista sobre os detalhes da separação. Ela, porém, pediu ao repórter para não publicar nada. Ele concordou – mas já havia deixado o jornal quando, por um ruído na comunicação, e contra a vontade do próprio Mário Rodrigues, que estava em casa, mandaram para as rotativas um texto com as “causas ocultas” do rompimento. A matéria teve o efeito de uma bomba na cidade. Desatinada, Sylvia tentou se matar, mas seus pais a impediram a tempo, e então ela saiu de casa dizendo que ia espairecer. Em vez disso, entrou na loja Espingarda Mineira, comprou a arma e rumou para o jornal.

Presa em flagrante depois de atirar em Roberto, Sylvia sofreu um ataque ainda mais devastador do “Crítica”, que se referia a ela como “literata do mangue” e “cadela das pernas felpudas”. Aguardado com ansiedade pela opinião pública, seu julgamento, em 22 de agosto de 1930, levou dois dias e foi o primeiro no Brasil a ser transmitido pelo rádio.

O advogado de defesa, Clóvis Dunshee de Abranches, alegou que Sylvia havia se descontrolado por causa da publicação de um texto difamatório a respeito de um assunto de foro íntimo. Abranches levou mais de uma hora em sua argumentação, mas o promotor Alex Gomes de Paiva não deu a tréplica. Reunido por mais de uma hora na madrugada de sexta-feira para sábado, o júri decidiu absolver Sylvia por 5 votos a 2. Gomes de Paiva não apelou da sentença.

Depois da morte de Mário e Roberto, os sobreviventes da família Rodrigues ainda conseguiram levar o “Crítica” por quase um ano, mas então veio a Revolução de 30. Detrator implacável de Getúlio Vargas, que ascendia ao poder, o jornal acabou sendo invadido, empastelado e destruído por simpatizantes do regime. Começava aí a derrocada financeira da família.


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O resto da vida de Sylvia não foi muito melhor. Ao longo do tempo, ela deu fartas demonstrações de que gostava de viver perigosamente. Passado o evento policialesco, ela se envolveu com um tenente-coronel da Aeronáutica chamado Armando Menezes, de quem engravidou e teve um filho batizado Ronald (Rohny). Sentindo-se “sufocado” por ela, Armando logo arranjou uma transferência para Curitiba e abandonou a mãe de Rohny. Na sequência, Sylvia teve prisão decretada pela segunda vez, quando a flagraram usando documentos falsificados para se matricular em uma faculdade de Direito. Receando um novo escândalo, a estelionatária fugiu para Curitiba.

Instalada em um hotel localizado no centro da cidade, ela procurou o pai de seu filho para retomar o relacionamento – mas ele a rechaçou. Transtornada, tentou pela segunda vez o suicídio, cortando os pulsos. Fracassou. De volta ao Rio, e graças aos antecedentes criminais, ela foi presa preventivamente na enfermaria da casa de detenção de Niterói, no litoral fluminense. Ali, aos 33 anos, ela finalmente conseguiu pôr fim à própria vida, esvaziando um vidro do barbitúrico Veronal.

Quem a encontrou já sem vida foi Rohny, que tentou desesperadamente “acordá-la”. O garoto foi entregue ao diretor da casa de detenção, Alvaro Martins, até que o encaminharam aos cuidados do pai. A tragédia de 1929 influenciou dramaticamente a temática dos textos Nelson Rodrigues. O tom funesto, a perversidade e a sordidez são características marcantes em sua obra. Na premiadíssima “Vestido de Noiva”, por exemplo, Nelson recria a cena do velório do irmão. Se não dá para louvar a atitude de Sylvia, e já que a atrocidade foi consumada, há de se reconhecer que forneceu material para o gênio em formação:

“Meu teatro não seria como é, e eu não seria como sou, se não tivesse sofrido na carne e na alma, se não tivesse chorado até a última lágrima de paixão a morte de Roberto”, disse o dramaturgo.

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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Vale o repeteco... CONSCIÊNCIA É MEMÓRIA!




O Rio de Janeiro, pioneiramente, foi a primeira cidade a ter o 
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA entre seus feriados. 

Dia pra realmente se respeitar, comemorar e exercitar a memória. Lembrar de tantos que tanto fizeram por essa cidade e igualmente pelo Brasil.

O RIO QUE MORA NO MAR aqui se curva com muito orgulho
e reverencia esses grandes cariocas negros, citando apenas alguns.

Muitos que a falsa história e o tempo tentam embranquecer e outros, infelizmente, pouco falados, esquecidos e até desconhecidos.


Nós os lembramos e os homenageamos!
João Candido Felisberto, o Almirante Negro; Afonso Henrique de Lima Barreto, uma das maiores expressões da literatura brasileira; organista da Capela Imperial, padre José Maurício Nunes Garcia, notável músico e compositor; Mestre Valentim(Valentim da Fonseca e Silva), escultor, entalhador, ourives e arquiteto; artista plástico Arthur Bispo do Rosário;compositor e maestro Antônio Francisco BragaJosé Vieira Fazenda, historiador e pesquisador de lendas e histórias populares; o médico psiquiatra Juliano Moreira; João Machado Guedes, João da Baiana, compositor; jurista, parlamentar e político brasileiro, Antônio Pereira Rebouças; compositor, músico, organizador e regente de várias bandas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Anacleto Augusto de Medeiros; cantora Araci Teles de Almeida, Araci de Almeida; jogador de futebol Leônidas da Silva, o inventor do gol de bicicleta ; compositor, ritmista e pintor Heitor dos Prazeres, autor de sucessos como "Gosto que me enrosco"; cantora Vicentina de Paula Oliveira , Dalva de Oliveira; cantor e compositor Monsueto Campos Menezes; cantor Jorge de Oliveira Veiga, Jorge Veiga; o jogador de futebol Thomas Soares da Silva, o Zizinho; maestrina e compositora Chiquinha Gonzaga.


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Remexendo no baú... Salve símbolo augusto da paz!


Hoje é DIA DA BANDEIRA!


Resultado de imagem para bandeira do brasil


Recordemos a origem carioca do Hino à Bandeira !

Clique AQUI!

sábado, 17 de novembro de 2018

Remexendo no baú... Carnigie Hall e a bossa-nova




Numa quarta-feira,
a Bossa Nova era apresentada ao mundo. 




Clique AQUI e (re)leia!



domingo, 11 de novembro de 2018

Remexendo no baú... coisas que não ensinam na escola!



As escolas estão tão ruins, que o conteúdo do que se ensina, apenas transmite assuntos convenientes a ideologias, sem se prestar atenção aos fatos históricos.

Daí ser importante destacar e resgatar as verdadeiras histórias!

Clique AQUI...e (re)leia algumas delas.

Saiba mais, de um carioca muito especial, 
que foi D. Pedro II 
e que não se ensina na escola. 


Vale a pena!


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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Remexendo no baú... o maestro da black music


Com um estilo de orquestração 
bem parecido com o de Quincy Jones, 
esse paulista com jeito carioca 
marcou a música brasileira.

Clique AQUI e reveja a trajetória do grande maestro ERLON CHAVES