domingo, 30 de setembro de 2012

Reservatórios de água tombados no Rio de Janeiro


Por toda a cidade do Rio de Janeiro, existem reservatórios de água construídos alguns no século XIX, outros no século XX e o mais antigo,em Santa Tereza, no século XVIII. Atualmente, a maioria é caixa de passagem e muitos são tombados pelo Patrimônio.

A  Caixa da Mãe D´Água, de 1774 é o mais antigo reservatório da cidade e fica à Rua Almirante Alexandrino, 5.440.  Abastecia os primeiros chafarizes da cidade com águas do Rio Carioca .






A Caixa da Mãe D’água foi construída no século XVIII e abastecia os primeiros chafarizes da cidade com águas do Rio Carioca
Foto: Ana Branco / O Globo
foto: Ana Branco / O Globo


Reservatório do Carioca veio depois, em 1865; lugar exibe marcas do abandono, mas deve ser restaurado em breve
Foto: Ana Branco / O Globo
foto: Ana Branco / O Globo


Abaixo fotos do acervo do Inepac










Fonte: INEPAC

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cosme e Damião e o Andaraí

  DIA DE 
SÃO COSME E SÃO DAMIÃO!

A festa que o cunho popular transformou no dia da distribuição de doces às crianças, que correm pelas ruas em busca dos saquinhos de delícias .Hoje muito menos que em tempos passados.

Os santos têm sua paróquia na cidade, no bairro do Andaraí , à Rua Leopoldo 434 , onde está uma  relíquia, um pedacinho dos ossos de São Cosme e São Damião.


fachada da paróquia




A Rua Leopoldo, onde está localizada a paróquia a São Cosme e São Damião,  é homenagem a Leopoldo de Azeredo Coutinho, que comprou vários lotes, de uma das fazendas do Andaraí, que loteou suas terras  por volta da metade do 1800.
Leopoldo ficou homenageado na rua em que morava e que teve a mais rápida evolução naquela época. Para se ter uma ideia, quando Vila Isabel começou a surgir na Fazenda do Macaco, a Rua Leopoldo já possuía cerca de 100 prédios de valor, casa de comércio, destacamento de força pública e até plano de arborização.


O bairro do Andaraí, aliás, vem sendo apagado da memória da cidade, onde até as placas indicativas 
do nome ANDARAÍ foram eliminadas.


Andaraí,  do bonde 70-Andaraí-Leopoldo,  que passava pela porta de uma loja de artigos religiosos e utilidades domésticas chamada “Dragão do Andarahy”.

Andaraí,  bairro cheio de interessantes detalhes e curiosidades, um dos bairros mais antigos do Rio de Janeiro cujo nome provém da expressão indígena "Andirá-y", que significa "Rio dos Morcegos", na linguagem dos índios tamoios que habitavam a região. O "Rio dos Morcegos" hoje é denominado Rio Joana, que atravessa o bairro, dividindo as duas pistas da Rua Maxwell.

Andaraí da farmácia na esquina da Rua de São Justino (atual Ernesto de Souza) com Barão de
Mesquita, o professor, músico e escritor Ernesto de Souza criou e fabricava o RHUM CREOSOTADO , anunciando-o nos bondes com os famosos versos de sua autoria:



“Veja ilustre passageiro
O belo tipo faceiro
que o senhor tem ao seu lado
No entanto, acredite,
Quase morreu de bronquite 
Salvou-o o RHUM CREOSOTADO.”



Andaraí da FÁBRICA CONFIANÇA (em parte conservada até hoje por supermercados, passando pelos Grupos Disco, Paes Mendonça e atualmente pelo Pão de Açúcar) foi importante pólo industrial carioca e cantada por Noel Rosa em Três Apitos.




Quando o apito
Da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você...







A fábrica de fiação e tecidos Confiança foi fundada em abril de 1885 representando o inicio da industrialização no Rio de Janeiro. Localizada na Rua Maxwell, a fábrica tinha ao seu redor vilas operárias e alguns casarões de maior porte. Ao longo do tempo, houve vasto crescimento em sua produção e, após a quebra da Bolsa de Nova York, teve como resultado a queda da produção e a demissão de alguns operários. Após isso,seu grande levante ocorreu em 1942 logo após a segunda Guerra Mundial, já que foi a única indústria atuante na produção dos uniformes para o exército brasileiro.Foi desativada após 85 anos de atuação, e sua chaminé construída em 1894, ainda se mantém como marco.

O Andaraí, citado em Helena, de Machado de Assis.

A tradição do Andaraí é que era um bairro-operário. Lá se instalaram várias fábricas - e vilas operárias - como a Atkinsons, a Companhia Hanseática, depois Cervejaria Brahma, América Fabril, inclusive a primeira fábrica de tecidos do Rio de Janeiro, a Fábrica São Pedro de Alcântara de Tecidos de Algodão. Ao lado dessa fábrica, foi fundado o Hospital Militar do Andarahy Grande, onde atualmente é o Batalhão Zenóbio da Costa (1º Batalhão da Polícia do Exército), localizado entre a Rua Barão de Mesquita e a Avenida Maracanã.


Companhia Hanseática
***


América Fabril 
***


VIVA O ANDARAÍ!

QUE COSME E DAMIÃO
O ABENÇOE E A TODOS NÓS!

AMÉM.




EM TEMPO:
A comemoração popular de São Cosme e São Damião continua dia 27 de setembro, apesar da alteração de data pela Igreja, que comemora dia 26.

No calendário da igreja católica no dia 27 é comemorado São Vicente de Paulo.




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Museus Cariocas que poucos conhecem


Muita gente não sabe, mas o Rio tem um Museu da Cadeira. 


Ele fica em Botafogo.

 Trata-se de um salão apenas, no segundo andar do casarão ocupado pelo Espaço Cultural Maurice Valansi, que leva o nome do empresário francês responsável pela construção de salas de cinema cariocas como o Cine Paissandu. Richard Valansi, filho de Maurice, arquiteto e colecionador de cadeiras, depositou naquele pequeno espaço sua paixão por elas: são inúmeras peças com design assinado por nomes que vão de Sérgio Rodrigues a Le Corbusier.
Cadeiras de todos os tipos e desenhos espalham-se pelo chão, por prateleiras e até pelo teto, produzindo um belo efeito, numa espécie de emaranhado indecifrável, de onde vão se revelando, aos poucos, silhuetas que habitam o imaginário de qualquer um que se interesse minimamente por arquitetura e design.
Iniciativas como essa estão aí pra provar que nem só de grandes museus, centros ou institutos vive a cena cultural de uma cidade.  Parece-me muito interessante a idéia de ter espaços culturais diminutos, muitas vezes monotemáticos, pipocando aqui e ali.
Num dia em que você for a um dos cinemas de Botafogo, ou mesmo antes de um jantar num restaurante do bairro, ou ainda que esteja apenas andando a esmo por ali, encaixe no seu roteiro uma passadinha no Museu da Cadeira. Com perdão pelo uso do jargão mais gasto do universo jornalístico, eu diria que vale a visita.
Espaço Cultural Maurice Valansi – Rua Martins Ferreira 48 – Botafogo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Chegando a primavera...

...uma bela imagem da natureza que já revela a estação que se aproxima.



domingo, 16 de setembro de 2012



Um agitado domingo em Copacabana, em 1952...

Um congestionamento de Chevrolets, Buicks, Dodges,... e mais mão dupla e estacionamento.

 Há 60 anos!






sábado, 15 de setembro de 2012

Copacabana ontem como hoje

Essa é a postagem número 700, aqui do blog. E como sempre mostrando o Rio, que mora no mar, ontem como hoje.



Um cartão postal que destaca um passeio à beira-mar, que me lembra, e bem representa
 as frases de Ibrahim Sued:

SÁBADO DIA DE SAIAS CURTAS
DOMINGO DIA DE PERNAS DE FORA


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A cinco quilômetros da Praia de Ipanema...


... é onde está acontecendo uma caça ao tesouro, por expedições de um grupo de pesquisadores atrás da inestimável biodiversidade até então pouco conhecida das Ilhas Cagarras, que vem sendo decifrada e mapeada por eles há quase um ano e meio.

 Entre as descobertas do estudo, que faz parte do projeto Ilhas do Rio, está uma planta considerada extinta na cidade do Rio e duas novas espécies da fauna: uma perereca e uma barata-do-mato.

As descobertas foram tema de debate na segunda e na terça-feira no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, onde pesquisadores discutiram as características dos ecossistemas das ilhas e que medidas podem ajudar no combate a ações de degradação, como a poluição e a pesca predatória.

O biólogo e coordenador do projeto Ilhas do Rio, Carlos Rangel, conta que o estudo, realizado pela ONG Instituto Mar Adentro, ainda está em andamento, mas já traz importantes contribuições para a comunidade científica e também para a sociedade:

. foram identificadas cerca de 150 espécies de peixes e 162 de plantas
. na parte terrestre, registradas mais de cinco mil indivíduos de fragatas, a segunda maior população de fragatas da costa brasileira
.  nas Ilha Redonda, a mais alta de todas as que compõem o arquipélago, foi identificada uma nova espécie de barata-do-mato
. identificadas algumas novas espécies de esponja marinha
. na Ilha Comprida,  a descoberta mais relevante: uma espécie nova de perereca, que vive dentro das bromélias.
. a Gymnanthes nervosa, não coletada desde 1940, foi encontrada no cume da Ilha Redonda, a 240 metros de atitude.
.  a Rudgea minor, também foi encontrada. Ela está na categoria “vulnerável”, o que significa que, num curto prazo, até dez anos, se continuarem as ameaças, vai correr o risco de desaparecer.


A planta “Gymnanthes nervosa”, considerada extinta na cidade do Rio
Foto: Fernando Moraes / Projeto Ilhas do Rio
Gymnanthes nervosa
Fernando Moraes / Projeto Ilhas do Rio



Poluição é grande ameaça
No entanto, a poluição é a grande ameaça ao Monumento Natural das Ilhas Cagarras . Devido à sua localização geográfica, próximo à Baía de Guanabara e ao emissário submarino de Ipanema, o arquipélago sofre com a constante ação de agentes poluidores.  Também por estar muito próximo à cidade do Rio de Janeiro, ele também recebe diretamente diversos potenciais impactos da Região Metropolitana, como influências da poluição marinha vinda da Baía de Guanabara, poluição gerada pelo descarte de sedimentos retirados em operações de dragagens na região do Porto do Rio, poluição sanitária vinda diretamente e sem tratamento pelo emissário submarino de Ipanema e também por hidrocarbonetos do intenso tráfego de grandes embarcações na área.

Outro fator também prejudicial à vida marinha do arquipélago são as atividades pesqueiras irregulares. Apesar da fiscalização feita pelo Instituto Chico Mendes, algumas embarcações ainda insistem na pesca ilegal, dentro das áreas do arquipélago. A pesca só é permitida a partir de uma distância de dez metros do costão rochoso das ilhas.

Bom saber de toda essa riqueza. Mas fica o alerta.

Fonte: Globo On line

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O carioca Di Cavalcanti, aniversariante de setembro.


Nascido no dia 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro , Di Cavalcanti  Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo faleceu em 26 de outubro de 1976.  

Foi um extrordinário pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro.

Pra apreciarmos, a sua bela pintura Rio de Janeiro Noturno, de 1963.



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em setembro de 1952...há 60 anos


“O maior cantor brasileiro de todos os tempos,
Francisco Alves,
morreu em um desastre de automóvel na Via Dutra,
no Estado de São Paulo”
,


 noticiava o Jornal do Brasil , em setembro de 1952.



"Vítima de um acidente de trânsito na Via Dutra, morreu o cantor Chico Alves, um dos artistas brasileiros mais populares na primeira metade do século XX. Durante a noite do dia 27, Francisco ia de carro de Pindamonhangaba, sua cidade natal, para o Rio de Janeiro, quando seu carro se chocou contra um caminhão que entrou em uma curva na contramão, em alta velocidade. O Rei da Voz calou-se para sempre.


Francisco Alves nasceu em 1898, mas seu talento era grande demais para permanecer circunscrito nessa  cidade. Após ser lançado como sambista na noite boêmia carioca, sua voz ecoou por todo o Brasil, caindo também no gosto de ouvintes argentinos , na década de 30. Para muitos hermanos, Francisco era o melhor intérprete de Carlos Gardel , com o qual dividiu muitas vezes o palco e o microfone nas emissoras de rádio.
Sua voz grave e rouca entoou algumas marchas carnavalescas que entraram para a história e fizeram-no o maior vendedor de discos no país, até a data de sua morte. Junto com Orestes Barbosa, o Rei da Voz compôs as canções “Meu Companheiro”, “ A Mulher que Ficou na Taça”, “Dona da Minha Vontade” e “Por Teu Amor”.

Francisco era contratado da Rádio Nacional, e lá trabalhou durante dez anos para divulgar a sua música. Tão logo chegou a notícia do falecimento de Chico, a emissora suspendeu a sua programação habitual em sinal de luto. As demais emissoras homenagearam igualmente a sua memória fazendo ouvir os seus discos, incluindo a Rádio Jornal do Brasil. "

Fonte JB

Vale, e muito, ouvir BOA NOITE AMOR, de 1936, uma das pérolas do nosso cancioneiro. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Nesse domingo é o Dia Nacional do Cachorro-Quente

Esse delicioso sanduíche, importado da América, fez e faz muito sucesso por terras cariocas. Noite adentro barracas oferecem seus deliciosos  cachorros-quentes. E pra isso não economizam na criatividade.


 Cinco jurados embarcaram na missão a bordo de uma Kombi antiga, de 1961 (afinal, Kombi de cachorro-quente é um clássico, ?) em busca do melhor cachorro-quente carioca: o chef Pedro de Artagão, do badalado restaurante Irajá; a jornalista Inês Garçoni, coautora do “Guia Carioca de Gastronomia de Rua”; a crítica de gastronomia do GLOBO Luciana Fróes; o ator Pedro Monteiro, em cartaz com “Funk Brasil — 40 anos de baile”; e a produtora de festas Suzana Trajano.

Escolher os candidatos ao “prêmio” não foi fácil: segundo a Secretaria de Ordem Pública, há 823 carrocinhas autorizadas a vender comida nas ruas no Rio, sendo 161 no Centro, 79 na Lapa, 96 na Zona Sul, 50 na Tijuca, e por aí vai. A maioria serve cachorro-quente.

Para selecionar os finalistas,for feita uma enquete com gulosos de plantão e cinco quesitos foram usados na  avaliação: apresentação, atendimento, higiene, ingredientes e, claro, sabor.

A partida do tour gastronômico foi dada na Fonte da Saudade, de onde o bonde do podrão seguiu para quatro points desse carro-chefe.

O primeiro foi a barraquinha Ponto de Encontro, perto do Shopping Tijuca.

 Ali há 12 anos, o quiosque é comandado por Antônio Celso Faria, o Neno, ao lado da filha Roberta. O cachorro-quente tradicional é servido, basicamente, com tudo. E o tudo quer dizer pão, salsicha ou linguiça, molho com cebola, tomate e pimentão, maionese, ketchup e mostarda, ervilha, milho, passas, azeitona, batata palha e queijo ralado (R$ 4).

No quesito apresentação, o cachorro do Ponto de Encontro arrasa: vem embrulhado em papéis alumínio e toalha, como se fosse um temaki.

A enquete estava à cata de um podrão.

 Afinal, o que é um podrão? O que define é a quantidade de ingredientes? É ver se ele tem fila ou não?

A segunda parada foi a Lapa, onde o grupo visitou o Burger Lapa, instalado quase sob os Arcos há um ano. O nome “homenageia” outro sanduba, mas o forte ali é o velho pão com linguiça — e muitas outras coisas mais — no meio. Na barraca, chamam a atenção a higiene e a organização. Tem fila em caracol, no estilo parque de diversão, senha para pegar o pedido, painel eletrônico com o número da chamada, álcool para limpar as mãos e tapete. Sem falar que os funcionários usam touca e luva.

Quem toma conta do negócio é Valéria Moraes, que já é queridinha no bairro.
As opções de recheio não diferem muito das dos demais: lá estavam as passas, a batata palha, o milho e um molhinho caseiro de tomate e cebola. Os preços? R$ 3 pelo de 15 centímetros, e R$ 5, pelo de 30. Em tudo a anos-luz do hot dog mais caro do mundo, o do bar 230 Fifth, em Nova York, que pode ser chamado de tudo, menos de podrão. Com vinagre balsâmico envelhecido por dez anos, trufas negras, mostarda francesa, ketchup orgânico, manteiga trufada, caviar e cebola caramelizada em champanhe Dom Pérignon, a lariquinha básica sai por surtados US$ 2.300.
Suficientes para comprar quase mil cachorros (dos grandes!) na Lapa.

Na Praia de Botafogo, a meta do bonde era provar o famoso Podrão do Chico, próximo à esquina da Rua São Clemente. Mas não é que o cara não estava lá, em plena meia-noite de uma quinta-feira? A saída foi antecipar a próxima parada, o badalado Oliveira, que está no Humaitá há 22 anos e, hoje, tem filiais em Laranjeiras e na Cidade Nova. O cachorro (R$ 7) também pode ser servido com salsicha ou linguiça, ovo, azeitona verde ou preta, batata palha, queijo ralado, milho e ervilha, com destaque para os molhos. São dez, entre mostarda preta com mel, barbecue ou cheddar.

Por volta da 1h da manhã, a maratona chegou à terceira carrocinha, com a disputa ainda indefinida.

Na reta final, o grupo terminou a bocada no Mãozinha, que há 12 anos bate ponto em frente à Cobal do Leblon. Se o veículo está caindo as pedaços, o podrão é honesto — principalmente se levarmos em consideração a simpatia do dono.

Terminada a rodada, Artagão não teve dúvidas para dar a palavra final.

Os jurados votaram nos cinco quesitos, e aí vai o resultado: o Burguer Lapa foi eleito o melhor cachorro-quente pelo bonde do podrão, com 99 pontos. Depois, vieram o Ponto de Encontro, na Tijuca (95,5); Oliveira, no Humaitá (87,5); e Mãozinha, no Leblon (85,5).

Pra concordar ou discordar é passar por lá e provar.

Eu de minha parte continuo gostando do clássico de todos os tempos: do cachorro quente da GENEAL, desde os tempos das famosas carrocinhas.








quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Hoje é o aniversário da Ilha do Governador

São 510 ou 445 anos. A controvérsia não importa.

Eu que por aqui já falei, em posts, de minhas saudades do Jequiá, da Rua Carmem Miranda, no Jardim Guanabara - dos meus tempos de adolescência que por lá vivi, hoje recordo Rachel de Queiroz, que  viveu alguns anos na Ilha do Governador e era apaixonada pelo lugar, suas praias com águas limpas e os cinemas “Itamar”, da Freguesia e “Jardim”, da Ribeira. Escreveu diversas crônicas, que tomavam a Ilha como tema, na famosa Última Página da revista O Cruzeiro.

O livro O galo de ouro   foi inicialmente publicado em 1950,  seriado na revista O Cruzeiro. Rachel de Queiroz tinha lá seus 39,40 anos. Nele ela narra uma vida mais idílica e menos urbana na Ilha do Governador. A publicação em livro, dessa história, só se deu em 1985.



capa do livro

A trama acompanha Mariano. A princípio, garçom, ele se envolve com Percília, vão viver juntos, têm uma filha (Gina) e aí a companheira, que freqüenta uma tenda espírita e fez amizade com uma moradora da Ilha do Governador, dona Loura, tenta convencer o marido a se mudarem para lá, levantarem uma casinha e sair da casa de cômodos onde se espremem com diversas outras famílias.Após uma primeira visita à Ilha, o casal é atropelado por um automóvel: Percília morre, Mariano fica meses internado e quando sai está com um braço inutilizado. Não dá mais para garçom. Começa a trabalhar no jogo do bicho. Enquanto isso, comadre Loura toma conta de Gina e o próprio Mariano se instala na casa dela e de seu companheiro, José Galego, após uma prisão (causada por problemas com os “secretas” da polícia que extorquem os bicheiros), Mariano fica de molho por algum tempo e resolve levar adiante o plano de erguer ali na Ilha uma morada. Mesmo porque começa a se interessar por uma doidivanas local, Nazaré, que apesar da vigilância da mãe, é louca por bailes, cinemas, a vida na cidade, e que além de envolver-se com Mariano, tem um namorado metido a malandro, um ex-pivete, Zezé, candidato a cafetão. 

Rachel de Queiroz morou na  Rua Carlos Ilidro , na Cova da Onça, nos anos 50 e certa vez escreveu

“Acabaram – se as barcas, acabaram – se os bondes, proliferaram os edifícios, instalou – se o progresso para ficar . Agora só resta a saudade “ 


PARABÉNS À ILHA DO GOVERNADOR!


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os 70 anos da carioca Confeitaria Kurt

Uma das confeitarias mais tradicionais do Rio mantém a tradição, mas coloca leite condensado no cardápio
Na comemoração do aniversário de Tônia Carrero, em agosto, as tortas de damasco, gâteau e brigadeiro da Confeitaria Kurt, no Leblon, eram convidadas de honra. Para Tônia e a confeitaria, o ano de 2012 é especial. Enquanto a atriz fez 90 anos, a Kurt, um pouco mais jovem, apagou as velinhas de seus 70 mantendo o título de uma das confeitarias mais respeitadas do Rio.

Fundada em 1942 pelo alemão Kurt Deichmann, a loja atualmente é comandada por Evelyn Deichmann, sobrinha do fundador. Os clientes juram que a qualidade continua exatamente igual, mesmo com algumas mudanças implementadas por Evelyn. Kurt abominava o leite condensado, mas a sobrinha, há pouco tempo, colocou o ingrediente numa receita:
A Julia (atriz Julia Lemmertz) pediu que fizéssemos uma torta de brigadeiro para ela. Abri uma exceção, porque brigadeiro é brasileiro, e nós trabalhamos com doces alemães. Ela adorou o resultado, aí veio outro pedir, mais outro, e eu fui obrigada a colocar no cardápio.

Além do doce brasileiro, algumas receitas francesas também tem colorido a vitrine do Kurt. Os macarons, por exemplo, apareceram em julho, num cardápio especial em homenagem à França, e não sairam mais.
Macarons estão na moda. Não temos como fugir, as pessoas procuram — diz Alan Geller, filho de Evelyn e um dos administradores do Kurt.

O lugar trocou de endereço apenas uma vez nesses 70 anos. A loja da Rua Ataulfo de Paiva se mudou, em 1989, para a Rua General Urquiza. E lá pretende ficar, pequenina e discreta. Para Evelyn, expansão não combina com qualidade:
Não temos nenhum plano de abrir franquias ou vender nossa produção para outras lojas. Aqui, se eu não acho que um morango está apresentável, eu mesma tiro da vitrine. Se eu abrir várias lojas, como vou fazer isso?

O plano que realmente interessa agora não é de comer, e sim, de ler. Há cerca de dois meses, Evelyn e Alan imprimiram panfletos com a foto do fundador e os seguintes dizeres:

 “O Kurt faz parte de suas boas lembranças? Ajude a construir a memória dos 70 anos“. 

A ideia é estimular os clientes a colocaram no papel (ou melhor, no email) os relatos e compilá-los num livro comemorativo.
- Outro dia chegou uma senhora aqui contando a história de uma parente que, por alguma doença, estava perdendo a memória. Mas ao comer a torta de damasco do Kurt, lembrou que, quando mais nova, o doce estava sempre presente em seus aniversários - conta Alan. - E esse tipo de relato que a gente quer documentar.

A torta que trouxe à tona memórias agradáveis para a senhora doente é a mais pedida na confeitaria. O doce já apareceu em diversas novelas e é figurinha fácil nos aniversários mais badalados da cidade, o que impede Evelyn de fazer qualquer mudança.
- Já quis mudar o desenho da torta e, na mesma época, ela apareceu numa novela. As pessoas reconheceram no ato e só pediam a torta que viram na televisão. Isso atrapalhou meus planos - ela ri.
Para a nossa sorte, o doce continua o mesmo e Evelyn ainda dividiu com a gente os passos para (tentar) fazer essa delícia em casa.

TORTA DE DAMASCO





INGREDIENTES:
Massa:
5 ovos
100 gramas de açúcar
100 gramas de farinha de trigo
20 gramas de manteiga
Recheio :
-Geléia de Damasco:
200 gramas de damasco seco
200 gramas de açúcar
500 ml de água
Creme de Chantili:
700 gramas de creme de leite
100 gramas de açúcar
Calda:
200 ml de água
100 gramas de açúcar
55 ml de licor de apricot

MODO DE FAZER:

Massa: bata os ovos com açúcar até firmar. Aos poucos, junte com a farinha de trigo e, por último, com a manteiga derretida. Leve a massa ao forno na temperatura de 170º, em uma forma de 25 cm, forrada com papel manteiga. Asse de 10 a 15 min e deixe esfriar.
Geléia de Damasco: Cozinhe o damasco com o açúcar e a água até ficar macio, depois bata no liquidificador.
Creme de chantili: na batedeira, coloque o creme de leite, açúcar, e bata até ficar com consistência firme.


(Fonte: O GLOBO Online)