Ao ser composto, o Hino da Independência do Brasil
não tinha este nome.
Nem
sua música era a mesma
que hoje é cantada nas comemorações
da semana da
pátria.
O hino que homenageia nossa separação de Portugal
tem uma história
interessante,
que vale a pena ser conhecida.
Quem o compôs foi Evaristo da Veiga - Evaristo Ferreira da Veiga e Barros /1799-1837 - que era livreiro, jornalista, político e poeta. Com a fundação da Academia Brasileira
de Letras, em 1897, Evaristo da Veiga tornou-se o patrono da sua cadeira de
número 10.
A maior parte da composição que se inicia com os versos"Já podeis da pátria
filhos" é anterior ao grito do Ipiranga e data de agosto de 1822. Favorável à
independência, Evaristo da Veiga escreveu o poema que intitulou "Hino
Constitucional Brasiliense" e o fez publicar.
O poema agradou o público da Corte, o Rio de Janeiro, e foi musicado pelo então
famoso maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830), que havia sido
professor de música do jovem príncipe dom Pedro - imperador Pedro I, após a
proclamação da Independência
Sendo um amante das artes musicais, dom Pedro, em 1824, afeiçoou-se pelos
versos de Evaristo da Veiga e resolveu compor ele mesmo uma música para o
poema, criando assim aquele que se tornaria o Hino da Independência. Não se
sabe ao certo a data em que foi composta, mas a melodia de dom Pedro passou a
substituir a de Marcos Portugal, oficialmente, em 1824.
Com a abdicação de dom Pedro I, a Regência, o Segundo Reinado e -
principalmente - a proclamação da República, o Hino da Independência foi sendo
gradativamente deixado de lado. Somente em 1922, quando do centenário da
Independência, ele voltou a ser executado. No entanto, na ocasião, a música de
dom Pedro foi posta de lado, sendo substituída pela melodia do maestro Portugal.
Foi durante a Era Vargas (1930-1945), que Gustavo Capanema, então ministro da Educação e da Saúde,
nomeou uma comissão para estabelecer definitivamente os hinos brasileiros de
acordo com seus originais. Essa comissão, integrada entre outros pelo maestro Heitor Villa-Lobos, houve por bem restabelecer como melodia oficial aquela composta por dom Pedro I.
Diante da tristeza do que aconteceu com o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista vale recordar, aqui, um post que fala de uma relíquia que no jardim anexo, o Jardim das Princesas, ficavam escondidas, preservadas do povo ignorante que começou a vandalizar a obra.
Trata-se do PRIMEIRO MOSAICO BRASILEIRO, feito por Dona Teresa Cristina , eque até agora ninguém falou dele e não se sabe se, também, se perdeu.
Organizado pela TV TUPI, em setembro de 1968, aconteceu o 1° Festival Universitário da Música Popular Brasileira, produzido por Paulo Pontes e Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Maurício Shermann e produção musical de Lúcio Alves.
O festival revelou pra nossa MPB nomes como Gonzaguinha, Ivan Lins, Taiguara...
...e um nome de mulher: Helena.
Helena, Helena, Helena, a linda composição de Alberto Land, com belo arranjo do maestro Gaya, na personalíssima interpretação de Taiguara, arrebatou a platéia e os corações. Forte, pura poesia e belíssima
Alberto Land
Os 5 ganhadores do Festival, foram:
1) Helena, Helena, Helena (Alberto Land) - intérprete: Taiguara
2) Vida breve (I. Ribeiro/N.J. Larica) - intérprete: Claudette Soares
3) Meu Tamborim (César Costa Filho/Ronaldo Monteiro de Souza) - intérprete: Beth Carvalho
4) Um Novo Rumo (Waldemar Correa//Ivan Lins) - intérprete: Cyro Monteiro
A linda letra...
"Talvez um dia
Por descuido ou fantasia
Helena, Helena, Helena
Nos meus braços debruçou
Foi por encanto, ou desencanto
Ou até mesmo por meu canto
Por meu pranto
Ou foi por sexo
Ou viu em mim o seu reflexo
Ou quem sabe uma aventura
Até mesmo uma procura
Pra encontrar um grande amor
Mas hoje eu sei que um dia
Por faltar telefonema
Helena, Helena, Helena
Nos meus braços pernoitou
Foi por acaso, por um caso
Ou até mesmo por costume
Pra sentir o meu perfume
Dar amor por um programa
Dar seu corpo num programa
Hoje vai e nem me chama
Um adeus é o que deixou
Talvez um dia, por esperança
Ou ser criança
Deixei Helena, Helena
Com seus braços me guiar
Fui sem destino, tão menino
E hoje eu vejo o desatino
Estou perdido numa estrada
Peço ajuda a quem passa
Tanto amor pra dar de graça
Todo mundo acha graça
Deste fim que me levou
Maria Helena
E seus homens de renome
Entre eles fez seu nome
E entre eles se elevou
Foi sem amor, foi sem pudor
Mas hoje entendo o jeito desses
Pra salvar seus interesses
Dar seu corpo custa nada
E com o ar de apaixonada
Em suas rodas elevadas
Seu destino assegurou
Talvez um dia
Por desejo de poesia
Helena, Helena, Helena
Talvez queira dar a mão
Talvez tão tarde, até em vão
Quem sabe eu tenha um rumo à vista
Ou quem sabe eu nem exista
Ofereço este meu canto a qualquer preço
A qualquer pranto
Não quero amor, não se discute
Eu procuro quem me escute"
Pra ouvir, curtir ou recordar!
Alberto Land aos 57 anos, em 2002, guiava o próprio carro quando foi fechado, na esquina das ruas Raul Pompéia e Souza Lima, em Copacabana, por um carro roubado na zona sul. O ocupante do carro desceu do veículo e executou Land com tiros no pescoço e na cabeça. O crime foi considerado passional.