quarta-feira, 5 de outubro de 2011

5 de outubro, dia de São Benedito!

No Rio, lá está a  Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no Centro, igreja colonial na rua Uruguaiana, 77, onde podemos louvá-lo.





Fotos: Alexandre Macieira - RIOTUR - reprodução





A fé a ele ligada tem sua história na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos,  que abrigava  e acolhia os negros e pardos do Rio de Janeiro.
A antiga Igreja de São Sebastião no Morro do Castelo já abrigava em suas dependências, as confrarias de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, quando ocorreu a unificação das duas instituições em 1667 que passou a se denominar Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos.
A Irmandade construiu uma  igreja entre 1701 e 1737 na chamada rua da Vala , atual Uruguaiana, que naquela época se localizava nos limites da cidade. Lá está a igreja até hoje  e a capela-mór atual é o resultado de uma reconstrução por volta de 1772.


Um terrível incêndio ocorrido em 1967, que destruiu os altares e talha das capelas, paredes e colunas. Também atingiu o Museu do Negro, que funcionava na igreja e continha importantes documentos relacionados à história da Irmandade.

“O incêndio iniciado na noite de 25 de março de 1967 se alastrou pela madrugada do dia seguinte, domingo de Páscoa, e ele não apenas destruiu a igreja mas arruinou registros. De acordo com alguns membros da irmandade, eles seriam as “provas” que legitimavam a importância da igreja, da irmandade do período colonial brasileiro na memória nacional, pois tratava-se de documentação acerca do período da escravatura, referentes ao cotidiano e aos costumes urbanos. Parte desses documentos (dentre eles, registros tributários e livros de matrícula) já havia sido queimados em 14 de dezembro de 1890, por ordem de Rui Barbosa, abolicionista e ministro da república (PAIVA, 2009, P.55).

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, foi o primeiro local visitado por D. João, em 1808, após sua chegada à cidade, para render graças pelo término bem sucedido da viagem ao Brasil, nesta época a Igreja funcionava como Catedral da cidade.
Como Irmandade de negros e pardos, muitos destacados membros dessa comunidade formaram parte da Irmandade do Rosário e São Benedito na época colonial, como o compositor e regente Padre José Maurício Nunes Garcia, que foi diretor musical da igreja (1798-1808), quando ela ainda era catedral da cidade. Nela , também, foi sepultado Mestre Valentim, o maior artista da cidade no século XVIII.


No Rio de Janeiro, na histórica Igreja de São Benedito, à rua Uruguaiana, acha-se guardada uma relíquia do santo: um fragmento do osso.



SÃO BENEDITO, ROGAI POR NÓS!

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Atualização do post: outubro de 2018
O Museu do Negro foi restabelecido e funciona.

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Fonte: IPHAN





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