A voz de Carlos Galhardo cantou e tornou a canção, um sucesso.
Anoiteceu
O sino gemeu
A gente ficou
Feliz a rezar
Papai noel
Vê se você
Tem a felicidade
Pra você me dar
Eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel
Bem assim felicidade
Eu pensei que fosse uma brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi mas meu papai noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então
Felicidade é brinquedo
Que não tem
O sino gemeu
A gente ficou
Feliz a rezar
Papai noel
Vê se você
Tem a felicidade
Pra você me dar
Eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel
Bem assim felicidade
Eu pensei que fosse uma brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi mas meu papai noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então
Felicidade é brinquedo
Que não tem
Mas por trás da canção , da linha triste da letra,
encontra-se a história de vida
de um dos maiores compositores da nossa música:
Assis Valente.
O sucesso musical, que durou até 1939, disfarçou os desajustes de comportamento como gastar mais do que ganhava, sumiços do trabalho e, principalmente, o uso de drogas, a cocaína.
Mas a paixão não correspondida por Carmem Miranda, que consagrou na sua voz grandes sucessos de Assis Valente e, depois deixou de gravá-lo, o levou a acumular dívidas financeiras e emergiu seu desequilíbrio emocional que o levou a várias tentativas de suicídio.
Uma delas aconteceu no alto do Corcovado. Assis valente escolheu o lado mais perigoso do Corcovado para pular. Aconteceu em 12 de maio de 1941. Sem camisa, ele se jogou de costas, diante de uma plateia de bombeiros, policiais, turistas e curiosos. Mas ficou preso na copa de uma árvore brotada na pedra. O compositor foi resgatado com vida. Mas não desistiu.Tentou mais cinco vezes até conseguir, em 1958, ao beber um refrigerante de guaraná com veneno para ratos, em frente à praia do Russel, no bairro do Flamengo.
Na biografia "Quem Samba Tem Alegria", do jornalista Gonçalo Junior, recém lançada, podemos conhecemos melhor esse lado triste como também a simpatia e o sorriso largo - de dentes perfeitos, já que era protético - de Assis Valente, que escondia um abismo de depressão que se tornou insuportável no fim da vida.
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