quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Quarta-feira de cinzas...Jacob do Bandolim...100 anos!



O cachê mais ansiado que, rigoroso, às vezes cobrava: um abundante sorvete, de preferência – claro! de coco queimado, milho ou queijo – comprado em doses industriais numa padaria em Jacarepaguá, seu bairro. Doces? De coco, claro! além de ambrosia e papo-de-anjo.

Música ruim, industrializada – passa fora! , dizia.

Esse era Jacob do Bandolim, carioca de Laranjeiras, criado em pensão da Lapa boêmia, que interessou-se pela música muito cedo, começou tocando "de ouvido"  e se tornou um musico estudioso, um incansável pesquisador, um instrumentista próximo a perfeição.


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Sua casa em Jacarepaguá, na Rua Comandante Rubens Silva, 62, na Freguesia, a partir do final dos anos 40, passa a ser ponto de encontro de grandes nomes da política, artes e jornalistas célebres para grandes saraus - Saraus de Jacob - que revelaram as noites mais cariocas que esta cidade já conheceu. Por lá passavam Dorival Caymmi, Elizeth Cardoso, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola, Hermínio Bello de Carvalho, Canhoto da Paraíba, Maestro Gaya, Darci Villa-Verde, Turíbio Santos, dentre outros.

Em 19 de março de 1967, foi concedida a Jacob, pelo Clube de Jazz e Bossa, a Comenda da Ordem da Bossa. Jacob ao chegar ao Teatro Casa Grande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para receber a medalha, se espantou ao ver um público de jovens

"... para mim foi uma grande felicidade 
ter sido aplaudido pelos cabeludos"

A obra de Jacob do Bandolim transcendeu em muito os limites da Rádio Ipanema, onde começou em 1937, com o conjunto Jacob e Sua Gente.

Jacob sempre perseguiu a perfeição da execução e a excelência na preservação da nossa música, sem, contudo ser um conservador.


" Hoje, são raras as rodas de choro 
onde não se ouvem as cordas de um bandolim, 
são raros os bandolinistas que não tem em Jacob 
sua referência musical 
e, principalmente, é raro 
o país que teve o privilégio de ter tido...
 um Jacob do Bandolim."


Pra curtir a iguaria preferida que virou canção...




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