O cachê mais ansiado que, rigoroso, às vezes cobrava: um abundante sorvete, de preferência – claro! de coco queimado, milho ou queijo – comprado em doses industriais numa padaria em Jacarepaguá, seu bairro. Doces? De coco, claro! além de ambrosia e papo-de-anjo.
Música ruim, industrializada – passa fora! , dizia.
Esse era Jacob do Bandolim, carioca de Laranjeiras, criado em pensão da Lapa boêmia, que interessou-se pela música muito cedo, começou tocando "de ouvido" e se tornou um musico estudioso, um incansável pesquisador, um instrumentista próximo a perfeição.
Em 19 de março de 1967, foi concedida a Jacob, pelo Clube de Jazz e Bossa, a Comenda da Ordem da Bossa. Jacob ao chegar ao Teatro Casa Grande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para receber a medalha, se espantou ao ver um público de jovens
"... para mim foi uma grande felicidade
ter sido aplaudido pelos cabeludos"
A obra de Jacob do Bandolim transcendeu em muito os limites da Rádio Ipanema, onde começou em 1937, com o conjunto Jacob e Sua Gente.
Jacob sempre perseguiu a perfeição da execução e a excelência na preservação da nossa música, sem, contudo ser um conservador.
" Hoje, são raras as rodas de choro
onde não se ouvem as cordas de um bandolim,
são raros os bandolinistas que não tem em Jacob
sua referência musical
e, principalmente, é raro
o país que teve o privilégio de ter tido...
um Jacob do Bandolim."
Pra curtir a iguaria preferida que virou canção...
Maravilha de bandolinista !!!
ResponderExcluir