Nas comemorações dos 400 anos
da cidade do Rio de Janeiro,
em 1965,
Raymundo de Castro Maya
foi o editor da Revista Rio,
especialmente dedicada à ocasião.
No editorial, intitulado
“De Debret aos arranha-céus”,
o colecionador escreve algo atualíssimo!
“As pessoas, quando chegam a uma certa idade,
só falam no passado e é com imensa saudade
que descrevem a vida no Rio de Janeiro naquela época.
Não deixam de ter razão, esse período feliz não só aqui,
como no mundo inteiro, pouco durou;
para nós foi até a segunda guerra mundial.
Daí por diante veio o caos, [...].
Mas, apesar de tudo, o Rio tem qualquer coisa
de estranhamente sedutor:
talvez exista no ar que se respira um filtro
semelhante ao de Tristão e Isolda,
a cuja magia, uma vez sorvido,
não se pode mais resistir.”
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