O Espelho
é um exemplo de periódico que,
apesar de não ter circulado
por mais de seis meses,
marcou a sua época.
Foi editado sob a responsabilidade de F. Eleuterio de Souza, no Rio de Janeiro, sempre aos domingos, a partir de 4 de setembro de 1859, pela Typographia de F. de Paula Brito.
Seu último exemplar, o de número 19, foi impresso pela Typ. Commercial de Regadas, a 8 de janeiro de 1860. Nele pode ser encontrado um panorama da vida cultural do Segundo Reinado, em parte graças a sua equipe de colaboradores, entre os quais Machado de Assis (1839-1908), Moreira de Azevedo, Silva Rabello, Macedo Junior (José Joaquim Candido de Macedo Junior), Justiniano José da Rocha e, eventualmente, Casimiro de Abreu (1839-1860)..
É na Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, que se encontram os originais desta coleção.
O seu primeiro editorial, entitulado “Prospecto”, faz uma reflexão, sobre a imprensa, esta “grande seita fundada por Guthemberg”. Um subtítulo extenso e abrangente quer mostrar que a revista tem finalidade.
É no segundo número do periódico que Machado de Assis (1839-1908) passa a ter sua primeira coluna fixa, a “Revista de theatros”, onde apresenta críticas teatrais com a assinatura de M.-as. Nas páginas d’O Espelho aparece um poema de sua autoria intitulado “A. D. Gabriella da Cunha”, uma atriz portuguesa.
É na Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, que se encontram os originais desta coleção.
O seu primeiro editorial, entitulado “Prospecto”, faz uma reflexão, sobre a imprensa, esta “grande seita fundada por Guthemberg”. Um subtítulo extenso e abrangente quer mostrar que a revista tem finalidade.
“Variada, mas de uma variedade que deleite e instrua, que moralize e sirva de recreio quer nos salões do rico, como no tugurio do pobre. Para este fim temos em vista a publicação dos romances originaes ou traduzidos, que nos parecem mais dignos de ser publicados, artigos sobre litteratura, industria e artes, poesias, e tudo quanto possa interessar ao nosso publico e especialmente ao bello sexo. Tambem publicaremos o que de novo apparecer sobre modas e opportunamente daremos os mais modernos figurinos, que de Paris mandaremos vir, e bem assim retratos e gravuras.”
É no segundo número do periódico que Machado de Assis (1839-1908) passa a ter sua primeira coluna fixa, a “Revista de theatros”, onde apresenta críticas teatrais com a assinatura de M.-as. Nas páginas d’O Espelho aparece um poema de sua autoria intitulado “A. D. Gabriella da Cunha”, uma atriz portuguesa.
Na edição de n° 10,
pesquisa recente encontra um texto,
considerado inédito, de
Machado de Assis, que fala sobre D. Pedro II
Apesar de não assinado, por que afirmar que o texto é de Machado de Assis?
São apontadas características marcantes do estilo da escrita, inclusive a ironia fina de Machado e também o fato da localização do texto na edição. Sempre foi por ali que os textos de Machado foram publicados.
Vale ler e saborear!
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