quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Curiosidades sobre o Grande Premio Brasil de turfe



A história nos conta 
do maior jóquei de todos os tempos: 
Luiz Rigoni. 



Nascido em 1926, em Curitiba, no Paraná, ele nos deixou em 3 de agosto de 2006, em São Paulo, há exatamente 12 anos.

Desde garoto, Rigoni montava os cavalos de corrida de propriedade de seu pai. Em 1941, apareceu pela primeira vez em público, no Paraná, montando a égua Namorada, obtendo o 3º lugar.

Em 1943, Luiz Rigoni chegava ao Rio. Ainda aprendiz, recém chegado de sua terra natal, o Paraná, já demonstrava as qualidades que mais tarde o elevaram ao lugar de melhor jóquei brasileiro.

Sua primeira grande emoção foi à conquista do Grande Prêmio São Paulo, em 1948, com a égua Garbosa Bruleur, derrotando o famoso e invicto Helíaco. No ano seguinte voltou a vencer a principal prova do turfe paulista com Saravan.



Curiosidades

Luiz Rigoni voltou a vencer o Grande Prêmio Brasil, em 1970 e 1971, respectivamente, com Viziane e Terminal. Ele ficou conhecido como o “Homem do violino”. Tinha o hábito de passar o chicote entre as orelhas de suas montarias.

As apresentações de Rigoni eram acompanhadas pelos seus admiradores com os gritos de “Dá-lhe Rigoni”. 

A música e o cinema o homenagearam com o tango “Dá-lhe Rigoni” e o documentário mostrando sua vida.





Cartaz original do filme DÁ-LHE RIGONI, 
ano de 1980, dirigido por Paulo Sérgio de Almeida




As três vitórias:

1954 – EL ARAGONÉS, a primeira vitória do craque Rigoni



Luiz Rigoni
, considerado por muitos o melhor jóquei brasileiro de todos os tempos, deu demonstração inequívoca de sua categoria ao dirigir o argentino El Aragonés no GP Brasil de 1954. 

Trazia o filho de Ramazon e El–Chú na última colocação até a entrada da reta de chegada e atropelou, no momento exato, para o defensor do Stud Piratininga livrar pequena diferença sobre a excepcional Joiosa. Bakari e o nacional Quati terminaram a seguir. 

Titanic e Efusivo caíram durante o percurso.

(em 1 de agosto de 1954)
1º El Aragonés ………. L. Rigoni …………………….. 59
2º Joiosa ……………….. E. Castillo ………………...... 54
3º Bakari ……………….. L. Diaz …………………..… 56
4º Quasi ………………… A. Araújo……………….….. 59
5º Yorick ………………… P. Blanc ……………..……. 52
6º Panther ………………. P. Vaz ……………………… 59
7º Taia …………………… L. Espinosa …………....….. 54
8º Gatillo ………………… D. P. Silva ………………… 59
9º Pontino ………………. S. di Tomazo ……………..… 56
10º Quiproquó …………… J. Marchant ………………... 58
11º Cyro ………………….. G. Silva ………………….... 56
12º Mundo………………… C. Martinez ………….…… 59
13º Indocil ……………….. L. Gonzalez …………..…… 59
14º Sassú…………………. M. Garcia ………………..... 52/54
15º Titanic(*) ……………. J. P. Souza …………………. 59
16º Efusivo(*) …………… Om. Reichel …………..…… 59
(*) caíram


EL ARAGONÉS, masc., castanho, 5 anos, Argentina, Ramazon e El–Chú – Proprietário: Stud Piratininga – Treinador: O. Ojeda. 3.000m – 185s (GL) – Diferença do primeiro para o segundo: ½ corpo.



1970 – VIZIANE, dá o bicampeonato a Luís Rigoni



O nacional Viziane corria à frente de apenas um dos 13 participantes, de início. 

No início da reta de chegada, porém, já aparecia em quinto e nos 300 metros finais dominou o também argentino e favorito Severus, que mesmo tendo prejudicado o nacional Jaú, não impediu que este terminasse na segunda colocação. 

Há quem assegure que, sem o prejuízo, Jaú teria vencido, pois a diferença dele para o vencedor Viziane fora de apenas um corpo. Foi a segunda vitória de Luís Rigoni, 16 anos após a primeira, numa tarde das mais inspiradas, pois também vencera a milha internacional (com Quartier Latin, em marca recorde: 94s4/5).


(em 2 de agosto de 1970)
1º Viziane (BR)……….. L. Rigoni ……………………. 62
2º Jaú ……………………. E. Le Mener …………...…. 58
3º Severus ………………. J. C. Tapia ……………..….. 62
4º Elamiur ………………. C. Dutra ……………...…… 56
5º Luccarno ……………… F. Esteves ………………… 58
6º Florentin ……………… O. Cardoso ……………….. 58
7º Niarkito ……………….. A. Plá ………………..…… 62
8º Scipion ………………… A. Ricardo …………….… 58
9º Astro Grande …………. F. Pereira Fº ……………..... 62
10º Quaribu ……………….. A. Masso …………….….. 58
11º Baraçau ……………….. J. Reis ………………..….. 62
12º Palatinado …………….. J. B. Paulielo …………..... 58
13º Cumberland …………… J. Machado …………..…. 58

VIZIANE, masc., alazão, 5 anos, São Paulo, Coaraze e Passion – Proprietário: Antonio Zen – Criador: Haras São Quirino –Treinador: A. Andreta – 3.000m – 185s (GL) – Diferença do primeiro para o segundo: um corpo.



1971 – TERMINAL, a terceira e última de Rigoni




Ganhador de dois páreos comuns na Argentina, Terminal, na terceira vitória de Luiz Rigoni, dominou o nacional Rhone.

Foi a última vez em que o GP Brasil foi disputado na distância de 3.000 metros, pois a partir de 1972 (o que prevalece até os dias atuais) foi corrido em 2.400 metros. 
O placar do GP Brasil, no período de disputas na distância de 3.000m, apresentou o seguinte placar: 18 vitórias, argentinas, 14 brasileiras, cinco uruguaias, uma francesa e uma chilena.

 

Snow Trail, Fustazo e Viziane completaram o marcador, chegando a seguir Sparkie, Demidof, Maragogi, Astro Grande, Fenomenal, Ancient Game, Elamiur, El Caporal, Sabinus, Peñarol e Quaribú.


(em 1 de agosto de 1971)
1º Terminal (ARG) ….. L. Rigoni …………………….. 58
2º Rhone ……………….. A. Ricardo …………..…….. 58
3º Snow Trail ………….. J. C. Fajardo ……………….. 58
4º Fustazo ……………… H. Ciafardini ………..…….. 58
5º Viziane ………………. D. Garcia ……………….… 62
6º Sparkie ………………. J. Pinto ……………...…….. 58
7º Demidof ……………… J. Camoreti ……………….. 58
8º Maragogi …………….. D. Santos …………………. 58
9º Astro Grande ………… F. Pereira Fº …………… .… 62
10º Fenomenal …………… J. B. Paulielo ……….…… 58
11º Ancient Game ……….. A. Garcia ………………… 62
12º Elamiur ………………. C. Dutra …………………. 60
13º El Caporal …………… E. Le Mener ………...…… 58
14º Sabinus ……………… A. Ramos ………………… 62
15º Peñarol ………………. A. Bolino …………...……. 58
16º Quaribu ……………… A. Araújo …………...……. 62

TERMINAL, masc., alazão, 4 anos, Argentina, Maniático e Posta Randall – Proprietário: Stud Don Henrique – Treinador: R.Fredes – 3.000m – 184s8 (GL) – Diferença do primeiro para o segundo: 3 ¾ corpos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente! Seja bem-vindo!