... é onde está acontecendo uma caça ao tesouro, por expedições de um grupo de pesquisadores atrás da inestimável biodiversidade até então pouco conhecida das Ilhas Cagarras, que vem sendo decifrada e mapeada por eles há quase um ano e meio.
Entre as descobertas do estudo, que faz parte do projeto Ilhas do Rio, está uma planta considerada extinta na cidade do Rio e duas novas espécies da fauna: uma perereca e uma barata-do-mato.
As descobertas foram tema de debate na segunda e na terça-feira no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, onde pesquisadores discutiram as características dos ecossistemas das ilhas e que medidas podem ajudar no combate a ações de degradação, como a poluição e a pesca predatória.
O biólogo e coordenador do projeto Ilhas do Rio, Carlos Rangel, conta que o estudo, realizado pela ONG Instituto Mar Adentro, ainda está em andamento, mas já traz importantes contribuições para a comunidade científica e também para a sociedade:
. foram identificadas cerca de 150 espécies de peixes e 162 de plantas
. na parte terrestre, registradas mais de cinco mil indivíduos de fragatas, a segunda maior população de fragatas da costa brasileira
. nas Ilha Redonda, a mais alta de todas as que compõem o arquipélago, foi identificada uma nova espécie de barata-do-mato
. identificadas algumas novas espécies de esponja marinha
. na Ilha Comprida, a descoberta mais relevante: uma espécie nova de perereca, que vive dentro das bromélias.
. a Gymnanthes nervosa, não coletada desde 1940, foi encontrada no cume da Ilha Redonda, a 240 metros de atitude.
. a Rudgea minor, também foi encontrada. Ela está na categoria “vulnerável”, o que significa que, num curto prazo, até dez anos, se continuarem as ameaças, vai correr o risco de desaparecer.
Gymnanthes nervosa
Fernando Moraes / Projeto Ilhas do Rio
No entanto, a poluição é a grande ameaça ao Monumento Natural das Ilhas Cagarras . Devido à sua localização geográfica, próximo à Baía de Guanabara e ao emissário submarino de Ipanema, o arquipélago sofre com a constante ação de agentes poluidores. Também por estar muito próximo à cidade do Rio de Janeiro, ele também recebe diretamente diversos potenciais impactos da Região Metropolitana, como influências da poluição marinha vinda da Baía de Guanabara, poluição gerada pelo descarte de sedimentos retirados em operações de dragagens na região do Porto do Rio, poluição sanitária vinda diretamente e sem tratamento pelo emissário submarino de Ipanema e também por hidrocarbonetos do intenso tráfego de grandes embarcações na área.
Outro fator também prejudicial à vida marinha do arquipélago são as atividades pesqueiras irregulares. Apesar da fiscalização feita pelo Instituto Chico Mendes, algumas embarcações ainda insistem na pesca ilegal, dentro das áreas do arquipélago. A pesca só é permitida a partir de uma distância de dez metros do costão rochoso das ilhas.
Bom saber de toda essa riqueza. Mas fica o alerta.
Fonte: Globo On line
Bom dia:
ResponderExcluirLegal o blog!
O descobri pela linda imagem acima...
Parabéns a quem fez (e para quem POSTOU também).
O RJ tem uma vida natural riquíssima/encantadora mesmo: FLORESTA DA TIJUCA/PARQUE LAJE/JB/PAINEIRAS/ENTRE OUTROS, que para mim são o destaque da cidade.
Também sou de lá (ou daí)_embora resida no RS há muito tempo (aqui no Estado também há cidades onde o VERDE impera!).
E pena a parte CULTURAL/HUMANA se encontrar prejudicada...
Quando menor, ía à praia do LEBLON: confesso que conheço poucas (Barra/outras). Recordo das ILHAS DAS CAGARRAS (há até site), da lagoa RODRIGO DE FREITAS (passeava por esta as vezes/ia a um clube nesta): tenho algumas boas memorizações da cidade.
E que a natureza desta (como de outras cidades!) dure por muito tempo ainda...
Saudações CARIÚCHAS,
Rodrigo Rosa
http://rodrigo-arte.blogspot.com/