sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os CLÓVIS no Carnaval Carioca

 
Com certeza o Clóvis é a fantasia mais tradicional do Carnaval Carioca.

Nascida nos subúrbios cariocas, a fantasia de clóvis sempre se assemelhou muito à de um palhaço - daí que se acredite que o nome seja a corruptela de clown -  porém incluindo máscaras, por vezes, aterrorizantes. 
Uma de suas características mais marcantes,  o bater no chão de bolas amarradas a uma vara - daí também o nome de bate-bola - além do barulho já exalou odor bem fedorento, vindo das bolas que eram bexigas de boi, ,e sempre despertaram o terror da criançada.  Hoje as bolas deixaram de ser bexigas e agora são de borracha ou plástico mas a atitude amedrontadora dos bate-bolas se mantém.

Clóvis na Avenida Rio Branco, anos 60
foto/ reprodução internet
Com o tempo, a indumentária foi se sofisticando e os macacões de chita e a boca com chupeta ou um apito, foram incorporando novas características como bordados, fazendas mais nobres, capas, sombrinha, máscaras com pinturas exclusivas, máscaras de rede com cabelos coloridos que dificultam a identificação do rosto. Mas a finalidade se mantém: mostrar um rosto assustador. 

Atualmente, os grupos de clóvis podem ser classificadas em diversos tipos, tais como "bola e bandeira", "leque e sombrinha", "sombrinha e boneco".
O interessante é que a maioria das turmas tem nomes ligados a sentimentos. Humildade, Emoção, Explosão, Alegria, etc. As turmas de bola e bandeira tem nomes como  Barulho, Agonia, Abusados, ...

 Também existe a preocupação para que ninguém veja a fantasia des es grupos de clóvis, antes do carnaval. Vão criando expectativa nas ruas do bairro,na comunidade do entorno. Por vezes a saída dos integrantes de turmas grandes- em torno de 100 integrantes - se dá ao som de fogos ininterruptos e batendo suas bexigas no chão causam barulho ensurdecedor. 

Os grupo também têm crianças e aí fica parecendo que são anões o que deixa a aparência do clóvis ainda mais assustadora. Outra característica importante é que os “Clóvis” nunca se falam, eles se comunicam sempre por mímica ou pelo som do apito.

No Carnaval de 2003, há 10 anos atrás,
sugeri, como designer,  homenagear essa figura tão tradicional
da folia carioca à Prefeitura do Rio.

Foi muito bom criar e desenvolver o design da marca daquele carnaval.


 









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