Essa é a frase que disse
o escritor Luis Martins, em 1948, quando escreveu a observação curiosa - abaixo -
sobre o Rio de Janeiro:
"Como
o Rio tem mudado nos últimos anos!
Pode-se quase dizer que Copacabana vai
aos poucos matando o Rio.
Porque Copacabana pouco ou nada tem a ver com o Rio.
Copacabana é alegre, é luminosa, é turística, cosmopolita,
vitaminada, esportiva e incontestavelmente bela.
Mas
não é o Rio.
O Rio é a velha cidade imperial das ruas mal
calçadas que os crepúsculos se iluminavam a bico de gás.
Soa os becos estreitos e sinuosos, com recordações coloniais apontando
a cada passo.
É a evocação persistente e viva dos romances
de Macedo, da música de Nazareth, das serenatas boêmias dos bairros
sossegados dos subúrbios tristonhos, em noites profundamente quietas de
misterioso luar...
O Rio é a rua da Misericórdia, a praça
da Bandeira, o Catete, o largo do Machado, a Tijuca, Vila Isabel, Flamengo, Laranjeiras,
Andaraí, Engenho Novo.
O Rio é a Lapa."
(trecho de Noturno da Lapa)
Em 1957, entrevistado para o Correio da Manhã, lhe perguntaram se, longe, tinha saudades do Rio, respondeu:
" Não .
Tenho muitas saudades do Rio
quando estou no
Rio.”
******
Pra pensar!!!
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