quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ary Barroso, 110 anos!

ARI BARROSO hoje deve estar tocando, nas nuvens, a sua gaitinha comemorando a vitória, ontem, do MENGO.
Até o Google a ele se rendeu, com a vinheta – doodle – muito boa!
ARI BARROSO, 110 ANOS!
7 de novembro de 1903!
vejo que não há interesse e boa vontade. O trabalho feito sobre o Noel foi parar até na biblioteca do Congresso guarda roupas dos Estados Unidos. Todo mundo sabia do meu trabalho com o Ary, mas este é um País sem memória”, diz Jubran.
não há interesse e boa vontade. O trabalho feito sobre o guarda roupas Noel foi parar até na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
não há interesse e boa vontade. O trabalho feito sobre o guarda roupas Noel foi parar até na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
Mas pelas bandas de cá, há muito não há interesse pela sua obra. Pesquisas sem patrocínio, músicas esquecidas. Pobre país!
Por aqui no RIO QUE MORA NO MAR memória tem voz e vez!
Pra recordar esse mineiro que viveu, desde sempre, no bairro carioca do Leme , um texto seu falando de coisas cariocas.

O florista das madrugadas
Ary Barroso

É moreno. Magro. Mais alto que baixo. Anda sempre de terno completo, colarinho e gravata. Tem um sorriso de dentes feios, mas, simpático. Corre bares, vendendo rosas e cravos. Numa cestinha. Há pouco tempo trazia uma rosa em cada mão. Hoje, a mercadoria perfumada é mais farta e variada. Sinal de prosperidade. Ele chega sempre depois do segundo uísque. Quem é que se esquiva à galanteria de três cravos lindos e vermelhos para a companheira da noite? Gosto mais dele do que daquela senhora gorda que vende flores de papel à porta do Night-and-Day. Detesto flores de papel! A imitação industrial da flor é um crime estético. Substituir o aroma leve, a vida, a linha caprichosa de uma rosa ou a imponência colorida de um cravo, pelo arremedo inodoro de papel amassado, é desolador. As flores naturais continuam a beleza feminina; as artificiais, deformam-na. Salve o florista de Copacabana que nos traz flores vivas e cheirosas com que enfeitamos, ainda que ilusoriamente, nossas conversas mansas à meia luz dos bares.

VIVA ARY!

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