No início surgiu sob a forma de café com mesas.
O Café Braguinha, na Praça da Constituição com Rua do Sacramento - atual praça Tiradentes esquina com av. Passos - foi o primeiro café, na forma de confeitaria que servia lanches.
Foi fundado em 1824 . Podemos vê-lo abaixo em dois momentos:
Gravura de Carlos Linde, de 1861
Foto de Henry Revert Klumb, de 1870
A história do prédio da Café Braguinha soma boas histórias.
No século XIX, Manuel Luís
Ferreira construiu sua casa, que depois pertenceu a José Bonifácio.
D.
Pedro I utilizou-a por várias vezes para despachar. Anos depois,
é que se instalou, na parte baixa, o Café do Braguinha, ponto de encontro de intelectuais e artistas.
Hermeto Lima , na edição de 14 de março de 1937, do Jornal do Brasil, em interessante crônica sobre a Praça Tiradente conta:
Hermeto Lima , na edição de 14 de março de 1937, do Jornal do Brasil, em interessante crônica sobre a Praça Tiradente conta:
"No café do Braguinha, muitos anos depois Café Criterium, reuniam-se diariamente médicos, advogados, homens de letras e de teatro. O Braga, um português gordo, baixo e atarracado, era de uma bondade extrema e de uma atraente simpatia. Dotado de alguma inteligência, era amigo dos escritores e íntimo de João Caetano. Por sua influência junto ao grande trágico, foram representadas peças de autores ainda então desconhecidos. Os anúncios do café do Braguinha, que começavam sempre por — A fama do café com leite, — eram feitos pelos homens de letras que frequentavam a casa. Dizem que Machado de Assis e Laurindo Rabelo foram autores de muitos desses anúncios, que enchiam as colunas dos jornais do tempo. Estávamos então no tempo dos lundus, e um desses anúncios foi posto em música e cantado. Começava assim:
"O Braga, dono de fama/ Participa à freguezia/ Que descobriu um café/ Que cura a paralisia".
E terminava sempre com o estribilho:"E o Braguinha,/ Sempre cortês/ Com todo o gosto/Serve o freguês".
Demolida a casa, surgiu ali no novo prédio, o Café Criterium. Por ali, em meio à agitação, ao vozerio, aos brados de saudação,
apinhavam-se políticos, atores, poetas, jornalistas e toda a sorte de
intelectuais iniciando um hábito que haveria de contagiar : a mania de, por esse ou aquele motivo, tomar
um cafezinho.
Por ocasião das obras de alargamento da avenida, como se obedecesse a uma tradição, um novo café é aberto na esquina, o Café Capital, no mesmo Largo, que ainda conservava o antigo bosque, de folhagens pouco
tratadas, com ruazinhas de pedras escuras e mal varridas.
O Café Capital acabou abrindo sua própria torrefação e virou marca de sucesso, com um jingle que se tornou um clássico.
O Café Capital acabou abrindo sua própria torrefação e virou marca de sucesso, com um jingle que se tornou um clássico.
O Café Capital hoje ainda existe, mas na Av Marechal Floriano, também no Centro, em formato mais moderno como uma cafeteria. Mas servindo, sempre, o mesmo sabor desde 1943.
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Elizabeth, também marcou época no Rio, o Café Globo, que usava o slogan
ResponderExcluir"bom até a última gota". O interessante é que em todas as embalagens
continha uma caneca ou uma xícara, como promoção. Não me lembro das
outras utilidades nessas embalagens. O Café Palheta teve sua época no
Rio. Lembro-me que uma das lojas ficava na Av. Rio Branco esquina de 7 de
Setembro e a outra, na Praça Saenz Peña. Que o café era uma delícia, era.
Bons tempos, bons tempos. Abrs. Aristóteles