Corrupção e peculato
Houve um tempo em que o o bem público era propriedade do rei de Portugal.
O que chamamos de peculato – apropriação de dinheiro público em proveito próprio – não chegava a ser uma irregularidade. O que se proibia não era a prática em si, mas o excesso.
Punição prevista em lei foi o que não faltou na história do Brasil e, em especial, na história republicana, época - comprovada em documentos - que nunca se roubou tanto na história deste País.
Vale ressaltar
- que os republicanos reconheciam em Pedro II uma virtude: a da correção pessoal.
- foi o udenismo de oposição a Vargas, nos anos 1950, quem deu à corrupção a marca individual :a falta de moralidade das pessoas a maior fonte de problemas de corrupção.
Corruptos, a partir daí, passaram a ser ... os indivíduos.
Dizem, o brasileiro é um povo alegre e moleque. Não, não somos nem alegres e nem moleques. Um povo que ri de sua miséria é um povo triste.
João Ubaldo Ribeiro escreveu um artigo antológico onde chama a atenção para o fato de que somos nós mesmos que criamos esse estado de coisas.
Nós elegemos o safado, o ladrão, o traficante, o analfabeto para compor a casa que dá origem ao arcabouço da legislação brasileira.
"Tenho vergonha de mimpois faço parte de um povo que não reconheço,enveredando por caminhosque não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,da minha falta de garra,das minhas desilusõese do meu cansaço."
RUI BARBOSA
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