quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ainda falando de sabores cariocas...

Cervantes Sessentão

            

" Quando foi inaugurado, em junho de 1955, o Cervantes era uma mercearia, mas já vendia os sanduíches que fizeram a fama da casa. Dez anos depois, o fundador, um certo Halmuss Zalman, vendeu o estabelecimento para dois irmãos espanhóis que transformaram a mercearia da Avenida Prado Júnior, em Copacabana, em restaurante, sem abrir mão dos sandubas.
 
 
Em sua nova condição, o Cervantes passou a
abrir ao meio-dia e a fechar de madrugada.
A proximidade do Canecão, do finado Cinema 1
e do teatro Villa-Lobos era uma mão na roda
para o povo que gostava de estender a noite.
Pronto, o bar ganhou a justificada fama de boêmio.
 
E estava criada mais uma tradição carioca.

 




O Cervantes já não fica aberto até de manhã, como nos tempos em que Fausto Fawcett podia ser visto no balcão quase toda noite, observando a fauna em busca de material para seus shows. 

Mas os sanduíches continuam os mesmos: preparados no célebre pão de leite, jamais perderam o recheio fartíssimo e o sabor, que atravessa décadas exatamente igual. Idem, idem para o patê de fígado e o abacaxi em conserva, que só tem ali, como todo carioca sabe, a obra-prima é o de pernil com queijo e abacaxi, seguido de perto pelo de filé-mignon, outro clássico local. 

Fechando a Santíssima Trindade, salada russa, servida em pequenas porções, salvadora na hora em que bate a fome braba da madruga.

O sucesso levou a casa a investir em filiais —Cervantes no Via Parque já conta 21 anos,  e na Av. das Américas, 10 anos.


Planos de reformar em Copacabana, o que será uma pena perder as cenas de Dom Quixote, que emprestam um quê de sofisticação intelectual ao restaurante."

 Se não mexerem nos sanduíches...


Fonte: Globo on line

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