Pra fazer dobradinha com o post anterior...
Domingo, 1º de junho de 1980: um Maracanã lotado, com 154 mil pessoas assistiram a um jogo emocionante e para muitos, a grande final de todos os tempos do Campeonato Brasileiro.
Domingo, 1º de junho de 1980: um Maracanã lotado, com 154 mil pessoas assistiram a um jogo emocionante e para muitos, a grande final de todos os tempos do Campeonato Brasileiro.
Pra mim foi.
A cidade estava vazia, calada. Foi um domingo nublado, chuvoso por vezes. Todos estavam dentro de casa ou parecia que todos tinham debandado pro Maracanã.
Com várias mudanças no placar e cinco gols ao final da batalha, em campo, sob a batuta do craque Zico, ídolo maior da torcida, a geração de ouro do Flamengo. Do outro lado do gramado, porém, estava o Atlético Mineiro, estrelado pelo talentoso Reinaldo, atacante também da seleção brasileira.
O Flamengo pisou no gramado em desvantagem. Na quarta-feira anterior, no Mineirão, também numa partida emocionante do princípio ao fim, o Galo vencera o primeiro jogo da final por 1 a 0. Palhinha roubou a bola do então lateral Júnior e deu o passe para Reinaldo fazer o gol da vitória, aos 9 minutos do segundo tempo.
Daí que para ser campeão no Maracanã, bastava um empate ao time mineiro, que contava ainda com talentos como o meia Cerezo, o ponta esquerda Éder e os zagueiros Osmar e Luisinho, todos jogadores de seleção.
No primeiro tempo, Reinaldo, sempre ele, empatou o jogo, apenas um minuto depois de Nunes abrir o placar.Coube a Zico desempatar, aos 44 minutos, aproveitando cruzamento de Toninho e a falha do goleiro João Leite.
No segundo tempo, mais uma vez Reinaldo desequilibrou: aos 20 minutos, pôs tudo igual no marcador, 2 a 2. Éder cruzou, encobriu Manguito e Reinaldo entrou para finalizar de perna direita, que contundira minutos antes. Ele marcou quando já estava mancando em campo, depois de sentir distensão muscular. O Atlético havia feito as duas substituições (o máximo permitido na época), e Reinaldo acabou ficando em campo, sendo perseguido pela torcida do Flamengo: cada vez que tocava na bola, era chamando de “bichado”.
Logo depois, houve a polêmica expulsão de Reinaldo
Mas...no final da partida, veio a apoteose nas arquibancadas do Maracanã: Nunes recebeu um lançamento de Andrade pela meia esquerda, driblou o marcador e, dentro da área, encheu o pé. Abola passou entre João Leite e a trave: 3 a 2.
Raça e categoria. O Flamengo chegou à vitória no final do jogo, levando ao delírio a torcida nas arquibancadas.
O carrasco do Atlético foi o centroavante Nunes: com um gol aos 36 minutos da etapa final,
A conquista do Flamengo levou Otelo a publicar no dia seguinte, em sua coluna no GLOBO, o famoso “diploma de sofredor”. O tal diploma era endereçado justamente aos mineiros. Já no título, Otelo brincava que, com o triunfo rubro-negro, até a inflação iria cair. Numa charge, Zico aparece com a coroa de rei. O artista também destacou uma frase do então presidente do clube, Márcio Braga:
“Se o Flamengo não vencer este jogo, mudo de nome. Podem me chamar de Geni”.
Pra reviver, relembrar... o jogo completo
“Se o Flamengo não vencer este jogo, mudo de nome. Podem me chamar de Geni”.
Pra reviver, relembrar... o jogo completo
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