... Somente uma delas sobreviveu até os dias atuais.
Matéria da Revista da Semana - número 2, em fevereiro de 1916 - com duas páginas, onde são mostradas fotos das mais belas casas do Rio de Janeiro no início do século XX.
Primeira página: a residência do Coronel Alberto Rodrigues na rua Senador Vergueiro, no Flamengo. Essa casa era denominada Villa Marinna, projetada pelo arquiteto italiano Antônio Virzi, que projetou várias casas na cidade. Foi construída em 1912 e demolida em 1960. Nessa página dentro dos círculos, temos dois exemplares de casas da Avenida Atlântica, em Copacabana. Na parte inferior, as residências do Sr. Gomes da Cruz e do Dr. Bueno do Prado na Praia do Flamengo.
Segunda página: a residência do Sr. J. Ferrer, e abaixo palacetes na entrada da rua Paissandu, na Praia do Flamengo. No destaque oval, a residência do Sr. Eduardo Otto Theiler, conhecida como “castelinho francês”, na então Avenida de Ligação (atual Av. Oswaldo Cruz) número 4, esquina com a Praia do Flamengo. Esta é a única a única existente das casas mostradas pela reportagem, 102 anos depois.
Embora esteja tombada pelo patrimônio Municipal desde 1985, encontra-se em mal estado de conservação, deteriorada pela passagem do tempo e pela ausência de manutenção, além da fachada estar pichada.
Originalmente, a casa era uma residência única, mas atualmente encontra-se subdivida em quatro pequenos apartamentos!
O castelinho francês foi projetado pelo notável Heitor de Mello em 1912 e construído entre 1912-13 para ser a residência da família do advogado Eduardo Otto Theiler, falecido em 1967. A casa ganhou esse nome de castelinho francês por apresentar um estilo Renascentista francês, uma das vertentes do Ecletismo, que trabalha com linguagens estilísticas de diferentes origens. O projeto aplicou uma decoração neogótica em uma fachada neo renascentista. A fachada do castelinho foi toda ornada com criaturas que nos remetem diretamente aos castelos medievais góticos - gárgulas, dragões e homens-morcego - esculturas que foram criadas por Woldemar Bogdanoff.
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