segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

"Coxinha de galinha", iguaria da cozinha real ?



Segundo a lenda...

... a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu, escondiam da Corte no Rio de Janeiro um filho que tinha deficiência mental.

A história conta que o prato preferido da criança era coxa de galinha e que certa vez a cozinheira da família não tinha quantidades suficientes para servir e prevendo a gritaria do menino por falta do seu alimento predileto, resolveu transformar uma galinha inteira em ...coxas. 

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O filho da Princesa gostou tanto que as “coxinhas de galinha” passaram a fazer parte de suas refeições. A Imperatriz Tereza Cristina, em visita, quis saber tudo sobre seu neto e ao observar com que prazer o pequenino saboreava a iguaria, não resistiu – provou, gostou e solicitou que o modo de preparo fosse fornecido ao Mestre da cozinha imperial.

Assim, a humilde "coxinha de galinha" teve seu tempo de nobreza pelo acesso à Corte, e Altos Salões, graças a esta receita provada e aprovada por especial indicação de Sua Majestade Imperial, a Imperatriz Tereza Cristina.

Esta ‘história’, até que romântica, 
não passa de uma lenda urbana. 
A Princesa Isabel 
quanto seus filhos viveram no Rio de Janeiro 
até a queda da Monarquia em 1889,  
expostos e vistos,
 e, pelo que se sabe, 
nenhum deles tinha deficiência mental.

Importante frisar que o francês Lucas Rigaud, cozinheiro da trisavó da princesa, d. Maria I, já havia publicado no livro Cozinheiro moderno ou nova arte de cozinha, de 1780, uma receita de “coxas de frangas ou galinhas novas” empanadas e fritas.



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