quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Zé Keti, 100 ANOS



Hoje comemoramos 
o centenário de nascimento 
do sambista carioca e grande compositor
da Música Popular Brasileira,
Zé Keti



Zé Keti foi um dos grandes compositores da Portela e um autêntico representante do samba de raiz, autor de vários clássicos do gênero.

José Flores de Jesus, Zé Kéti, viveu em uma casa onde eram frequentes as rodas de choros, com presença de músicos como Cândido (Índio) das Neves e Pixinguinha. Em 1924, com a morte do pai, passa a morar com o avô. Além do interesse pela música, na infância, ganhou um apelido, Zé Quieto, que é encurtado para Zé Quéti, e, grafado com um K, torna-se o nome artístico. 

A inicial K era a letra que na época era vista como de sorte, 
nomeava estadistas como Kennedy, Krushev e Kubitscheck.

Aos 13 anos, quando morou no subúrbio de Piedade, é levado por Geraldo Cunha, compositor da Estação Primeira de Mangueira, para assistir aos ensaios da escola de samba. Foi seu primeiro contato com a música do morro.

Sua escolaridade limita-se ao curso primário. Ainda muito jovem, trabalhou numa fábrica de calçados, até atingir a idade do alistamento militar. Com o envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial, Zé Kéti se transferiu, em 1940, para a Polícia Militar (PM), no intuito de não ser chamado para a guerra. Contudo, não deixa de frequentar a noite carioca e compor para diferentes escolas de samba. Quando sai da PM, emprega-se em uma gráfica, mas a vida boêmia ocasiona constantes atrasos no trabalho e, consequentemente, sua demissão.

No início dos anos 1950, compõe o samba que se torna um dos seus maiores sucessos, A Voz do Morro. A música é gravada pelo cantor Jorge Goulart, em 1955, com arranjo de Radamés Gnattali. 






No mesmo ano, a composição é tema do filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, e posteriormente do programa Noite de Gala (TV Rio, Canal 13), em orquestração do maestro Luiz Arruda Paes, em 1957.




 Das conversas quando frequentava o bar Zicartola, surge a ideia de realização de uma apresentação musical. O resultado é a peça Opinião, de autoria de Oduvaldo Vianna Filho, nomeada a partir do samba homônimo de Zé Kéti, que estreia no ano de 1964, estrelada por Nara Leão.

 


 Na peça também são lançadas  Diz que Fui por Aí (parceria com Hortêncio Rocha) e Acender as Velas.







Um frequentador assíduo da noite carioca, Zé Kéti chegou a compor para diferentes escolas de samba, como a Mangueira, a União de Vaz Lobo e a Portela. Contudo, depois que chegou à Portela, com o samba Jequitibá, virou um portelense apaixonado pela escola, para a qual compos diversas músicas como Portela Feliz, que se tornou uma espécie de hino.




No Carnaval de 1967, 
com Hildebrando Pereira Matos, 
compõe a marcha-rancho e 
um dos maiores êxitos de sua carreira,
Máscara Negra


Máscara Negra, com Zé Keti, foi lançada pelo selo Mocambo, da Rozenblit, em janeiro de 1967.




No início dos anos 1970, separou-se da segunda mulher - com a primeira teve cinco filhos - e foi para São Paulo. Em 1987, no início de julho, teve o primeiro derrame cerebral. . Em 1995, voltou para o Rio e foi morar com uma das filhas. Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. 


Em agosto, com a morte de sua ex-mulher, entrou em profunda depressão. Morreu a 14 de novembro, aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos.



Uma das mais lindas de suas canções...MASCARADA





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