Os portugueses batizaram o morro de
Pináculo da Tentação,
depois o rebatizaram de Corcovado.
A ideia do Cristo na montanha do Corcovado
partiu da Princesa Isabel.
Em 1859 o padre Pedro Maria Boss chegou, se deparou com a beleza da vista do Corcovado e pediu recursos à Princesa Isabel, para erguer um monumento religioso.
Foi nesse mesmo momento que a própria Princesa teve a ideia da construção da estátua de Jesus Cristo , “o verdadeiro redentor” em suas palavras como cristã.
A ideia da construção do monumento voltou à tona em 1921, para marcar a comemoração do Centenário da Independência do Brasil, no ano seguinte.
Quatro anos depois, as obras foram iniciadas. Através de um concurso, o engenheiro Heitor da Silva Costa tornou-se o responsável pelo projeto de construção do monumento. Para executar a maquete definitiva da estátua e estudar problemas de construção e de base, Heitor foi para a Europa, onde escolheu o arquiteto Paul Landowsky para desenvolver o projeto. Foi organizada, então, a Semana do Monumento - uma campanha para recolher contribuições dos católicos.
engenheiro Heitor da Silva Costa
Em 1928, uma comissão de técnicos examinou estudos, projetos e orçamentos. A armação metálica foi substituída por uma estrutura de cimento armado, e a imagem assumiu a forma de uma cruz. Vários materiais foram cogitados para o revestimento da estátua, mas por fim foi escolhida a pedra-sabão, que embora seja um material fraco é extremamente resistente ao tempo e não deforma nem racha com as variações de temperatura. Em 1931 não se falava outra coisa na cidade e o monumento do Cristo Redentor foi, enfim, inaugurado no dia 12 de outubro de 1931, no alto do Morro do Corcovado. O evento de inauguração teve a presença do cardeal Dom Sebastião Leme, que disse: "... esta sagrada imagem seja o símbolo do vosso domínio, do vosso amparo, da vossa predileção, da vossa benção que paira sobre o Brasil e sobre os brasileiros...".
Molde da cabeça do Cristo foi parar em leilão
O molde original da cabeça do Cristo Redentor foi arrematado, em agosto de 2001, pela Prefeitura do Rio, em um leilão, por R$ 84 mil. A peça, que serviu de base para a construção do rosto da estátua, foi feita em terracota e mede 70 cm de altura. Sua construção data de 1926 e estava em poder da família de um ex-empresário do setor têxtil.
A Estrada de Ferro do Corcovado
É mais antiga a Estrada de Ferro do Corcovado e faz aniversário três dias antes da estátua, no dia 9 de outubro.
Inaugurada em 1884 por D. Pedro II, foi a primeira ferrovia eletrificada do Brasil.
O caminho que leva à estátua do Cristo Redentor nasceu da paixão do imperador D. Pedro II pela paisagem local. A implantação da Estrada de Ferro do Corcovado foi iniciada em 1882. Dois anos depois, o trecho entre o Cosme Velho e as Paineiras foi inaugurado, com a presença da família imperial. O trem, na época a vapor, foi considerado uma modernidade idealizada pelos engenheiros Francisco Pereira Passos e João Teixeira Soares por percorrer 3.829 metros de linha férrea, em terreno totalmente íngreme.
Um detalhe importanteO sistema de tração através de cremalheiras, catracas que impedem o trem de escorregar na subida mesmo que seja obrigado a parar, é utilizado desde da fundação da estrada.
Em 1885, é inaugurado o trecho entre as Paineiras e o Corcovado, completando assim a extensão total da Estrada de Ferro. Em 1910 foi substituído o vapor pela eletricidade, devido a questões econômicas e ambientais. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira estrada de ferro eletrificada da América do Sul, a Estrada Cosme Velho-Corcovado. Em 1979, os pioneiros vagões, em madeira, foram aposentados. Famosos no trem D. Pedro II foi o primeiro, mas muitos visitantes famosos já passaram pelos trilhos da Estrada de Ferro do Corcovado.
Subiram no trem o cientista Albert Einstein,
o rei Alberto da Bélgica,
a princesa Diana ,
Santos Dumont,
os ex-presidentes Getúlio Vargas
e Epitácio Pessoa,
dentre outros.
o rei Alberto da Bélgica,
a princesa Diana ,
Santos Dumont,
os ex-presidentes Getúlio Vargas
e Epitácio Pessoa,
dentre outros.
As fotos mostram a construção do monumento, a estação original - tombada pelo Patrimônio - , o antigo vagão em madeira e o molde do rosto.
Sempre me encanto com a história do Cristo Redentor. E me espanta que os cariocas não associem o nome de Pereira Passos a essa obra.
ResponderExcluirJá publiquei sobre o Pináculo da Tentação, pena sua demolição em 1947,embora já afastado do pico.