Os episódios lamentáveis e recentes expuseram um morro carioca, da zona norte da cidade, que um dia foi uma bela região: o Morro dos Macacos, em Vila Isabel.
A primeira favela teria ali se iniciado em 1921.
A ocupação começou através de guardas florestais e trabalhadores da Prefeitura que traziam para morar no morro seus familiares, amigos e conhecidos, pois se diziam donos dos terrenos. Essa história de dono do morro, como se vê, é antiga.
Esses guardas não deixavam qualquer pessoa fazer barraco por ali. Aí os não conhecidos procuravam locais mais no alto para os guardas não verem. Quando eles viam já tinha gente lá dentro, tinha criança dormindo e acabavam deixando ficar. E assim, muitos foram ficando.
A ocupação começou através de guardas florestais e trabalhadores da Prefeitura que traziam para morar no morro seus familiares, amigos e conhecidos, pois se diziam donos dos terrenos. Essa história de dono do morro, como se vê, é antiga.
Esses guardas não deixavam qualquer pessoa fazer barraco por ali. Aí os não conhecidos procuravam locais mais no alto para os guardas não verem. Quando eles viam já tinha gente lá dentro, tinha criança dormindo e acabavam deixando ficar. E assim, muitos foram ficando.
As primeiras habitações eram feitas de estuque. Habitantes mais velhos, pioneiros do morro dizem que para obterem água tinham que encher muitas latas, que buscavam na Borda do Mato( Andaraí), na fábrica de água sanitária e no Corpo de Bombeiros, no Grajaú. A luz era obtida com lampiões e lamparinas.
O tempo, a amplidão da área , a falta de fiscalização fizeram o crescimento desordenado.
Na realidade o Morro dos Macacos fazia parte de uma antiga fazenda, a Fazenda do Macaco, que pertenceu inicialmente aos jesuítas, e por lá uma plantação de cana-de-açúcar. Mais tarde foi confiscada pelo Marques de Pombal em favor da família real. Com isso, D. Pedro I, por ser um adorador da natureza, passou a visitá-la regularmente.
Após a morte de sua esposa Dona Leopoldina em 1826, D. Pedro I casou-se outra vez em 1829, dando a fazenda para sua nova esposa, Amélia de Beauharnais.
No entanto, quando ele voltou para Portugal, as terras ficaram abandonadas. Somente com a retificação do Rio Joana, em 1870, é que o interesse volta-se novamente para a fazenda.
A partir daí, devido ao crescente estímulo de ocupação da área, é feito um levantamento cartográfico, que indica a Rua do Macaco, atual 28 de Setembro, como via principal de acesso à fazenda.
A partir daí, devido ao crescente estímulo de ocupação da área, é feito um levantamento cartográfico, que indica a Rua do Macaco, atual 28 de Setembro, como via principal de acesso à fazenda.
As terras da Fazenda do Macaco só tiveram novo dono em 1872, quando o Barão de Drummond as comprou da Imperatriz Amélia I do Brasil, Duquesa de Bragança, já então viúva de D. PedroI ( falecido em 1834).
A antiga fazendo era muito grande e começava numa localidade chamada de Pantanal, bem em frente ao famoso Morro da Mangueira, e só terminava no que hoje é o bairro de Engenho Novo.
A Fazenda do Macaco foi subdivida em vários bairros, urbanizados, mas esqueceram do Morro dos Macacos. Infelizmente.
Em tempo: a fazenda dos Macacos, dizem relatos, abrigava muitos macacos, daí seu nome.
Elisabeth,
ResponderExcluirlendo algumas outras matérias já me tornei sua fã.
Os temas sobre o RJ são muito interessantes e curiosos.
Vou voltar e ler mais, mais vezes.
Gilda Antoniazzi