terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Primavera inspiradora...

Desde as primeiras projeções, os filmes mudos eram sempre acompanhados de música incidental, seja por pianistas, instrumentistas, pequenos conjuntos ou até orquestras completas.

Aí vieram os chamados filmes cantantes, onde som e a imagem ganharam outra dimensão: sincronismo sonoro. Através do acompanhamento musical, nas cenas projetadas, e, principalmente, entre as canções apresentadas ao vivo e as partes cantadas na tela, típicas dos gêneros musicais, ocultação dos atores e cantores atrás da tela, etc.

A partir de 1930, a infra-estrutura para a produção de filmes no país se sofistica com a instalação do primeiro estúdio cinematográfico, o da companhia Cinédia, no Rio de Janeiro, de Adhemar Gonzaga, jornalista que escrevia para a revista Cinearte.

E aí surge o cinema ligado à revista musical, com a fórmula de sucesso, que alternava músicas e sátiras da época.

Um desses filmes, e um marco do gênero é Alô, alô Brasil, produzido pela Cinedia em 1935, que marca a estréia de Carmem Miranda, cantando, em um longa-metragem.

Nesse tempo, no Rio, durante a primavera preparavam-se as festas da mocidade, com as lindas Rainhas da Primavera, ótimo motivo para produção de músicas de todos os gêneros. Nisso inspirado, João de Barro, o Braguinha, compôs uma alegre marcha:  PRIMAVERA NO RIO





Na foto abaixo, Carmem Miranda interpreta a música Primavera no Rio, no número final do filme Alô, Alô Brasil, de 1935. Fechar um filme com número musical, na época, era honra reservada somente aos grandes artistas. Carmem estreou em grande estilo!



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