Esta data foi escolhida porque a 5 de novembro de 1849 nasceu Rui Barbosa, um dos intelectuais brasileiros mais brilhantes de todos os tempos.
Rui Barbosa era dotado não apenas de inteligência privilegiada, mas também de grande capacidade de trabalho. Essas duas características permitiram-lhe deixar marcas profundas em várias áreas de atividade profissional: no campo do direito - seja como advogado, seja como jurista -, do jornalismo, da diplomacia e da política.
Orador imbatível e estudioso da língua portuguesa, sua produção intelectual é vastíssima, e como um liberal, foi sempre um defensor incansável de todas as liberdades. Seus pensamentos não perdem a atualidade.
A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta.
A justiça pode irritar porque é precária. A verdade não se impacienta porque é eterna.
A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.
Rui Barbosa , baiano de nascimento, escolheu o Rio de Janeiro para morar. Sua casa, hoje uma fundação, está localizada em lote de uma das antigas chácaras de Botafogo - atual Rua São Clemente - que, no século XIX e primeiras décadas do século passado, era o bairro preferido pela aristocracia como área residencial. Em estilo neoclássico, a casa, situada no meio de um vasto jardim, foi residência de Rui e de sua família até 1923.
reprodução site- acervo Fundação Casa de Rui Barbosa
Em 1924, um ano após sua morte, o governo comprou o prédio, inclusive a biblioteca e o arquivo de Rui. Quatro anos mais tarde, adquiriria também o mobiliário.
Em 13 de agosto de 1930 o presidente Washington Luís inaugurava-a como o primeiro museu-casa do Brasil, homenageando seu antigo líder político. Na ocasião, cada um dos aposentos ganhou um nome, rememorando passagens significativas de seu patrono.
A Rui Barbosa são atribuídas histórias curiosas por conta de sua linguagem. Aqui vale o registro de uma delas.
Em noite de feroz inspiração, Rui Barbosa saiu a passeio pelo campo, e, topando com um roceiro que contemplava o luar, disse-lhe:
- És um amante do belo! Acaso, já viste também os róseos-dourados dedos da aurora tecendo uma fímbria de luz pelo nascente, ou as sulfurosas ilhotas de sanguíneo vermelho pairando sobre um lago de fogo a esbrasear-se no poente, ou as nuvens como farrapos de brancura obumbrando a lua, que flutua esquiva, sobre um céu soturno
- Ultimamente, não - respondeu o caipira pasmado. Faz um ano que num boto pinga na boca.
VIVAS AO DIA DA CULTURA!
VIVAS A RUI BARBOSA!
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