segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

É tempo de confete e serpentina



Eles enfeitam o carnaval e dão colorido à  folia.
Vieram de longe. 
Oui,oui... 
da Europa!




 Em Paris para fazer a serpentina um empregado do telégrafo usou durante o Carnaval de Paris tiras de papel código Morse, que iriam para o lixo. Eram jogadas das janelas e nos galhos das árvores. Daí que na década de 1890, as autoridades proibiram o uso de rolos de serpentina durante a folia sob o pretexto que a sua retirada das árvores, realizada com ganchos de ferro, era cara e danificava a vegetação.

  Mas a forma e o nome confete tem ascendência italiana. Antes do papel colorido e redondinho, existia o   confetto, do Latim confectum, “feito, fabricado, preparado”, de com-, “junto”, mais facere, “fazer”. Usou-se primeiro para frutas secas recobertas de açúcar, depois para outros doces recobertos com ele.

Por incrível que pareça, o pessoal atirava esses docinhos uns nos outros nos carnavais de outrora, na Europa; depois se deram conta de que era desperdício demais e começaram a usar bolinhas de gesso colorido e afinal pequenos pedaços de papel redondo, o que saía bem mais em conta. 

Como se dizia em Italiano confetti, plural, em Português se fez a palavra confete, no singular.

No Rio de Janeiro, o confete e a serpentina chegaram junto com o costume dos corsos e foram comemorados pelos jornais como símbolos de civilização, longe das águas, talco, lamas inspiradas no entrudo.  

Aí vieram as Batalhas de Confete, ou Batalhas de Flores,  nomes dados, no início do século XX, às promenades características do carnaval da elite carioca, baseadas nas "Batailles des Fleurs" do carnaval de Nice.
Mas para isso era necessário possuir uma carruagem, ou mais tarde um automóvel. Assim essa diversão  era uma exclusividade das classes mais abastadas e tinham caráter inocente e familiar. A brincadeira consistia basicamente num passeio de carruagens (ou de automóveis) enfeitadas que, transportavam grupos de pessoas fantasiadas. Ao se cruzarem, os foliões lançavam uns sobre os outros, pequenos buquês de flores, confetes ou serpentinas procurando copiar os modos "civilizados" do carnaval de Nice.

A inauguração do eixo Avenida Central-Avenida Beira-Mar, em 1906, deu grande impulso à brincadeira.

O projeto de um carnaval sofisticado e exclusivo  se transformaram com o tempo em algo mais popular, se acariocou  e  surgiu o corso.


Assim o  RIO QUE MORA NO MAR inicia aqui seu passeio pelo Carnaval Carioca.

BOA FOLIA!


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