Ao todo, o Rio tem mais de 400 relógios em ruas ou fachadas.
O lampadário do Largo da Carioca, que hoje serve de suporte para o
relógio, foi construído em 1909 pela Fundição Brasileira de Ferro e Bronze Kobler e
Cia., durante a administração de Pereira Passos.
O lampadário é de ferro, e em cima um relógio de quatro faces decorado por três figuras alegóricas de sereias aladas, que representam o
comércio, a indústria e a navegação. Essa peça do mobiliário urbano
marca as transformações do Rio de Janeiro na chamada belle époque
tropical.
O relógio, movido a corda, tem sua manutenção feita semanalmente por um relojoeiro, José Mendes Neto, que há 14 anos cuida da peça. A engrenagemdo relógio é alemã e toda original.
A peça foi
recuperada em 2011 e Mendes mantém no
carro as chaves usadas para dar corda e a que abre a porta da engrenagem
do relógio.
Curiosidades Cariocas, Histórias do Rio de Janeiro,Rio Antigo, Turismo no Rio de Janeiro.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Relógios do Rio
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Meu nome é Elizabeth,sou designer gráfica. Como carioca da gema, adoro essa cidade e gosto de compartilhar histórias vividas, ouvidas ou pesquisadas desse Rio de Janeiro.
***
Dois versos favoritos:
"Eu teria um desgosto profundo, se faltasse um Flamengo no mundo" (Hino do Flamengo) e
"Rio você foi feito pra mim" (Samba do Avião)
sábado, 25 de janeiro de 2014
RIO EM FLOR DE JANEIRO
RIO EM FLOR DE JANEIRO
A gente passa, a gente olha, a gente páraDe Carlos Drummond de Andrade.
e se extasia.
Que aconteceu com esta cidade
da noite para o dia?
O Rio de Janeiro virou flor
nas praças, nos jardins dos edifícios,
no Parque do Flamengo nem se fala:
é flor é flor é flor,
uma soberba flor por sobre todas,
e a ela rendo meu tributo apaixonado.
Pergunto o nome, ninguém sabe. Quem responde
é Baby Vignoli, é Léa Távora.
(Homem nenhum sabe nomes vegetais,
porém mulher se liga à natureza
em raízes, semente, fruto e ninho.)
Iúca! Iúca, meu amor deste verão
que melhor se chamara primavera. Yucca gloriosa, mexicana
dádiva aos canteiros cariocas.
Em toda parte a vejo. Em Botafogo,
Tijuca, Centro, Ipanema, Paquetá,
a ostentar panículas de pérola,
eretos lampadários, urnas santas,
de majestade simples. Tão rainha,
deixa-se florir no alto, coroando
folhas pontiagudas e pungentes.
A gente olha, a gente estaca
e logo uma porção de nomes populares
brota da ignorância de nós todos.
Essa gorda baiana me sorri:
– Círio de Nossa Senhora… (ou de Iemanjá?)
– Vela de pureza, outra acrescenta.
– Lanceta é que se chama. – Não, baioneta.
– Baioneta espanhola, não sabia?
E a flor, que era anônima em sua glória,
toda se entreflora de etiquetas.
Deixemo-la reinar. Sua presença
é mel e pão de sonho para os olhos.
Não esqueçamos, gente, os flamboyants
que em toda sua pompa se engalanam
aqui, ali, no Rio flóreo.
Nem a dourada acácia,
nem a mimosa nívea ou rósea espirradeira,
esse adágio lilás do manacá,
esse luxo do ipê que nem-te-conto,
mais a vermelha aparição
dos brincos-de-princesa nos jardins
onde a banida cor volta a imperar.
Isto é janeiro e é Rio de Janeiro
janeiramente flor por todo lado.
Você já viu? Você já reparou?
Andou mais devagar para curtir
essa inefável fonte de prazer:
a forma organizada
rigorosa
esculpintura da natureza em festa, puro agrado
da Terra para os homens e mulheres
que faz do mundo obra de arte
total universal, para quem sabe
(e é tão simples)
ver?
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Meu nome é Elizabeth,sou designer gráfica. Como carioca da gema, adoro essa cidade e gosto de compartilhar histórias vividas, ouvidas ou pesquisadas desse Rio de Janeiro.
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"Eu teria um desgosto profundo, se faltasse um Flamengo no mundo" (Hino do Flamengo) e
"Rio você foi feito pra mim" (Samba do Avião)
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Sucesso musical de 1964
Há 50 anos ...
Festa de Arromba, o primeiro grande sucesso de Erasmo Carlos
Capa do compacto simples, Erasmo Carlos com a Praia de Copacabana de fundo
Festa de Arromba, o primeiro grande sucesso de Erasmo Carlos
Capa do compacto simples, Erasmo Carlos com a Praia de Copacabana de fundo
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Meu nome é Elizabeth,sou designer gráfica. Como carioca da gema, adoro essa cidade e gosto de compartilhar histórias vividas, ouvidas ou pesquisadas desse Rio de Janeiro.
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"Rio você foi feito pra mim" (Samba do Avião)
sábado, 18 de janeiro de 2014
Vendedores das praias cariocas de ontem
"L´amour, quer um mate?",A história foi publicada e era o verão de 1964.
perguntou o mulato inzoneiro Antônio Hora Certa quando viu Brigitte Bardot em plena Avenida Atlântica.
"How much?",
devolveu a atriz francesa e ouviu: mulher bonita não paga, mas também não leva - bordão usado, muitas vezes, por Antônio.
Os personagens: a atriz que visitava a cidade e Antônio, o primeiro vendedor da praia de Copacabana, que começou o ofício em 1958.
Mas vendedores e ambulantes percorreram a cidade desde sempre.Inicialmente escravos libertos, mas também tinham estrangeiros, viúvas, órfãos, em busca de oportunidades. Ofereciam de tudo. E assim foram surgindo através dos tempos.
-
o vendedor de cestos - final do século XIX
- garrafeiros

- doceiros

- vendedor de pão doce

- o vendedor dos pirulitos de açúcar queimado - aqueles em cone - com sua matraca
dos anos 60
- o vendedor da Geneal, o das carrocinhas ou os das caixas, dos anos 70


- o vendedor da limonada " chorada" das praias
e o popularíssimo vendedor de mate de tonel,
que hoje se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial da Cidade
que hoje se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial da Cidade
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Vendedores das praias cariocas
O “desfile” de mercadorias coloridas na faixa de areia das praias
cariocas já foi incorporado à paisagem e entrou no foco de reportagens com imagens que fazem arte com o colorido exuberante das mercadorias.
Vale ainda passear por vendedores de outros tempos...

Vale ainda passear por vendedores de outros tempos...
Uma história curiosa... e verdadeira
"L´amour, quer um mate?",
perguntou o mulato inzoneiro Antônio Hora Certa quando viu uma linda loura em plena Avenida Atlântica.
"How much?",
devolveu a atriz francesa e ouviu: mulher bonita não paga, mas também não leva - bordão usado, muitas vezes, por Antônio.
Os personagens: a atriz Brigite Bardot que visitava a cidade e Antônio, o primeiro vendedor da praia de Copacabana, que começou o ofício em 1958.
A história foi publicada e era o verão de 1964.
A história foi publicada e era o verão de 1964.
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domingo, 12 de janeiro de 2014
Balanço Zona Sul
ATUALIZADO EM 2019
Essa composição de Tito Madi,
que teve sua gravação original em 1964,
há 55 anos,
é a cara do RIO.
Com o próprio Tito Madi, arranjo de Eumir Deodato e participação especial de Durval Ferreira, a canção BALANÇO ZONA SUL começou uma trajetória de sucesso de inúmeras interpretações e regravações.
Ouça a gravação original
Gravação de Wilson Simonal
Gravação de Sandra de Sá
Versão instrumental com o fabuloso Zimbo Trio
com o Sambalanço Trio,
A interpretação d' Os Cariocas
Gravação de Peri Ribeiro
Gravação com o piano fantástico de Pedrinho Mattar
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música do Rio de Janeiro
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
O Homem do RIO
O Homem do Rio - L´homme de Rio - foi um filme, sucesso de 1964, há 50 anos,
com o ator Jean-Paul Belmondo.
com o ator Jean-Paul Belmondo.
O filme é uma perseguição por conta do roubo de uma relíquia amazônica do Museu do Homem, em Paris. São filmadas cenas em Brasília, quando esta ainda estava em construção, Jean-Paul Belmondo passa pela cidade e dá rasantes com um pequeno avião e também no Amazonas.
Várias cenas do filme se dão no Rio de Janeiro, inclusive as de perseguição.
Um filme bem brasileiro, um bom retrato no nosso país na década de 60. Conta com a participação do sambista carioca Zé Keti e Milton Ribeiro ( imortalizado no nosso cinema como o "cangaceiro malvado").

Ficha Técnica:
Título: O Homem do Rio ( L´homme de Rio)
Gênero: Ação, Comédia
Lançamento: 1964
País: França/Itália/Brasil
Direção e Roteiro: Philippe de Broca
Elenco: Jean-Paul Belmondo, Milton Ribeiro, Simone Renant, Adolfo Celi, Françoise Dorléac, Daniel Ceccaldi, Max Elloy, Lucien Raimbourg, Jean Servais, Roger Dumas, Ubiracy de Oliveira, Louise Chevalier, Nina Myral, Zé Keti
(O diretor Philippe de Broca e o ator Jean-Paul Belmondo já haviam trabalhado juntos em Cartouche, em 1961).
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há 50 anos no Rio de Janeiro...,
o rio em filmes
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Verão no RIO...2
Continuando o assunto verão carioca...
Os ousados modelos de biquini de pano, dos anos 1960, trouxeram o modelo meia-taça.
Eram feitos na máquina de costura, não tinham nas lojas. Com fru-frus, xadrezinho, estampas, listras,...
Nos cabelos, a faixa, a franja e o cabelo geralmente comprido, liso pela touca (!), ou eriçados e altos pra trás.
Praia de Ipanema, anos 1960

Praia de Ipanema, anos 1970
Fotos, O Globo - reprodução
Cadeira de praia? Sentar na praia? Que nada! O must era deitar. Cavava-se a areia para fazer uma cama fundinha , depois um morrinho alto como travesseiro. Cobrir com uma toalha e...pronto.
Ruim, mesmo, era na hora de ficar deitada de costas. Ufa! Tinha de ir ajeitando a areia...
Praia de Ipanema, anos 1970, nos tempos do Pier, Posto 9

Fotos, Revista Manchete - reprodução
Um sucesso musical dos anos 60,
tinha a praia como protagonista.
tinha a praia como protagonista.
A música A Praia- versão de Bruno Silva para "La Playa", de Jovan Wetter e Pierre Elie
Barouth - com o cantor Agnaldo Rayol, a voz da época , foi o super sucesso de 1965.
Para se ter idéia do êxito que a canção fez, a marca de creme
dental Kolynos a utilizou numa
promoção: AGNALDO RAYOL CANTA A PRAIA SÓ PRA VOCÊ!
Quem comprava cinco unidades do produto ganhava um COMPACTO
( de papelão) com a fotografia impressa do cantor.
Foram
vendidas milhares de unidades, e até hoje muitas pessoas ainda guardam o compacto de brinde.
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Verão no RIO
O Rio e o verão sempre tiveram uma grande parceria.
A praia para o carioca não só fazia parte da paisagem, mas sua companheira assídua.
Ao longo das décadas modas e modismos passearam pelas orlas e pela areias.
Há 70 anos, em1944, o Leite de Colonia lançava o anúncio - acima -
As sereias de Copacabana...
onde se vê ousados duas peças, mas nas praias ainda frequentavam comportados maiôs de pano ou malha, como os das irmãs Aurora e Carmen Miranda na clássica foto na sacada do Copacabana Palace.As sereias de Copacabana...
Nos anos 50 os maiôs ficaram justos modelando mais o corpo e surgia a fibra Helanca
que permitia cortes mais ousados
Acima, Postal COLOMBO - Copacabana, anos 1950
Praia de Copacabana
Foto, O Globo - reprodução
Foto, O Globo - reprodução
VEJA MAIS EM
VERÃO NO RIO...2
RIO, VERÃO E AMOR
SAMBA DE VERÃO
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