Em 1954, há 60 anos, um anúncio de pagina inteira no jornal O GLOBO avisava que
era possível tornar-se proprietário no Edifício Richard, na Rua Barata Ribeiro 200, esquina com a Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana.
“com um mínimo de capital”
era possível tornar-se proprietário no Edifício Richard, na Rua Barata Ribeiro 200, esquina com a Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana.
“construção de primeira e acabamento esmerado”,
“próximo à praia”
Quem adquiriu um dos mais de 500 apartamentos (são 45 por
andar !), no “conjunto arquitetônico moderno”, acabou abrigado num endereço que se
tornaria recorrente na crônica policial da cidade.
As brigas, as tragédias e os escândalos protagonizados por alguns de seus
seus milhares de moradores inspiraram, no início da década de 70, a peça
"Barata Ribeiro 200", de Paulo Pontes. Os moradores, na época não
gostaram da citação e decidiram recorrer à Justiça.
O nome da peça foi mudado para "Um edifício chamado
200".
De uns tempos pra cá o edifício também mudou de número. Passou a ser
Barata Ribeiro, 194.
Tem coisas que de tão increditáveis não dá pra entender como se dá
licença pra que se construam.
Licenças como essa, acabaram erguendo vários edifícios nesse perfil, que em
nada contribuem para a qualidade de vida de seus moradores, nem pra cidade.
Além do Edifício Richard, há alguns outros famosos prédios
com população maior que muita cidadezinha, também construídos na década de 1950,
como o Master, também em Copacabana – retratado em excelente
documentário – , o Solimar – ex- Rajá – em Botafogo, o
Balança mas não cai, na Praça Onze, o Parque Residencial
Laranjeiras, o Minhocão na Gávea.
O governo Carlos Lacerda – um grande governo que
essa cidade jamais voltou a ter- proibiu em 1960 a
construção de quitinetes.
Mas o o governo Saturnino Braga – o que faliu
a prefeitura do Rio – voltou a permitir a construção em 1988.
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