O produtor, poeta e letrista parceiro de grandes como Cartola, Dona Ivone Lara e Paulinho da Viola e descobridor - na Taberna da Glória - do talento de Clementina de Jesus, sempre seguiu à risca seu mestre inspirador Mário de Andrade :“ ter os ouvidos atentos a tudo o que há de bom no mundo".
E sempre fez isso.
Na Rádio Nacional, como ouvinte e frequentador, onde conheceu mestres como Radamés Gnattali; na escola pública onde estudou canto orfeônico; na igreja e o canto gregoriano; no Teatro Municipal dos Concertos para a Juventude; quando ouviu Aracy de Almeida cantando Noel.
Em recente entrevista se definiu como o“mulato de cabelos brancos e olhos verdes ...que tem uma atração quase sexual pela estranheza ", revelando " a admiração pela rouquidão de Louis Armstrong, a dramaticidade misturada à languidez e ao torpor da bebida de Billie Holliday, o ineditismo do canto de Aracy de Almeida, o violão e a voz de Nelson Cavaquinho, a estranheza introspectiva de Zezé Gonzaga, que cantava como se passasse uma pátina de ouro pela canção."
"Clementina.
Quando a ouvi,
tive materializada
toda a estranheza fascinante
que poderia imaginar."
Quando a ouvi,
tive materializada
toda a estranheza fascinante
que poderia imaginar."
Hermínio foi também o responsável por marcos na cena carioca como o espetáculo Rosa de ouro e o Projeto Pixinguinha.
Rosa de Ouro acaba de completar 50 anos. O espetáculo produzido por Kleber Santos para o Teatro Jovem, há revelou, aos 63 anos, uma das mais autênticas e talentosas cantoras brasileiras, Clementina de Jesus, possibilitou o reencontro com o público da maior estrela de revista dos nossos palcos, Aracy Cortes, além de lançar o mais representativo conjunto vocal dos morros cariocas, formado por compositores das escolas de samba Estação Primeira, Portela, Acadêmicos do Salgueiro e Aprendizes de Lucas.
VIVAS A
HERMÍNIO BELLO DE CARVALHO!
HERMÍNIO BELLO DE CARVALHO!
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