Depois de quatro anos de obras, o imóvel da Rua da Carioca 38 — construído em 1902 e carinhosamente chamado de mourisquinho por conta de suas características mouras — abre as portas.
— A Casa é um sonho antigo, uma necessidade, uma demonstração de respeito e o cumprimento de uma obrigação com essa que é a mais antiga e rica cultura musical do nosso país." presidente da Casa, a cavaquinista Luciana Rabello.
— "Estamos em festa, pois esta é uma dívida histórica com o gênero que é a fotografia do Brasil e sua mistura de raças. Muita gente acha que choro é musica de velho, mas é a cara da miscigenação. Esta casa é o resultado da luta de muitas pessoas comprometidas com esta cultura, agora é ocupar com responsabilidade para preservar ainda mais esta história "
o violonista Yamandu,Costa
O choro é a primeira música urbana do Brasil. Já deveria ser patrimônio cultural da humanidade, sugerem alguns. Nascido nos subúrbios do Rio por volta de 1870, o choro tem herança na música europeia — valsa e polca, sobretudo —, mas carregada no sotaque nacional.
Em 1830 nasceu Henrique Alves de Mesquita, conhecido como o primeiro compositor do que, a partir de 1876, veio a ser chamado de choro. Antes de 1876, o gênero era denominado polca cateretê, uma mistura do ritmo europeu com influências indígenas, o primeiro fusion da música brasileira .
O choro é uma música elegante, profunda, afetiva — observa Amelia, lembrando que depois do choro veio o chorinho, a versão cantada do gênero
A Casa do Choro tem oito salas de aula e ensaio espalhadas pelos três andares do prédio de 780 metros quadrados. Também há um centro de memória, um auditório com capacidade para 120 pessoas e um espaço voltado a rodas de choro no fim do dia.
Então... o Rio ganhou um local oficial onde podemos chorar o tempo todo!
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