Um texto delicioso do grande cronista Antônio Maria, de abril de 1955, há 60 anos.
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"Aqui está uma carta deliciosa, de boêmio e freqüentador da noite. Espero
que o leitor encontre nela tudo que encontramos de saboroso.
Comecemos a transcrição desde o trecho que diz:
“ Mas vamos ao ocorrido. Bebemorando a minha solidão, estava eu no “Bidou” ( ao contrário do que se fala, um refúgio alegre, com boa música, bonitas cantoras e ainda um proprietário de sobrenome Alvarado, atencioso, que se dedobre em cantor, locutor,apresentando o “show” ótimo para as dimensões da casa, que ainda é caixa e ajuda o “barman” na preparação dos “drinks” para os fregueses da sua“ boite” diariamente superlotada... estava eu, quando entrou um senhor visivelmente sem classe para beber, pois demosntrava a sua embriaguez, dizendo ser (CENSURADO) e exigindo, em altos berros, que todos se retirassem e que o senhor Alvarado fechasse imediatamente a “boite”. Como todo brasileiro que se preza, quis fazer valer o meu “cartão”, porém as circunstâncias de ser casado, exercer certa função s ser mal compreendido por aqueles que gostam mas fingem que não gostam de “boites”, prefeeri ficar anônimo, como também ficarei nesta, prometendo-lhe apresentar-me, pessoalmente e cumprimentá-lo pelos seus serviços jornalísticos. Felicidades. Um Boêmio”.
Na carta desse “Boêmio” ( uma jóia de carta) eu descubro que houve uma
daquelas “incertas” da Polícia no famoso “Bidou” da Prado Júnior.
Esse amável leitor pretende que eu verbere o policiamento policial para com a “boite” de Don Alvarado, não é ?
Então, faça-se a sua vontade.
Foi um absurdo o que fizeram no “Bidou”, bar pacato de uma gente pacata, dirigido por um artista, esse Alvarado que canta, fala, cobra e recebe. Espero que o 2o. Distrito repare a sua feia atitude, sua violência, indo incorporado à presença do dito Alvarado, para desagravá-lo publicamente.
Esse amável leitor pretende que eu verbere o policiamento policial para com a “boite” de Don Alvarado, não é ?
Então, faça-se a sua vontade.
Foi um absurdo o que fizeram no “Bidou”, bar pacato de uma gente pacata, dirigido por um artista, esse Alvarado que canta, fala, cobra e recebe. Espero que o 2o. Distrito repare a sua feia atitude, sua violência, indo incorporado à presença do dito Alvarado, para desagravá-lo publicamente.
Está satisfeito, meu caro leitor?"
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