sábado, 30 de dezembro de 2017

A ROSA centenária de Pixinguinha

A valsa Rosa do mestre Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, um primor tanto na versão original, sem letra, quanto na versão mais conhecida com letra de Otávio de Souza foi composta em 1917 e possui algumas curiosidades.

O título original era Evocação. E como manda a regra e a tradição do choro, a música foi composta em três partes. Mais tarde, recebeu letra apenas para primeira e segunda partes e foi gravada e regravada muitas vezes dessa forma.

Rosa e suas três partes

 

Aliás, a letra de Rosa é um capítulo à parte. Rebuscada, parnasiana e lindíssima foi composta pelo improvável Otávio de Souza. Otávio era um mecânico de profissão, morador do Engenho de Dentro e que morreu jovem e nunca compôs nada parecido com Rosa. Um compositor de uma única música, uma obra prima.
Conta a lenda que Otávio se aproximou de Pixinguinha enquanto o Mestre bebia em um bar do subúrbio carioca para falar que havia uma letra que não saía de sua cabeça toda vez que ouvia a valsa. Pixinguinha ouviu e ficou maravilhado.
A gravação clássica é a de  Orlando Silva que foi a responsável pela popularização de Rosa, com erro de concordância e tudo no trecho "sândalos dolente". Rosa era a canção preferida da mãe de Orlando Silva, Dona Balbina. Após sua morte, em 1968, Orlando Silva jamais voltou a cantar a canção pois sempre chorava.




O desafio de regravar  Rosa foi tentado por alguns intérpretes dentre eles Marisa Monte e Caetano Veloso.







2 comentários:

  1. Excelente trabalho. Obrigado pela aula. Feliz Ano Novo 🎊🎇🎆 a todos.




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    Respostas
    1. Obrigada. Faço o blog com muito carinho e respeito a essa cidade que amo. Visite sempre!
      Abs,
      Elizabeth

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