O hábito de cheirar o lança-perfume , como efeito etílico, vem de 1928, há 90 anos,
quando a imprensa bradava
é servido com escândalo no carnaval".
Mas ele, o lança-perfume, chegou no carnaval carioca de 1911.
Vindo da Suíça, da Fábrica Rodo, teve uma encomenda tão extraordinária, no valor de 4.500 contos de réis, que naquele ano veio um representante da fábrica ao Rio, para ver como se gastava tanto lança-perfume, em um Carnaval.
Em garrafinhas de vidro, provocava grande número de acidentes. Inicialmente foi fabricado pela Rhodia, com aroma semelhante ao L’Air du Temps de Nina Ricci e produzido com cloreto de etila. Nos salões era o equivalente às águas perfumadas que os foliões pobres jogavam uns nos outros, na rua. Por ser barato, era usado em grande escala , em substituição às bisnagas do entrudo.
Em 1927, apareceu o rodo metálico, com a marca Rodouro - o produto em embalagens metálicas douradas - com mais segurança.
A propaganda dizia:
Um perfume suave eu espalho
Sou distinto, perfeito e não falho
Sou metal e no chão não estouro,
Sou o lança-perfume Rodouro.
Mas haviam outras marcas, que eram vendidas em lojas de brinquedos e produtos para carnaval, junto com serpentinas. Era um tempo que o lança perfume apenas aproximava, como mostra o artista Manoel de Mora , no reclame, acima, do pierrô cortejando a colombina.
A fabricação, o comércio e o uso do lança-perfume foram proibidos através do Decreto-Lei nº 51.211, de 18 de agosto de 1961, durante o governo do Presidente Jânio Quadros.
Muito interessante os anúncios do lança-perfume...Foram publicados em quais periódicos da época? Obrigada,
ResponderExcluirUm abraço