segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Quem é quem nas ruas do Rio...Os Jangadeiros de Ipanema



A Rua Jangadeiros 
começa na altura da Rua Barão da Torre 
com Rua Antonio Parreiras 
e termina na Praça General Osório, 
em Ipanema.


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Inicialmente chamada de Rua 16 de Novembro foi rebatizada com o nome de Rua Jangadeiros homenageando os 4 jangadeiros alagoanos.

Quatro bravos pescadores alagoanos saíram de Maceió e foram até o Rio de Janeiro, de jangada, para a comemoração do centenário da independência.
Para celebrar esse marco, alguns estados enviaram representantes em embarcações e algumas delas nem chegaram.


Os quatro aventureiros foram: 
Umbelino José dos Santos, com 45 anos e mestre da embarcação, natural de Passo de Camaragibe; 
Joaquim Faustilino de Sant’Ana (41), de Barra de São Miguel; 
Eugênio Antônio de Oliveira (25), de Coruripe e 
Pedro Ganhado da Silva (36), também de Coruripe. 
Eles saíram da Enseada da Pajuçara e navegaram rumo ao Rio, no dia 27 de agosto.
A jangada utilizada, havia recebido o nome de Independência e era uma das mais simples embarcações: formada por seis paus, um pequeno mastro com vela e nenhum aparelho de navegação. Durante o trajeto nos mares alagoano e sergipano, a viagem seguia tranquila até que o tempo começou a virar.

Foi no litoral da Bahia, que os jangadeiros alagoanos passaram por uma tempestade tremenda e na região de Camamu virou. Os pescadores ficaram sem mantimentos, roupas e a vela da jangada. Mas não pense que eles desistiram de prestigiar o Centenário, não.

A nado, rebocaram a embarcação até à costa. Lá receberam total apoio da população e do governador da Bahia, José Joaquim Seabra, que recomendou ao intendente do município que proporcionasse o que fosse necessário para concluir a aventura.

Eles permaneceram em Camamu até o dia 16 de setembro para melhores condições do tempo e ainda fizeram mais duas pausas na Bahia: Ilhéus e Porto Seguro.

No dia 12 de novembro, os jangadeiros alagoanos chegaram a Macaé, litoral carioca. Eles passaram por Cabo Frio, Saquarema e Itaipu. Ao desembarcar na Baía da Guanabara, foram recebidos por diversos jornalistas e por toda população. Ao todo foram 98 dias ao mar, enfrentando nove tempestades.

A jangada foi dada como presente ao Museu Histórico Nacional. Após deixarem a companheira de aventura no Rio de Janeiro, os jangadeiros voltaram a Maceió a bordo do vapor Santos, do Loide Brasileiro.

No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) existe uma jangada de cinco paus, bem semelhante a utilizada pelos jangadeiros alagoanos e é aberta para visitação e fotografias.

A Rua Jangadeiros se tornaria parada obrigatória de toda uma geração de artistas inesquecíveis que e suas histórias.  Mas isso fica pro próximo post.




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