Fábrica das Chitas
A Fábrica das Chitas foi uma manufatura na região do Andaraí, que funcionou em meados do século XIX. Apesar de ser considerada “fábrica”, sua produção não era nada complexa, pois só estampava tecidos de algodão vindos da Índia. Mesmo sem obter sucesso comercial, a Fábrica das Chitas permaneceu durante quase um século como referência do lugar.
Havia o Largo da Fábrica das Chitas, que nem de longe parecia uma praça. Na verdade, era apenas um espaço vazio, resultante do encontro da estrada do Andaraí Pequeno, hoje Rua Conde de Bonfim, com a travessa do Andaraí (também conhecida como rua da Fábrica das Chitas), atual Rua Desembargador Isidro.
O Imperador D. Pedro I (1798-1834), numa das cartas a sua amante, a Marquesa de Santos (1797-1867), se referiu à Fábrica das Chitas, em 18 de novembro de 1826.
Na Fábrica de Chitas existia também uma indústria de papel, que foi inaugurada em 5 de setembro de 1821. Sete anos depois, passando por dificuldades, o co-proprietário da fábrica, Carneiro Constantino Dias Pinheiro, solicitou ao intendente da polícia uma licença para a realização de obras visando à captação adicional de água, o que infelizmente lhe foi negado. No entanto, para fins de escoamento, a ele foi permitido construir um aqueduto que ligava a Fábrica de Chitas, pelo Maracanã, até o Campo da Aclamação (hoje Praça da República).
“A palavra inglesa “chintz” deriva do termo indiano “chint”, que significa um tecido de algodão mais barato, estampado em toda a sua superfície de forma vívida, com um brilho encerado devido ao uso de goma. Geralmente traz desenhos de flores, frutas e pássaros, sendo popular desde o século XVII. Com o tempo, o termo passou a definir todo tipo de tecido exportado da Índia colonial para a Inglaterra que apresentasse padronagem floral complexa. (…) A padronagem chegou ao Brasil através dos portugueses, que também mantinham negócios com a Índia”
Havia o Largo da Fábrica das Chitas, que nem de longe parecia uma praça. Na verdade, era apenas um espaço vazio, resultante do encontro da estrada do Andaraí Pequeno, hoje Rua Conde de Bonfim, com a travessa do Andaraí (também conhecida como rua da Fábrica das Chitas), atual Rua Desembargador Isidro.
O Imperador D. Pedro I (1798-1834), numa das cartas a sua amante, a Marquesa de Santos (1797-1867), se referiu à Fábrica das Chitas, em 18 de novembro de 1826.
Meu amor, minha viscondessa e meu tudo,
Neste momento são nove horas e um quarto. Chego do meu passeio com a minha senhora, vindo da Fábrica das Chitas e do Papel, que ainda o não faz, e de ter entrado na chácara do visconde de Barbacena, onde me não apeei e lhe falei a cavalo mesmo. Estimei muito saber que mecê e nossos filhos passaram bem. Bem desejei que lhe fosse escrita em papel brasileiro da fábrica, mas por ora ainda o não há, que pouco espero assim não seja. Agora, meu encanto, só me resta dizer-lhe que é e será sempre.Seu fiel, constante, desvelado, agradecido e verdadeiro amigo e amante do fundo da almaO Imperador”
A fábrica das chitas é um lugar interresante
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