Mal dava para se ver o jogo de lá.
Mas foi lá o folclórico espaço da torcida carioca, o espaço mais democrático do futebol brasileiro. Ficou conhecida por reunir torcedores dos grandes clubes cariocas sempre com alegria, onde personagens fantasiados expunham seu amor ou indignação de forma criativa, onde a violência sempre passou longe.
Infelizmente, a Geral sucumbiu à modernidade. E, em 2005, começou a ser destruída para que ganhasse corpo o processo de modernização do Maracanã. Seus 30 mil lugares foram reduzidos para 18 mil, de cadeiras. A medida fez parte do novo conjunto de leis imposto pela Fifa segundo o qual ninguém pode assistir mais a jogos de futebol em pé.
Hoje, o Maracanã que lotou com 200 mil pessoas, tem capacidade que não chega a 90 mil. Perdeu o folclore dos geraldinos, para um futebol cada vez mais elitizado.
O último jogo da Geral, em 24 de abril de 2005, foi a vitória do Fluminense, então campeão carioca, por 2 a 1 sobre o São Paulo, campeão paulista daquele ano, com dois gols de Tuta, apenas mais um dos goleadores que comemoraram seus tentos com os fãs mais populares do futebol mundial.
Zico comemorando o gol junto à Geral
O pessoal até batia uma bolinha no intervalo
Personagens eram a grande marca da geral, como a boneca de pano da foto
Zico revelou que tinha vontade de comemorar seus gols com o público da Geral.
"Várias vezes eu tive vontade de pular
daquele fosso e me jogar na Geral,
mas não tinha como voltar,
então não fazia essas loucuras (risos)"
torcedores fiéis da GERAL, em jogo, sob forte temporal
ingresso da GERAL no tempo que a moeda ainda era cruzeiro
No mês passado - setembro - a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto que autoriza a retirada das cadeiras nos setores inferiores do Estádio do Maracanã. Agora, a decisão final ficará a cargo do Governador do Estado do Rio de Janeiro, que poderá sancionar ou vetar a ação.
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