A pedagoga Maria Lúcia Rodrigues teve a sorte de esbarrar com fotos do fim do séc XIX e início do XX que comprovam que a inclusão de professores negros nas escolas aconteceu bem antes de 1960.As imagens e sua pesquisa foram transformados no livro “ A cor da Escola - Imagens da Primeira República”. Ele conta a história dos pimeiros professores e alunos negros entre 1889 e 1930 nos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso, onde ocupavam cargos de destaque nas escolas públicas - eram diretores e representavam boa parte do quadro de docentes, onde alunos brancos e negros dividiam a mesma sala de aula, em semelhante proporção.
“ Entre 1910 e 1930 ocorreu um branqueamento das posições de prestígio e das salas de aula." diz a pedagoga.
A partir da era da imigração européia, foram criadas regras para afastar os negros. A reforma de 1927 dizia que professores com mais de quatro obturações dentárias, sem alguns dentes ou não nascidos no Rio de Janeiro não eram aceitos nas escolas e se criou um estímulo à aposentadoria. Com os alunos aconteceu de forma semelhante,através do preenchimento de um formulário, mais para ficha médica, que discriminava os mais pobres, em sua maioria negros.
A capa do livro - Escola Rodrigues Alves - RJ - 1914
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