Escola em Pedra de Guaratiba alfabetiza mais rápido com Tom e Vinicius
Bruna Talarico, Jornal do Brasil
As 30 crianças cantam baixinho. É que, ensina a professora, a bossa nova começou em apartamentos de paredes finas da Zona Sul, onde a música incomodava os vizinhos. Hoje, 50 anos depois dos encontros às escondidas, as canções de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto ensinam a ler e escrever alunos de 6 e 7 anos de uma escola municipal de um bairro de classe baixa da Zona Oeste da cidade.
Lá, a bossa nova afastou os pequenos do funk, foi ensinada aos pais e levou mais que perspectiva para onde a informalidade é destino certo de grande parte da população.
As casas muito engraçadas – sem teto e sem nada – cantadas por Vinicius são erguidas pelos pais dos alunos da Escola Municipal Professora Elisa Joaquina Daltro Peixoto, em Pedra de Guaratiba, a 60 quilômetros do Centro.
A maioria das famílias, migrante da Paraíba, trabalha nas obras da comunidade do Piraquê, vizinha da escola, e oferece à criançada vocabulário e cultura limitados.
Mas, desde o início do ano, quando a professora Andrea da Silva Milheiros começou a alfabetizar os alunos usando a separação das sílabas das letras mais famosas da bossa nova, o Samba do Avião revelou a letra a; A bicicleta ilustrou o b; e A casa introduziu o c. Fora dali, o cotidiano da meninada deixou de lado a mulher melancia para incorporar a Garota de Ipanema.
– Eu esqueci um pouco do funk – conta Alex da Conceição, 7 anos. – E quando ando de bicicleta eu até canto a música (A bicicleta, de Toquinho).
O companheiro Daniel Mesquita, da mesma idade, complementa, sem esperar:
– O importante não é que a gente sabe cantar, é que a gente sabe as palavras. Já sonhei com as aulas, e ensaio as músicas em casa.
Ao contrário dos tempos dos apartamentos de paredes finas, na sala da 1001 tudo é alvorço. E felicidade. Os meninos e meninas têm sempre uma resposta e a impetuosidade de quem já começa a entender as palavras. Tudo por conta das aulas cheias de bossa da tia Andrea.
Da Garota de Ipanema, sabem que o corpo dourado não é de tinta.
– Dourado é bronzeado, tia – dispara uma aluna à reportagem do JB.
Mais adiante, outro pequeno interrompe, sem cerimônia.
– São pessoas que trabalham – referindo-se aos executivos que procuram a bicicleta na letra de Toquinho.
Já a casa feita com muito esmero, todos sabem, agora, que é aquela feita com vontade.
– E amor também, é quando a gente quer muito – grita a turma, quase em coro.
Assim, os alunos terminaram em em um ano a alfabetização, que levaria três pelo sistema de ensino da rede municipal.
– Eles se envolveram – comemora Marina Gonçalves, diretora da escola. – Tudo isso mostra que deu certo, e tudo o que dá certo é sempre uma soma.
Lá, a bossa nova afastou os pequenos do funk, foi ensinada aos pais e levou mais que perspectiva para onde a informalidade é destino certo de grande parte da população.
As casas muito engraçadas – sem teto e sem nada – cantadas por Vinicius são erguidas pelos pais dos alunos da Escola Municipal Professora Elisa Joaquina Daltro Peixoto, em Pedra de Guaratiba, a 60 quilômetros do Centro.
A maioria das famílias, migrante da Paraíba, trabalha nas obras da comunidade do Piraquê, vizinha da escola, e oferece à criançada vocabulário e cultura limitados.
Mas, desde o início do ano, quando a professora Andrea da Silva Milheiros começou a alfabetizar os alunos usando a separação das sílabas das letras mais famosas da bossa nova, o Samba do Avião revelou a letra a; A bicicleta ilustrou o b; e A casa introduziu o c. Fora dali, o cotidiano da meninada deixou de lado a mulher melancia para incorporar a Garota de Ipanema.
– Eu esqueci um pouco do funk – conta Alex da Conceição, 7 anos. – E quando ando de bicicleta eu até canto a música (A bicicleta, de Toquinho).
O companheiro Daniel Mesquita, da mesma idade, complementa, sem esperar:
– O importante não é que a gente sabe cantar, é que a gente sabe as palavras. Já sonhei com as aulas, e ensaio as músicas em casa.
Ao contrário dos tempos dos apartamentos de paredes finas, na sala da 1001 tudo é alvorço. E felicidade. Os meninos e meninas têm sempre uma resposta e a impetuosidade de quem já começa a entender as palavras. Tudo por conta das aulas cheias de bossa da tia Andrea.
Da Garota de Ipanema, sabem que o corpo dourado não é de tinta.
– Dourado é bronzeado, tia – dispara uma aluna à reportagem do JB.
Mais adiante, outro pequeno interrompe, sem cerimônia.
– São pessoas que trabalham – referindo-se aos executivos que procuram a bicicleta na letra de Toquinho.
Já a casa feita com muito esmero, todos sabem, agora, que é aquela feita com vontade.
– E amor também, é quando a gente quer muito – grita a turma, quase em coro.
Assim, os alunos terminaram em em um ano a alfabetização, que levaria três pelo sistema de ensino da rede municipal.
– Eles se envolveram – comemora Marina Gonçalves, diretora da escola. – Tudo isso mostra que deu certo, e tudo o que dá certo é sempre uma soma.
PARABÉNS à professora Andrea da Silva Milheiros !
Parabéns!!! Sou nova seguidora deste blog que é MARAVILHOSO... tudo a ver com a nossa linda e querida Cidade Maravilhosa!!!
ResponderExcluirTudo perfeito...tô aprendendo muitoooo!!!
Eu amei...
Emilia Mathias
Parabéns!!! Sou nova seguidora deste blog que é MARAVILHOSO... tudo a ver com a nossa linda e querida Cidade Maravilhosa!!!
ResponderExcluirTudo perfeito...tô aprendendo muitoooo!!!
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Emilia Mathias