Em meio à polêmica se nesse dia 17 de março
é ou não o centenário de Nat King Cole, vale, sim, comemorar a vinda do astro à cidade do Rio.
Nat King Cole chegou no final dos anos 50, 1959, no início da bossa nova, e foi recebido com enorme carinho pelo público. Por aqui caiu de amores pelo Rio de Janeiro e, dizem, pela cerveja local.
"Eram 14 horas e 3 minutos quando o aparelho da Pan-American, procedente de Caracas, pousou no Galeão. Mal a porta se abriu os fãs que se encontravam no terraço e na pisto do aeroporto começaram a agitar frenèticamente suas bandeirinhas, repetindo em coro “Welcome Nat King Cole”. Somente após o desembarque dos passageiros comuns é que o famoso cantor popular norte-americano apareceu no alto da escada do avião. Vestia um terno cinza, gravatinha preta e camisa branca. Quando viu a multidão que o aguardava, deu um grande sorriso e acenou com a mão direita. “I am very glad to be here”, foram suas primeiras palavras ao cumprimentar Carlos Machado, que não escondia o contentamento. Metralhado pelos flashes dos fotógrafos, Nat dirigiu-se para a alfândega, só a muito custo conseguindo atravessar a pista do Galeão. Quando o sr. Oscar Ornstein, “public-relations” do Copacabana Palace, se aproximou para dar-lhe um abraço, o artista nem percebeu o gesto e prosseguiu."
(jornal Ultima Hora)
Tendo sido recebido com honras de chefe de Estado pelo próprio presidente Juscelino Kubitschek, no Palácio das Laranjeiras, JK o saudou com um sonoro “How do you do? I’m very happy to see you”. Nat estava acompanhado de Maria Ellington, sua esposa e Carlos Gastal, seu “manager”. O Presidente disse-lhe que o Brasil esperava com ansiedade sua visita. O cantor sentiu-se lisonjeado, agradeceu e aproveitou a oportunidade para entregar 2 pacotes contendo coleções de discos seus, autografados, para Márcia e Maristela, filhas de JK e suas fãs.
Encontro com presidente JK
Nat King Cole fez shows dias 17 de abril ,no Maracanãzinho com lotação de 20.000 pessoas;
18 de abril no Ginásio do Tijuca Tenis Clube, com lotação de 11.000 pessoas, onde a fila para a entrada no clube foi até a Saens Peña e o clube precisou colocar até caixa de som na entrada para o pessoal que não conseguiu entrar, ouvir o show do lado de fora. Nat King Cole voltou ao Maracanazinho em 19 de abril para mais dois shows às 16 e às 21 horas, com 60 cruzeiros o valor para as arquibancadas.
18 de abril no Ginásio do Tijuca Tenis Clube, com lotação de 11.000 pessoas, onde a fila para a entrada no clube foi até a Saens Peña e o clube precisou colocar até caixa de som na entrada para o pessoal que não conseguiu entrar, ouvir o show do lado de fora. Nat King Cole voltou ao Maracanazinho em 19 de abril para mais dois shows às 16 e às 21 horas, com 60 cruzeiros o valor para as arquibancadas.

Apresentação no Maracanazinho
Apresentação no Golden Room do Copacabana Palace
Os sucessos de Nat por aqui era tão grande que canções como “Too young”, “Blue gardenia” e “Pretend” ganhavam letras em português gravadas por Cauby Peixoto, Lúcio Alves e o veterano Carlos Galhardo.
Ficam os registros curiosos quanto à reação de Nat em qualquer lugar: se não houvesse ar refrigerado, pedia para voltar, imediatamente, ao hotel, por não suportar os 40 graus que fazia no Rio.
E, também, apaixonado pelo Brasil, o cantor norte-americano chegou a marcar um encontro para conhecer os astros do futebol Didi e Pelé, mas os jogadores não puderam comparecer.
Os ilustradores da época - Carlos Estevão e Péricles - registraram, no seu traço, Nat King Cole.
E, também, apaixonado pelo Brasil, o cantor norte-americano chegou a marcar um encontro para conhecer os astros do futebol Didi e Pelé, mas os jogadores não puderam comparecer.
Os ilustradores da época - Carlos Estevão e Péricles - registraram, no seu traço, Nat King Cole.

Muito Legal, gostei ainda mais das fotos. Na época 1959 meu pai tinha 6 anos de idade, hoje ele tem 65 o tempo voa !
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