José de Oliveira Reis nasceu em 25 de setembro de 1903 na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Fez os estudos primários e preparatórios em sua cidade natal e ingressou em 1920 na escola Politécnica do Rio de Janeiro, no largo de São Francisco, diplomando-se em Engenharia Civil, em 1925. Em 1933, Oliveira Reis foi o 3º colocado no 1º Concurso Público para o cargo de engenheiro da Prefeitura do Distrito Federal, durante a administração do Prefeito Pedro Ernesto.
Em 1939, durante a administração Dodsworth, Oliveira Reis viaja aos Estados Unidos com credencial da Prefeitura do D.F. para observar e estudar em 33 cidades o processo de desenvolvimento e expansão, inclusive em algumas delas seus Planos Diretores. O engenheiro seria o chefe da Comissão do Plano da Cidade até 1945. Em 1941, participou da elaboração do Plano Diretor da Cidade.
Durante esse período, foi concluído o desmonte do Morro do Castelo, urbanizada a Esplanada do Castelo e aberta a Avenida Presidente Vargas, com mais de quatro quilômetros de extensão. Entre outras obras podem ser citadas a abertura das avenidas Brasil e Tijuca (atual Edson Bastos); duplicação do Túnel do Leme, liberação do acesso à Praia Vermelha; abertura do corte do Cantagalo; construção do Jardim de Alá; início da construção da estrada Grajaú- Jacarepaguá; elaboração do projeto do Túnel do Pasmado.
Em 1946 assumiu na condição de 1º Diretor, o Departamento de Urbanismo (DUR) da Secretaria Geral de Viação e Obras, cargo que ocupou até o ano de 1948.
Em 1951 participa do 2º Congresso da Federal Internacional de Habitação e Urbanismo – União Internacional dos Arquitetos, no Marrocos, como representante da Municipalidade do RJ.
Em 1953, durante a gestão do Prefeito Cel. Dulcídio do Espírito Santo Cardoso, atua como Engenheiro-Chefe do Serviço Técnico da Avenida Perimetral (STEAP), na condição de responsável pelo projeto de implantação.
Durante o ano de 1954, ocupa o cargo de Diretor da DUR da Secretaria de Viação e Obras. Em 1955 é designado Chefe da Comissão de Engenharia de Tráfego, primeiro órgão técnico para estudos de Engenharia de Tráfego da P.D.F.
Entre 1956 e 1960, como Diretor do DUR, nas gestões dos prefeitos Eng. Sá Lessa, Negrão de Lima e Joaquim de Sá Feire Alvim.
Em 1960, através de concurso tornou-se Livre Docente da cadeira de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da UFRJ.
Em 1962 retorna por curto período à Direção do DUR, durante a administração Carlos Lacerda, no Estado da Guanabara.
Entre 1963 e 1965, responde pelo Serviço de Engenharia de Tráfego ligado ao Gabinete do Secretário Geral da Viação e Obras.
Entre 1966 e 1970, atuou como primeiro administrador regional do bairro de Santa Teresa (XXIII R.A.). Nesse período, aposenta-se como engenheiro do Estado da Guanabara.Sua atuação profissional no Brasil ocorreu no contexto do lugar profissional da engenharia. Nesse sentido, sua vida profissional como funcionário público engenheiro-urbanista e sua interlocução profissional foram fortes no debate sobre os problemas urbanos do Rio de Janeiro e sobre a necessidade da criação de órgãos de urbanismo e de planejamento urbano municipal.
O biênio 1965/1966,
marca o início da atuação do engenheiro
como “historiógrafo da administração pública” do Rio de Janeiro.
Após a primeira publicação, viriam diversos livros, artigos e palestras abordando o tema, como
.Os Prefeitos do Rio de Janeiro como Capital da República de 1889 a 1960, apresentado em conferência em 1971;
.O Rio de Janeiro e seus Prefeitos (1977, quatro volumes);
.A Guanabara e seus Governadores (1979);
.História da Legislação sobre o Uso do Solo (1983);
.As inundações do Rio de Janeiro e o .Sesquicentenário do nascimento de Pereira Passos,
publicados na famosa Revista Municipal de Engenharia (RME), que existiu entre 1932 e 1999.
Abaixo, capa e alguma páginas dessa publicação.
Dr. Reis era tido como alguém tranquilo, fascinado por seu trabalho, pelo Rio de Janeiro e exímio conhecedor da história das ruas mais importantes de cor.
Fazia de sua sala na revista
um ponto de encontro de
arquitetos, historiadores,
geógrafos e pesquisadores
do Rio de Janeiro.
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