Sua atividade febril e incansável no exercício da Presidência da República e sua baixa estatura física, registradas pelos cronistas e caricaturistas daquela época, lhe valeram a alcunha de “Presidente Tico-Tico”.
Nesta data de seu aniversário, destaque para a palavra de várias personalidades a respeito de Affonso Penna.
Seu filho, o jurista, Ministro da Justiça (no governo Artur Bernardes), membro da Academia Brasileira de Letras – Affonso Penna Junior - então catedrático de Direito Civil na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em seu discurso de paraninfo da turma graduada em 1920, assim se referiu ao Conselheiro Affonso Penna:
“ Daquele a quem a bondade de seus pares tem conferido as honras de fundador desta Casa, daquele cujo nome sem mancha eu tenho a difícil honra de trazer sem deslustre, ouvi, muitas vezes, que mais tivera em vista, nesta fundação, a formação ética do jurista que a sua ilustração ou cultura técnica.”
O Barão do Rio Branco, em sessão de 30/06/1909 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro:
“todos os que o conhecemos de perto, amigos e colaboradores que ele escolhera para a tarefa de bem encaminhar o futuro nacional, todos fomos tocados por esse entusiasmo vivaz, por esse nobre e generoso alento juvenil, como a própria esperança. .. O Brasil inteiro que igualmente o acompanhou nessa empresa faz-lhe a justiça de acreditar na pureza de suas intenções, via nele um verdadeiro estadista desejoso de assegurar-nos a paz de que tanto precisamos e precisam todos os povos.”“ Daquele a quem a bondade de seus pares tem conferido as honras de fundador desta Casa, daquele cujo nome sem mancha eu tenho a difícil honra de trazer sem deslustre, ouvi, muitas vezes, que mais tivera em vista, nesta fundação, a formação ética do jurista que a sua ilustração ou cultura técnica.”
O Barão do Rio Branco, em sessão de 30/06/1909 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro:
O renomado jurista Professor Alfredo Valladão em conferência realizada em 25/12/1947 no Instituto dos Advogados Brasileiros :
“ é que Affonso Penna acompanhava bem de perto, com todo nobre interesse, a vida cultural de seus coestaduanos, principalmente das gerações novas, e, nas posições a que atingiu, sabia galardoá-los como lhe parecesse de justiça, ia-lhes ao encontro, não esperava pedidos, nem galardoava por pedidos: esta foi a norma constante de sua vida nobilíssima, no cenário de Minas Gerais e no cenário do Brasil.” Mais adiante disse: “o amor à cultura, ao direito e à justiça, iluminado ainda pela fé e pelo patriotismo, constituiu a nota dominante da vida gloriosa de Affonso Augusto Moreira Penna”.
O Ministro Augusto Tavares de Lyra, em entrevista publicada pelo “Jornal do Brasil” em 16/06/1957, mencionou:
“uma longa experiência da administração, um trato semi-secular com todas as questões brasileiras fazia de Affonso Penna um Presidente que descia aos detalhes no exame dos problemas com seus ministros. Tudo sabia, tudo queria saber.”
Gilberto Freire, em seu livro Ordem e Progresso, refere-se ao depoimento do Ministro Plenipotenciário francês Charles Wiener sobre o Presidente Affonso Penna:
Gilberto Freire, em seu livro Ordem e Progresso, refere-se ao depoimento do Ministro Plenipotenciário francês Charles Wiener sobre o Presidente Affonso Penna:
“... De Affonso Penna escreveu um seu admirador europeu, o ministro plenipotenciário francês Charles Wiener, à página 201 de um interessante livro de impressões do Brasil aparecido em Paris em 1907, que era “de petite taille, mince et pâle”. O que não impedia fosse o ilustre mineiro, pela voz suave e pela palavra “gracieuse, souvent spirituelle”, um homem encantador. Homem encantador, mas “amarelinho” miúdo e franzino. Um dos vários pequenotes e pálidos da época de Santos Dumont e de Rui Barbosa, de Severino Vieira e Coelho Neto.”
O editor, poeta e escritor Augusto Frederico Schmidt, em sua coluna no jornal “O Globo” de 30/06/1959, ano do cinqüentenário da morte do Presidente Affonso Penna, escreveu:
“nasci quando Affonso Penna era o Presidente da República. Minha avó dizia-me – quando nasceste, o nosso Presidente era um homem bom, digno e simples, parecido com os melhores homens que conhecemos na monarquia. Muito ouvi falar da moderação, da compostura e da doçura de Affonso Penna. Essa doçura não excluía uma boa dose de malícia, a malícia peculiar do mineiro daquele tempo. O Conselheiro não era homem de confissões, de queixas públicas, antes recatado, sóbrio, guardador de suas histórias, sereno diante da opinião pública. O cinqüentenário da morte do bom Presidente Penna me emociona.”
Josué Montello , proeminente membro da Academia Brasileira de Letras, em seu artigo – “A Lição Mineira de Affonso Penna” - publicado pelo “Jornal do Brasil” em 12/08/1986, disse:
Josué Montello , proeminente membro da Academia Brasileira de Letras, em seu artigo – “A Lição Mineira de Affonso Penna” - publicado pelo “Jornal do Brasil” em 12/08/1986, disse:
“ creio que a leitura do livro magistral de Américo Jacobina Lacombe – Affonso Penna e sua época – pelo Presidente José Sarney, vem a calhar, como uma boa lição mineira, na hora em que a paciência é uma boa rima para competência, na chefia do governo. Competência, Affonso Penna demonstrou que possuía. E paciência, também.”
Por ocasião das comemorações, em 2006, do centenário da eleição e posse de Affonso Penna na suprema magistratura da Nação, o Dr. José Anchieta da Silva, ilustre advogado e ocupante de elevados cargos em renomadas instituições de Minas Gerais, assim se pronunciou:
“é preciso lembrar os vultos de nossa história, tornando-os presentes, para lembrar aos homens públicos do nosso tempo que, com ética e firmeza de propósitos, independentemente de ideologia e credos, é possível atingir o ideal de um novo Estado,um Estado-altruísta, um Estado-ético.”
Por ocasião das comemorações, em 2006, do centenário da eleição e posse de Affonso Penna na suprema magistratura da Nação, o Dr. José Anchieta da Silva, ilustre advogado e ocupante de elevados cargos em renomadas instituições de Minas Gerais, assim se pronunciou:
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